quarta-feira, 16 julho, 2025

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Teatro

ARGILA questiona a herança violenta que carregamos, das invasões coloniais aos colapsos ambientais, e estreia no Sesc Ipiranga em julho

Matéria: Divulgação
Foto:  Chuseto Taciano Ribeiro

Em ARGILA, uma atriz, uma musicista e uma cidade em miniatura em cena contam histórias de ancestralidade e uma sociedade adoecidas pelo sistema, com direção, dramaturgia e performance de Áurea Maranhão. O espetáculo, trazido de São Luís do Maranhão, é atração do projeto Teatro Mínimo do Sesc Ipiranga e tem sua temporada de estreia na unidade de 18 de julho a 10 de agosto, com sessões às sextas-feiras, às 21h30; e aos sábados e domingos, às 18h30.

A peça é protagonizada por uma equipe diversa de artistas residentes em São Luís do Maranhão. Além da diretora, dramaturga e performer, estão no time Valda Lino, responsável pela direção musical e performance musical; Luty Barteix, pela direção de movimento e assistência de direção; Renato Guterres, pelo desenho de luz; Eli Barros, pela direção de arte e figurino: Tathy Yazigi, pela provocação e orientação; e Amanda Travassos, identidade visual e designer (projeto); social media.

O trabalho é uma espécie de ritual cênico, no qual palavra, barro e música respiram juntos. Essa travessia sensorial começa na penumbra de um símbolo de justiça e termina num grito coletivo por reinvenção. Cada gesto sobre o barro questiona a herança violenta que carregamos, e propõe uma ética radical do cuidado.

A dramaturgia é livremente inspirada em obras literárias que abordam questões cruciais da existência humana e do futuro do planeta, como “Sonho Manifesto”, do neurocientista Sidarta Ribeiro, e os livros de Ailton Krenak, como “O Amanhã Não Está à Venda”,”A Vida Não é Útil” e “Ideias Para Adiar o Fim do Mundo”.

Esses trabalhos oferecem reflexões profundas sobre a importância da reconexão com a natureza e a sabedoria ancestral para uma vida mais sustentável, criticando o paradigma do progresso a qualquer custo e destacam a necessidade de uma abordagem mais consciente e inclusiva para o desenvolvimento humano.

“Apesar dos desafios apresentados, tanto Ribeiro quanto Krenak oferecem perspectivas otimistas e inspiradoras, convidando à ação e à transformação social. Suas vozes ressoam como faróis de esperança e inspiração, apontando para um caminho de renovação e transformação em meio aos desafios e incertezas do presente”, revela a idealizadora da montagem Áurea Maranhão.

Com um cenário de cidade em miniatura feito de argila, e complementado por uma iluminação e trilha sonora original, a peça convida o público a refletir sobre a transformação pessoal e coletiva necessária para nossa sobrevivência e prosperidade.

A argila não é apenas um mineral, mas foi trazida como um símbolo poderoso de resiliência, adaptação e renascimento. “Nosso trabalho com a argila busca ser uma ferramenta visceral para recuperar a escuta do corpo e curar as mazelas da contemporaneidade, como a solidão causada pelo excesso de virtualidade e a falta de intimidade com nossos próprios desejos.”

A produtora-coletivo Terra Upaon Açu Filmes, sediada em São Luís do Maranhão, nasce desse mesmo impulso: valorizar a criação autoral, a força artística do Norte e Nordeste e a conexão entre memória, território e futuro. Em ARGILA, moldar a matéria é também reimaginar o mundo, gesto por gesto, cena por cena, reflete Maranhão.

Essa narrativa costura texto falado, narrativas em off, trilha original percutida ao vivo por Valda Lino (que também assina a direção musical) e uma coreografia de luz que lentamente “escava” o palco. Em cena, a performer alterna narrativa épica e confissão íntima, atravessando temas como sonho coletivo, justiça climática e resistência feminina.

Poesia física, som imersivo e discurso afiado, ARGILA transforma sala, auditório ou palco italiano em arena de diálogo entre espectadores e as grandes perguntas do nosso tempo: quem fomos? quem somos? e quem ainda podemos ser, se ousarmos sonhar juntos?

Ficha técnica

Direção geral, dramaturgia e performance: Áurea Maranhão (@aurea.maranhao)

Direção e performance musical: Valda Lino (@valdalinoartista)

Direção de movimento: Luty Barteix (@lutybarteix)

Desenho de luz: Renato Guterres (@renatoguterres)

Operação de luz: Bruno Garcia

Direção de arte, figurino e assistência de produção: Eliane Barros (@eelibarros)

Contrarregragem: Guira Bará, Mateus Rodrigues e Julia Calegari

Designer e identidade visual (projeto); social media: Amanda Travassos (@amandatravassos)

Provocação e orientação artística: Tathy Yazigi (@tathyyazigi)

Fotos: Chuseto (@chuseto) e Taciano Brito (@tacianodbrito)

Produção (São Luis): Terra Upaon Açú Filmes LTDA (@terraupaonfilmes)

Produção (São Paulo): Ricardo Henrique (@richenriques)

Assessoria de imprensa: Pombo Correio Assessoria de Comunicação – Douglas Picchetti e Helô Cintra

Sinopse

Em “ARGILA”, ergue-se barro, mito e ciência numa poesia cênica que convida o público a moldar, agora, o futuro que ainda nos cabe. É possível reimaginar o mundo antes que ele desapareça? A argila, matéria milenar que guarda pegadas e aceita novas formas, simboliza a urgência de sonhar coletivamente antes que a Terra ceda ao peso de nossas pegadas.

Serviço

ARGILA, de Áurea Maranhão

Temporada:18 de julho a 10 de agosto de 2025

Às sextas-feiras, às 21h30; e aos sábados e domingos, às 18h30

Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga

Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 15 (credencial plena)

Vendas online em 8/7 (terça), às 17h –  através do site: sescsp.org.br

Vendas presenciais em 9/7 (quarta), às 17h

Classificação: 12 anos

Duração: 55 minutos

Capacidade: 60 lugares

Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

DestaquesTeatro

Herson Capri e Caio Blat com o sucesso MEMÓRIAS DO VINHO, no Teatro Renaissance

Matéria: Divulgação
Foto: Roberto Setton

Os talentosos atores Herson Capri e Caio Blat interpretam pai e filho em Memórias do Vinho, último texto escrito para teatro pela saudosa Jandira Martini, que faleceu em janeiro de 2024, em colaboração com Maurício Guilherme. A peça inédita foi criada a partir de uma ideia do produtor Fernando Cardoso, que produz a peça ao lado de Roberto Monteiro, seu sócio na Mesa2 Produções.

Com direção de Elias Andreato, o espetáculo que cumpriu temporada de imenso sucesso no Teatro Vivo em 2024, volta em cartaz, agora no TEATRO RENAISSANCE, de 05 a 27 de julho, sábados às 21h e domingos às 19h.

Tomando como contexto o fascinante universo dos vinhos, capaz de resgatar a História da humanidade desde tempos imemoriais, a peça retrata o reencontro entre pai e filho que estão afastados há muitos anos. Reunidos por pura necessidade, o filho vê na adega do mais velho uma chance de sair da ruína financeira vendendo algumas garrafas.

A preciosa adega, formada por garrafas colecionadas como antigos presentes, compras de oportunidade e raridades arrematadas em leilões caríssimos, representa uma espécie de biblioteca de memórias – muitas delas difíceis de serem degustadas. E, no meio das garrafas, o filho encontra um diário secreto dos vinhos, escrito pelo pai, contendo informações detalhadas sobre quando cada garrafa foi adquirida e aberta.

O curioso diário, capaz de despertar prazer em qualquer enólogo, conta não apenas a trajetória da adega e dos vinhos contidos nela, mas a história de toda uma vida. No entanto, inesperadas revelações mudam o rumo desse encontro, transformando-o em um tenso acerto de contas. Estariam pai e filho prontos para um brinde final?

“Essa história revela o aspecto efêmero que só o teatro é capaz de registrar – em oposição direta ao contexto atual, no qual imagens e sons são captados freneticamente por smartphones e câmeras. Não seria esse um ponto de encontro entre Vinho e Teatro – ambos criados pelo deus Baco para celebrar o prazer de viver intensamente o momento?”  Comenta o produtor Roberto Monteiro.

Memórias do Vinho é apresentado pela Mesa2 Produções.

Sobre Jandira Martini

Com quase seis décadas de carreira, Jandira Martini se manteve no hall das atrizes mais reconhecidas e respeitadas do teatro brasileiro. Licenciada em Letras (UniSantos) e na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-USP) atuou em mais de 20 espetáculos teatrais, 10 novelas e diversos filmes e minisséries.

Jandira também foi diretora, produtora e autora teatral premiada. Ganhou os prêmios APCA de melhor autora por “A Vida é Uma Ópera”, “O Eclipse” e “Porca Miséria”, que também recebeu os prêmios Shell e Mambembe. “Por Sua excelência, o Candidato” venceu o prêmio Molière.

Ela faleceu aos 78 anos, em 29 de janeiro de 2024, e deixou dois textos teatrais inéditos: “Em Busca do Bonde Perdido” e “Per Bacco – Memórias do Vinho”.

Sobre Maurício Guilherme

Maurício Guilherme é formado pela Faculdade Santa Marcelina de São Paulo, com licenciatura em Artes Cênicas, além de cursos complementares na Escola Macunaíma e no Instituto Indac. É autor e diretor de teatro, roteirista de televisão e cinema há mais de 30 anos.

Tem sua carreira associada a grandes nomes do cenário artístico nacional, tais como Jô Soares, Marco Nanini, Juca de Oliveira, Marcos Caruso, Laura Cardoso, e Bibi Ferreira, entre outros.

Sinopse

É na valiosíssima adega da família que Daniel pai (Herson Capri) e Daniel filho (Caio Blat), afastados há anos, se reencontram. A coleção de vinhos do pai, que reúne compras de oportunidade, antigos presentes e garrafas arrematadas em leilões frequentados pelos muito ricos, pode ser a solução para um projeto pessoal do filho. Mas inesperadas revelações e até um secreto diário de vinhos, escrito pelo pai, muda o rumo desse encontro, transformando-o em um tenso acerto de contas. Estarão os dois preparados para um brinde final?

Ficha Técnica:

Autores: Jandira Martini e Maurício Guilherme

Direção: Elias Andreato

Assistente Direção: Rodrigo Frampton

Cenário: Rebeca Oliveira

Contrarregra: Tico (Agilson dos Santos)

Figurino: Mari Chileni

Camareira: Gisele Pereira

Iluminação: Cleber Eli

Operação de Luz: Ian Bessa

Operação de Som: Eder Soares

Trilha: Elias Andreato

Fotos: Nana Moraes

Design e Identidade Visual: Rodolfo Rezende / Estúdio Tostex

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Produção Executiva: Elisangela Monteiro

Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro

Realização: Mesa2 Produções

Serviço

Memórias do Vinho, de Jandira Martini e Maurício Guilherme

Temporada: de 05 a 27 de julho – sábados às 21hs e domingo às 19hs

Teatro Renaissance – Alameda Santos, 2233 – Jardim Paulista, São Paulo

Ingressos: R$ 150 (inteira), R$ 75 (meia-entrada)

Lotação: 432 lugares

Venda online pelo SAMPA INGRESSOS: www.sampaingressos.com.br

Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta 2 horas antes das sessões.

Classificação: 12 anos

Duração: 70 minutos

Capacidade: 432 lugares

Acessibilidade: Teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta de sexta a domingo a partir das 14h até o início do espetáculo.

Ingressos: Ingressos ANTECIPADOS R$ 100,00 disponíveis para a venda até domingo dia 15/06

Acessibilidade: O teatro comporta 432 pessoas, sendo 412 poltronas numeradas e oito espaços para cadeirantes. Dentre os 412 lugares fixos nós temos: 8 poltronas “Assentos Obeso” e outras 8 poltronas para deficientes visuais com espaço reservado para o cão guia.

* O comprovante de meia-entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.

Teatro

Fulvio Stefanini retorna ao Teatro Uol com nova temporada do premiado espetáculo O PAI

Matéria: Divulgação
Foto: João Caldas Fº

Sucesso de público e de crítica, a premiada peça O Pai, escrita pelo francês Florian Zeller, já foi vista por mais de 120 mil pessoas em suas mais de 300 apresentações desde a estreia em 2016.

E, agora, a montagem brasileira volta ao palco do Teatro Uol para comemorar os 70 anos de carreira de Fulvio Stefanini, que ganhou os prêmios Shell e Bibi Ferreira de melhor ator por este trabalho. A nova temporada acontece de 5 de julho a 31 de agosto, com apresentações aos sábados e domingos, às 18h.

A montagem, dirigida por Léo Stefanini, filho de Fulvio na vida real, levou também  os prêmios de melhor cenografia e melhor espetáculo do ano. Ainda no elenco estão Carol Gonzalez, Paulo Emílio, Fulvio Filho, Déo Patrício e Carol Mariottini.

Encenado em mais de 30 países, o texto foi adaptado pelo próprio autor para o cinema em um filme de 2020, estrelado por Anthony Hopkins, que levou o Oscar nas categorias de melhor ator e roteiro adaptado. Recentemente, Florian Zeller estreou outro drama nas telonas, “O Filho” (2022), lançado neste ano no Brasil.

A peça ainda ganhou em 2014, na França, o famoso Prêmio Molière, nas categorias de melhor espetáculo, ator e atriz. E, na Inglaterra, foi eleita a peça do ano pelo jornal The Guardian.

O Pai conta a história de André, um idoso de 80 anos, rabugento, porém muito simpático e divertido. Quando a memória dele começa a falhar, a sua única filha vive um dilema: deve levá-lo para morar com ela e contratar uma enfermeira para ajudá-la a cuidar dele ou deve interná-lo em um asilo – para poder curtir a vida ao lado de seu novo namorado?

Com tom poético e um leve humor requintado, a peça trata desse tema comovente com leveza e sensibilidade, e nos convida a pensar sobre questões como a convivência familiar, o envelhecimento e as nossas escolhas na vida.

Ficha Técnica

Texto: Florian Zeller
Tradução: Carol Gonzalez e Lenita Aghetoni
Direção: Léo Stefanini
Elenco: Fulvio Stefanini, Carol Gonzalez, Fulvio Filho, Deo Patricio, Carol Mariottini e Paulo Emilio Lisboa
Luz: Diego Cortez
Som: Raul Teixeira e Renato Navarro
Figurinos: Lelê Barbieri
Técnicos: Diego Cortez e Ronaldo Silva
Design: Eric Aguiar
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Realização: Cora Produções Artísticas

Sinopse

Fulvio Stefanini interpreta André, um idoso de 80 anos, rabugento, mas muito simpático e divertido. Com sua cabeça começando a falhar, sua filha vive um dilema: cuidar de seu pai, ou interná-lo em um asilo e ir curtir a vida com seu novo namorado.

Serviço

O Pai, de Florian Zeller
Temporada: de 5 de julho a 31 de agosto
Aos sábados e domingos, às 18h
Teatro UOL – Shopping Pátio Higienópolis – Avenida Higienópolis, 618 – Higienópolis
Ingressos: Plateia VIP – R$150 (inteira) e R$75 (meia-entrada) | Plateia – R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)
Venda online em https://teatrouol.com.br/espetaculos/o-pai-2/
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 305 lugares
Acessibilidade: O teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

Teatro

ALUGA-SE UM NAMORADO, Comédia com Eri Johnson e Ju Knust

Matéria e fotos: Divulgação

Estreia na sexta-feira, dia 13 de junho, no Teatro Multiplan MorumbiShopping, a comédia Aluga-se Um Namorado, protagonizada e dirigida por Eri Johnson. Com sessões às sextas, sábados e domingos, o espetáculo marca o retorno de um sucesso das décadas de 1990 e 2000, agora em nova temporada em São Paulo.

Adaptada por Gustavo Klein a partir do texto original do inglês James Scherman, a peça aborda com leveza e bom humor as relações familiares, estabelecendo conexão com o público. No elenco, estão também Ju Knust, Myrian Rios, Raymundo de Souza, João Lima Junior e Marcondes Oliveira.

Com diálogos ágeis e situações cotidianas, o espetáculo revisita temas afetivos com empatia e irreverência, mantendo a essência que consagrou sua trajetória em diversas cidades brasileiras nas últimas décadas.

Serviço
Aluga-se Um Namorado

Temporada: De 13 de junho a 09 de novembro de 2025 | Sextas, às 20h; sábados, às 18h e 20h; e domingos, às 17h30 e 19h30

Local: Teatro Multiplan MorumbiShopping

Endereço: Avenida Roque Petroni Júnior, 1089 Piso G2 do MorumbiShopping – Jardim das Acacias, São Paulo – SP, 04707-900

Ingressos:  R$ 160,00 / R$ 80,00 (setor 1) | R$ 120,00 / R$ 60,00 (setor 2)

Vendas: Sympla

Duração: 90 minutos

Classificação indicativa: 12 anos

DestaquesTeatro

Sucesso de público, CENAS DA MENOPAUSA, com Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello, prorroga temporada

Matéria: Divulgação
Foto: Renam Christofoletti.

Após temporada de sucesso em Portugal, o espetáculo Cenas da Menopausa, comédia musical interpretada por Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello – que também dirige o espetáculo -, e com texto e versões musicais de Anna Toledo, faz curta temporada em São Paulo, no Teatro Claro MAIS SP, a partir do dia 12 de junho.

Cenas da Menopausa é uma peça sobre a mulher 50+, que retrata situações vividas no “segundo ato” da vida, através de cenas curtas e números com paródias musicais com personagens divertidas, honestas e, por vezes, dramáticas. As cenas refletem as inquietações, angústias, sonhos e desejos impactados pela maturidade e pela incontornável menopausa.

Mudanças corporais, questionamentos de vida e carreira, saúde, beleza, expectativas sociais e relacionamentos afetivos são abordados de forma franca – propondo, ao mesmo tempo, riso e reflexão sobre uma das fases mais impactantes e ainda pouco discutidas na vida das mulheres.

“A menopausa não é um fim, é um recomeço – e agora um espetáculo! Subo no palco para dar voz a essa revolução, com humor, verdade e emoção. Já falamos de tantos tabus, por que não esse? No palco, sou muitas; na plateia, somos milhões – e juntas, seguimos mais livres.”, define Claudia Raia.

“Escrever esta peça foi um desafogo!”, conta Anna Toledo, que assina o texto e as versões musicais do espetáculo. “Na época em que a Claudia Raia me convidou para escrever, eu estava em pleno climatério, atordoada com o que estava descobrindo sobre essa fase para a qual nada havia me preparado. Foi chocante perceber o meu despreparo para algo que acontece, aconteceu e acontecerá com absolutamente todas nós.”

“Quando a gente resolveu fazer esse espetáculo, logo decidimos que teria que ser uma comédia, pra falar com graça e leveza de um assunto que pode ser tão pesado. O processo criativo foi muito em cima das experiências da Claudia com a menopausa, da minha experiência como marido e também da autora Anna Toledo, que está passando por esse momento”, conta Jarbas Homem de Mello.

Ele completa: “Optamos por esquetes com várias situações de mulheres diferentes, em contextos diversos, para abordar sintomas, perspectivas e pontos de vista. No final, ainda tem um bate-papo com a plateia, que virou quase um momento de desabafo das mulheres, que percebem que não estão sozinhas.”

A estrutura do espetáculo acompanha o que a autora chama de “fases do luto ovariano” — choque, negação, revolta, depressão, barganha e aceitação. Cada cena traz uma mulher diferente vivendo um momento-chave da menopausa, e há uma personagem que costura toda a dramaturgia: Teresa, que atravessa todas essas fases.

Segundo Anna, o riso é uma chave essencial para quebrar o silêncio em torno do tema: “A menopausa é um grande perrengue, mas também rende histórias engraçadíssimas. E se todas nós ríssemos, juntas, com as nossas próprias histórias?”

O espetáculo traz intervenções musicais cômicas com paródias de músicas pop, usadas como vinhetas ou comentários das cenas. “Escolhi músicas bem conhecidas, que ficaram marcadas na voz de grandes divas. É mais uma camada feminina na linguagem do espetáculo”, completa a autora.

A história acompanha Teresa (Claudia Raia), uma mulher de 49 anos, casada há 18, mãe de dois filhos e sobrecarregada no trabalho como corretora de imóveis. Entre as responsabilidades do dia a dia, ela se depara com algo inesperado: os primeiros sintomas da menopausa.

Ondas de calor, insônia, alterações de humor e uma enxurrada de dúvidas vão transformar sua rotina em uma jornada surreal e cheia de reviravoltas cômicas. A peça ainda se propõe a discutir situações práticas que vão desde como abordar o novo momento com o parceiro, Mario, para não se isolar emocionalmente, ou como lidar com as capacidades criativas e de vitalidade que se apresentam nesta fase.

Outras personagens interpretadas por Claudia são Laurinha, mulher com mais de 50 anos, divorciada, sarada, jovial e em absoluta negação diante dos sintomas da menopausa; Gilda, mulher com mais de 60 anos, divorciada, hippie e desencanada, cujo marido a trocou por uma jovem de 20 e poucos; e Isabel, uma cinquentona  super executiva, workaholic, sem tempo para cuidados pessoais e cliente de Vini Visage, (interpretado por Jarbas). Claudia interpreta ainda um mix de divas 50+ que aparecem na abertura do espetáculo.

Já os personagens vividos por Jarbas são Mario, marido de Teresa; Alberto, ex-marido de Gilda, 60 anos; um médico; um vidente que trabalha com realinhamento energético, joga tarô e búzios; uma vendedora; uma freira; a tia Judite, uma senhorinha rabugenta de 75 anos; a cantora Madonna; e, como mencionado, Vini Visage – cabeleireiro e influencer no YouTube.

Com um repertório empolgante, o espetáculo revisita hits dos anos 80 e 90, transformando-os em paródias hilárias. Desde a abertura explosiva com um mashup de “Fever/Hot Stuff/Flashdance” até momentos icônicos como “Total Eclipse of the Heart”, “Like a Virgin” e “I Will Survive”, cada música traz uma nova camada de humor e ironia para a trama.

O cenário do espetáculo Cenas da Menopausa é formado por módulos de madeira que os próprios artistas movimentam em cena. Inspirada nas curvas e nuances femininas, a cenografia reflete as múltiplas camadas vividas pelas mulheres ao longo da vida. Para dar conta dessa narrativa dinâmica, as estruturas móveis se transformam rapidamente à vista do público revelando ambientes como uma academia de ginástica, um camarim, uma loja de roupas, o quarto de um casal, entre outros. O projeto cenográfico alia praticidade e fluidez sem abrir mão do charme e da sofisticação, características já reconhecidas nas produções estreladas por Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello.

A iluminação tem papel essencial na ambientação e contribui para guiar o público pelos temas abordados em cada momento. Já os figurinos adicionam dinamismo à encenação: são 12 trocas de roupa feitas por Jarbas Homem de Mello e 11 por Claudia Raia, além de peças cenográficas expostas em araras, somando mais de 60 peças no total.

Em Portugal, a Cenas da Menopausa ficou 6 semanas em cartaz  no Teatro Tivoli BBVA (em Lisboa), como parte das comemorações do centenário do espaço. Em seguida, percorreu por mais 6 semanas diversas cidades, passando pelo Coliseu Ageas (Porto), Teatro Aveirense (Aveiro), Cine-Teatro Garrett (Póvoa de Varzim), Teatro José Lúcio da Silva (Leiria), Centro de Artes e Espectáculo (Figueira da Foz) e Teatro das Figuras (Faro), totalizando 67 apresentações e reunindo um público de mais de 70 mil espectadores. O sucesso fez com que a peça, que já fazia sessões de terça a domingo, tivesse sessões extras para dar conta da demanda.

Ficha técnica

Elenco: Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello
Texto e Versões Musicais: Anna Toledo
Direção: Jarbas Homem de Mello
Diretora Residente: Sabrina Mirabelli
Diretor Musical, Arranjos e Trilha Sonora: Guilherme Terra
Voz Off: Miguel Falabella
Trilha Sonora – backing vocals: Helga Nemetik, Marilice Cosenz e Paula Capovilla
Design de Som: Tocko Michelazzo
Design de Luz: Wagner Freire
Cenário: Natália Lana
Assistente de Cenografia: Victor Aragão
Cenotécnico: André Salles
Figurinos: Bruno Oliveira
Assistente de Figurino: Eliana Liu
Visagismo: Dicko Lorenzo
Assistente de Visagismo: Rud Motta
Contrarregra: Jonatas Henrique
Operador de Som: Silney Marcondes
Operador de Luz: Mateus Macedo
Produção: Amanda Leones (Versa Cultural) e Magali Elena Produções
Produção Geral: Fernando Pagan
Realização: Raia Produções

SERVIÇO

Cenas da Menopausa
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Temporada: A partir 12 de junho de 2025
Local: Teatro Claro MAIS SP – Shopping Vila Olímpia – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000
Capacidade: 801 lugares

Sessões
Quinta a sábado, às 20h
Domingos às 18h

Ingressos

De R$25 a R$250.
Obs.: Confira legislação vigente para meia-entrada

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS:

Uhuu! – com taxa de serviço
Bilheteria física – sem taxa de serviço
Teatro Claro MAIS SP (Shopping Vila Olímpia)
De 2ª a sábado, das 10h às 22h
Domingos e feriados das 12h às 20h
Telefone: (11) 3448-5061

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