sexta-feira, 31 outubro, 2025

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ExposiçãoSabores de Sampa

Halloween arrepia público do Largo da Batata com festival gratuito

Matéria: Divulgação

O Halloween vai ganhar uma nova dimensão em São Paulo, com uma experiência que vai arrepiar até os mais corajosos! Nos dias 1 e 2 de novembro, o Largo da Batata, em Pinheiros, será tomado por criaturas sombrias, performances assombrantes e muita diversão em um festival promovido pela plataforma Cola em Sampa (com o apoio da subprefeitura de Pinheiros), que promete reviver o espírito das clássicas ‘Noites do Terror’, só que ao ar livre e com entrada gratuita.

O 1º Halloween do Cola em Sampa é uma celebração do imaginário sombrio e divertido que povoa o cinema, a literatura e a cultura pop americana. A partir das 11h, o público já poderá circular entre as barracas de comidas e bebidas. Às 15h começam as atividades temáticas, com pinturas e maquiagens horripilantes. Já às 17h, o clima esquenta, ou melhor, arrepia, com a aparição de zumbis, monstros, palhaços sinistros e bruxas, que vão circular entre o público, transformando o espaço em um verdadeiro cenário de filme de terror.

Sim! O Largo da Batata estará todo no clima da festa e promete transportar o público para dentro de um filme de terror, com ambientes sombrios, luzes, efeitos e espaços instagramáveis.

O evento também vai sediar o Halloween Fashion Show, um concurso gratuito de fantasias, que contemplará com prêmios em dinheiro os trajes mais originais, criativos e aterrorizantes. Quem quiser participar, basta inscrever-se no local, gratuitamente. Será um prêmio para o sábado e um para o domingo, anunciados por volta das 19 horas de cada dia. A votação será de júri popular, levando em consideração critérios de originalidade, criatividade e “horripilaridade” (aquele toque de horror), afinal, despertar o medo é um ponto forte!

Gostosuras, travessuras e sabores sombrios – “Temos um histórico forte no universo da gastronomia e do entretenimento, e o Halloween é uma oportunidade de unir essas duas paixões, transformando o Largo da Batata num grande palco de experiências sensoriais. Queremos que o público viva o clima do terror, mas também saboreie cada detalhe dessa festa”, conta Priscila Arantes, cofundadora do Cola em Sampa, sobre a ideia do evento, onde não poderia faltar comida boa.

Com 50 barracas de street food, drinks temáticos, doces e poções mágicas, o 1º Festival de Halloween do Largo da Batata reunirá o melhor da gastronomia urbana e da diversão ao ar livre, com DJ comandando as pick-ups ao som de clássicos do rock e do pop.

“Queríamos criar uma experiência imersiva e divertida, que unisse o clima das antigas Noites do Terror à energia do Largo da Batata, espaço que já é ponto de encontro da gastronomia e do entretenimento. O Halloween é uma data que desperta a imaginação, e nada melhor do que celebrar isso nas ruas, com música, comida boa e sustos garantidos”, complementa Guilherme Caetano, cofundador do Cola em Sampa.

Mais do que uma festa, o 1º Halloween do Cola em Sampa, no Largo da Batata, é um convite para todas as idades se conectarem com o universo das trevas de forma lúdica e criativa, onde o medo vira diversão, e o final de semana se enche de mistério, risadas e magia.

Serviço
1º Halloween do Cola em Sampa

Data: 1 e 2 de novembro

Horário: das 11h às 22h

Horário do concurso de fantasias: às 19h (sábado e domingo)

Premiação: R$ 1 mil, sendo R$ 500 para o primeiro colocado, R$ 300 para o segundo e R$ 200 para o terceiro.

Local: Largo da Batata, Pinheiros (a 1 minuto da estação Faria Lima do Metrô)

Entrada: Gratuita

Pet friendly

Promoção e organização: Cola em Sampa

Apoio: Subprefeitura de Pinheiros

Sobre o Cola em Sampa – Criado há quatro anos por Priscila Arantes, Guilherme Caetano e William Vendramini, o canal digital especializado em gastronomia traz por meio de blog, TikTok, Instagram e YouTube,  dicas de eventos e endereços em São Paulo, onde os amantes da gastronomia podem saborear os melhores lanches, pratos da culinária brasileira e internacional. Saiba mais no Instagram/@colaemsampa.

Dança

MULHERES EM CENA promove intercâmbios entre artistas envolvendo relações entre corpo, arte, cena e vida em sua 9ª edição

Matéria: Divulgação
Fotos: Cláudio Gimenez

Potentes e talentosas artistas da dança e da performance revelam ao público seus trabalhos na 9ª edição da Mostra Mulheres em Cena, idealizada pela Cia. Fragmento da Dança. A programação, que inclui espetáculos, oficinas e compartilhamentos de processos, acontece de forma gratuita no Centro de Referência da Dança (CDR), entre os dias 17 e 20 de setembro.

A mostra tem como propósito interseccionar a produção artística e o debate reflexivo numa perspectiva dialógica e agregadora. A ideia é, para além de difundir trabalhos protagonizados por mulheres e promover o debate sobre práticas feministas, construir intercâmbios entre artistas envolvendo corpo-arte-cena-vida.

Desde a primeira edição, em 2018,  a mostra recebeu, ao todo, 84 trabalhos nas linguagens de dança, teatro e performance e realizou uma série de ações formativas, conversas, fóruns, além de um intercâmbio imersivo com artistas de diferentes regiões do Brasil e edições que aconteceram fora da cidade de SP.

“Que outros imaginários produzimos com nossos testemunhos, denúncias e modos de estar em cena? Quais estratégias criamos para que outras narrativas estejam no mundo a partir das nossas falas e corpos? Desde que o projeto nasceu o nosso desejo é construir um espaço imersivo onde todas as artistas acompanham e assistem umas às outras, facilitando a criação de redes e parcerias”, revela Vanessa Macedo, idealizadora da mostra.

Cada edição do projeto assume um tamanho e enfoque específico, dependendo dos financiamentos e colaborações conquistados, de modo que tem sido uma realização ininterrupta, mesmo quando os apoios são escassos.

Nesta de 2025,  o recorte  reúne trabalhos em andamento que realizam sua estreia,  primeira abertura pública ou, ainda,  a  versão atual de pesquisas que propõem dramaturgias em trânsito, que vão se modificando no tempo. Assim, a programação promove o encontro entre artistas que já estiveram em alguma edição anterior e outras que chegam pela primeira vez.

Os trabalhos apresentados colocam em cena uma perspectiva situada dos fazeres artísticos dessas mulheres, nos quais poética e política não se dissociam e os debates não perdem de vistas questões do nosso tempo envolvendo, principalmente, gênero, raça, território e geração.

Destaques da programação

A anfitriã Cia. Fragmento de Dança abre a programação com o espetáculo ATO, no dia 17, às 19h, na praça em frente ao CRD. O trabalho é uma espécie de manifesto escrito por gestos, de orquestra movida por corpos. O coletivo convida artistas para se juntarem ao elenco, construindo uma estrutura coreográfica que convoca o movimento em uníssono para fortalecer a imagem do grupo.

Em seguida, às 20h, a artista curitibana Ludmila Aguiar apresenta Céu da Boca, uma dança que se faz de cócoras, vai de encontro com a garganta, o grito e o chão. Trata-se de uma dança que é manifesto contra as armadilhas do patriarcado e cria gestos e contornos para mover as histórias indigestas e aspirar futuros por vir.

A intérprete e criadora paulistana Patrícia Pina encena ARAPUCA no dia 18, às 19h. O solo performático emerge como um manifesto artístico frente às estruturas opressoras de racismo, sexismo e machismo que historicamente violentam a dignidade de grupos marginalizados.

E, na sequência, a criadora Saolla Sousa mostra seu Canto da Sereia, espetáculo permeado por códigos do imaginário social sobre um corpo feminino, a partir da figura desse ser mítico abissal e aquático. Ou seja, uma corpa quimera mostra seus encantos de sedução e sua voracidade como predadora!

Entre as atrações do dia 19, está a paulista Lua Oliveira com seu Prólogo, às 19h. Neste concerto-espetáculo solo, o corpo está em trânsito, a música encontra o teatro, e o tempo se dobra para revelar os caminhos trilhados por musicistas ao longo da história e os desvios, quedas e resistências que marcaram suas trajetórias.

Já a multi-artista Rosa Antunã, de Belo Horizonte, mostra na sequência seu espetáculo A Dança da Mulher-Árvore. O trabalho faz parte de uma pesquisa autobiográfica, na qual a artista revisita sua ancestralidade com uma abordagem do ponto de vista das mulheres, trazendo uma paisagem histórica sobre o machismo estrutural ainda tão presente em nossa sociedade contemporânea.

Por fim, a curitibana Gladis das Santas abre ao público o espetáculo A 100 graus  celsius, no dia 20, às 19h. O trabalho tem como inspiração uma comparação entre a resiliência das mulheres e das bactérias termodúricas, que prosperam em temperaturas elevadas e sobrevivem à pasteurização e outras condições bem adversas.

Já a potiguar Ana Cláudia Viana apresenta na sequência a obra coreográfica em processo Ossos: cena inacabada. A obra nasce de uma investigação profunda sobre o corpo como território de memória e experiências. Cada gesto é um retorno, um mergulho nas camadas mais profundas do ser, onde dor, fragilidade e potência coexistem como forças transformadoras. A ancestralidade ocupa um lugar central na obra, e no corpo, o eco das lutas, resiliências e pertencimentos.

Todas essas artistas também participam de oficinas, bate-papos, partilhas de processos e outras atividades. A programação completa e as inscrições para essas atividades podem ser conferida em https://www.ciafragmentodedanca.com.br/mulheres-em-cena

Ficha Técnica

Idealização e curadoria: Vanessa Macedo

Realização: Cia Fragmento de Dança

Artistas: Ana Claudia Viana, Gladis das Santas,  Lua Oliveira, Ludmila Aguiar Veloso, Patrícia Pina, Rosa Antunã e Saolla Sousa.  Cia Fragmento de Dança: Cinthia Tomaz, Gabriela Ramos, Leticia Almeida, Lua Oliveira, Maitê Molnar, Marcela Paez, Maria Basulto, Marina Dantas, Patrícia Pina e Sandra Valenzuela

Direção de produção: Luciana Venancio – Movicena Associação Cultural

Coordenação técnica: Giovanna Gonçalves

Designer gráfico e social mídia: Leticia Mantovani

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Responsável por agendamento de público: Gabriela Ramos

APOIO: ONG FINAC, Centro de Referência da Dança (CRD), Prefeitura de São Paulo.

Serviço

Mostra Mulheres em Cena – 9ª edição

Quando: 17 a 20 de setembro

Quanto: Grátis

Centro de Referência da Dança (CRD) – Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo – Centro Histórico de São Paulo

Teatro

UMA RAPSÓDIA PARA SARAH BERNHARDT faz 1 mês de temporada gratuita na Biblioteca Mário de Andrade

Matéria: Divulgação
Foto: João Caldas

Inspirado na trajetória de vida da atriz francesa Sarah Bernhardt (1844- 1923), considerada por muitos “a atriz mais famosa da história”, o espetáculo propõe uma reflexão sobre os desafios e conquistas das mulheres no universo teatral. O espetáculo se apresenta às segundas-feiras de julho, às 19h, no teatro da Biblioteca Mário de Andrade.

Ao trazer pra cena a história de Sarah Bernhardt, o espetáculo celebra uma mulher que desafiou as normas de sua época, enfrentando a discriminação por sua postura irreverente e inovadora. Bernhardt se tornou um símbolo de força e empoderamento, não apenas por sua brilhante atuação no palco, mas também pela ousadia em quebrar convenções sociais, solidificando-se como uma das maiores atrizes de todos os tempos.

Simultaneamente, o espetáculo apresenta uma atriz contemporânea brasileira, que, diante dos desafios da profissão, se dedica à criação e produção de um espetáculo sobre Sarah Bernhardt. Essa conexão entre passado e presente, resulta em uma rapsódia cômico-dramática que revela pontos em comum ao longo da história, como o etarismo e a constante luta das mulheres no universo artístico.

A trilha sonora do espetáculo, elaborada pelo Maestro João Maurício Galindo, destaca-se por resgatar a obra de grandes compositoras contemporâneas de Sarah Bernhardt, como Lili Boulanger e Cécile Chaminade. Essa escolha cria um diálogo profundo entre a trilha sonora e o texto e valoriza a presença feminina nas artes.

A peça também explora a relação de Sarah Bernhardt com o Brasil, país onde se apresentou diversas vezes, sendo o palco de um acidente que resultou na amputação de uma de suas pernas.

Uma Rapsódia para Sarah Bernhardt é uma homenagem ao poder da arte e ao papel transformador das mulheres. Um espetáculo para aqueles que buscam, para além do entretenimento, uma reflexão sobre temas contemporâneos e universais.

SINOPSE

O espetáculo solo é uma experiência imersiva na vida da lendária atriz francesa Sarah Bernhardt, que revolucionou o teatro mundial. A narrativa começa com uma atriz contemporânea, no processo de criação de uma performance sobre Bernhardt, e, à medida que a trama se desenrola, momentos emblemáticos da trajetória da grande atriz ganham vida no palco.

Sobre LUCIANA CARNIELI (Atriz e Autora)

Atriz e dramaturga formada pela Escola de Arte Dramática/ ECA/ USP. No teatro, atuou em espetáculos de variados estilos – musical, comédia e drama – dirigidos por Jô Soares, Gabriel Villela, Marcelo Lazzaratto, Débora Dubois, Eduardo Tolentino de Araújo, Marcia Abujamra, Cássio Scapin, Alexandre Reinecke, entre outros. Na TV atuou em novelas e seriados da TV Globo, GNT e TV Cultura, sendo dirigida por diretores como Maurício Farias, Hugo Prata, Denise Sarraceni e Luís Villaça.

Foi indicada aos Prêmios: Bibi Ferreira, por seu trabalho em “Primeiro Hamlet”, APCA e Aplauso Brasil, por seu trabalho em “Amar, Verbo Intransitivo”, também ao Prêmio Aplauso Brasil por seu trabalho em “Roque Santeiro, o Musical” e aos prêmios Bibi Ferreira de Teatro Musical e Prêmio Qualidade Brasil por sua atuação no espetáculo musical “Lampião e Lancelote”, sendo vencedora do Prêmio Femsa por este trabalho.

Sobre ELIAS ANDREATO (Diretor)

Ator de teatro, cinema e televisão, diretor e muitas vezes roteirista dos seus próprios trabalhos. Sua busca é pela humanidade dos personagens que interpreta e seus espetáculos frequentemente questionam o papel do artista na sociedade e a relação com seu tempo. Construiu uma carreira sólida feita, acima de tudo, pela escolha por personagens/personalidades que pudessem traduzir esse pensamento – Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud, são exemplos dessa escolha e resultaram em interpretações marcantes que garantiram a ele um lugar especial no teatro brasileiro.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia e Atuação: Luciana Carnieli 

Direção: Elias Andreato

Trilha Sonora: Maestro João Maurício Galindo

Figurino: Marichilene Artisevskis

Iluminação: Sylvie Laila

Fotos: João Caldas Filho

Vídeo: Seh Marques

Realização: Luminária Produções Artísticas

SERVIÇO

Local: Biblioteca Mário de Andrade/ Auditório

Endereço: Rua da Consolação, 94 – República

Datas: Segundas -feiras –  07, 14, 21 e 28 de julho / Horário: 19hs

Duração: 60 minutos Classificação: 12 anos.

Ingressos: Gratuitos/  disponíveis 1 hora antes na Bilheteria do Teatro.

Teatro

NÃO FOSSEM AS SÍLABAS DO SÁBADO, dias 17 e 18 de junho

Matéria: Divulgação
Fotos: Tomás Franco

 

Um trágico e absurdo acidente que muda a vida de duas mulheres é tema de Não Fossem as Sílabas do Sábado, uma adaptação para o romance da escritora e defensora pública Mariana Salomão Carrara, que levou o Prêmio São Paulo de Literatura em 2023. O espetáculo, que estreou em 2024 e rendeu à Liana Ferraz, o Prêmio Shell de melhor dramaturgia, agora ganha duas novas sessões no Centro Cultural São Paulo (CCSP), nos dias 17 e 18 de junho, às 20h.  

A peça tem ainda direção de Joana Dória e elenco formado por Carol Vidotti e Fábia Mirassos. A ideia de transportar o romance para o palco surgiu de um encontro casual entre Vidotti e a autora Mariana Salomão Carrara na plateia de outro espetáculo, em junho de 2023.

“Eu perguntei para a Mariana se ela já tivera um livro seu adaptado para o palco e ela disse que adoraria que isso acontecesse. Nesse instante, a semente do projeto brotou na minha cabeça. Voltei para casa completamente eufórica, entendendo que ‘Não fossem as sílabas do sábado’ era a história que eu vinha buscando para contar numa peça. Tinha lido o livro numa quinta-feira de janeiro e me envolvido profundamente com essas personagens”, revela Vidotti, que assina a idealização da montagem.

A trama se passa em uma manhã de sábado, quando Ana, que está em uma loja de molduras, liga para seu marido André, pedindo ajuda para carregar o quadro com o pôster do filme favorito do casal. Como a casa dos dois fica ali perto e André está demorando muito, a esposa começa a suspeitar do atraso.

Um trágico acidente muda a vida de Ana e de sua vizinha Madalena, que moram no mesmo prédio, mas mal se conhecem: o marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre André. A partir de então, o que une as duas viúvas passa a ser justamente o que as separa. Em uma rotina de ausências, elas vão se aproximando e, juntas, atravessam a dor, a chegada de uma criança e as agruras do recomeço. Assim, nasce uma amizade que, talvez, expanda o que se entende por família.

“O luto vertiginoso que a narradora atravessa, as dores de ter seu plano de futuro perfeito destruído, as dificuldades com a maternidade, e a maneira como, acima de tudo, essas duas mulheres constroem uma relação de amizade e reformulam juntas o entendimento de família eram temas que vinham de encontro às minhas inquietações artísticas”, acrescenta Vidotti.

Sobre a sensação de ver seu romance adaptado para a cena, Mariana Salomão Carrara relata: “Descobri que dentro da minha cabeça de escritora, possivelmente dentro de qualquer cabeça de escritora, existe uma espécie de palco. Só me dei conta disso quando vi, num ensaio, as atrizes materializando as palavras que em algum momento escutei dentro da minha cabeça.  Fiquei muito emocionada e perdida ouvindo a conversa num léxico que não é o meu – figurino, sombras, refletores – tentando compreender esse fenômeno que é tragarem para fora do livro e da cabeça de escritora essas vidas e essas dores que parecia que eu estava conhecendo de verdade apenas ali”.

A adaptação da obra para os palcos vem como disparador de temas caros de trazer para o debate público, como vida e impermanência, memória e apagamento, maternidade e luto, resistência e recomeços, amizade e amor. Tudo sob uma perspectiva feminina.

Liana Ferraz, que adaptou a obra, comenta: “ganhar o Shell com a adaptação de um livro para os palcos celebra a união de duas linguagens que têm se revelado potentes e complementares. Além da consagração da literatura em cena, a peça aborda um tema que tem me mobilizado muito. A obra fala sobre amizade entre mulheres. E, não se enganem, não há nada de trivial nisso. Mulheres que se reconhecem como novas configurações de comunidade, de trabalho, e de família, salvam as vidas umas das outras todos os dias”, completa.

Já a diretora Joana Dória revela que se encantou pelo encontro das duas mulheres. “Mergulhamos no processo criativo querendo fazer peça do romance: manter seus traços estilísticos, suas imagens e adjetivos; explorar seu ritmo, seus fluxos, seus jorros, o transbordamento de palavras; e ter nossa prática teatral movimentada pela matéria da literatura. Como o texto literário pode ser transformado em expressão performativa, sonora, espacial e plástica? Como essas diferentes abordagens textuais podem dialogar entre si na criação cênica, sem que percamos de vista o objetivo simples de ser veículo de uma boa história?”, indaga.

Além dos temas discutidos pela peça, as artistas destacam a importância de se trazer ao público uma adaptação de uma obra literária, instigando e incentivando as pessoas a tornar o ato de ler, acima de um hábito, uma prática social significativa para um avanço de nossa capacidade de estar no mundo.

Ficha Técnica:

Direção: Joana Dória

Elenco: Carol Vidotti e Fábia Mirassos

Dramaturgia: Liana Ferraz

Autora: Mariana Salomão Carrara

Direção de movimento: Nina Giovelli

Assistência de direção: Abel Xavier

Trilha Sonora: Pedro Semeghini

Cenografia: Andreas Guimarães

Figurino: Érika Grizendi

Visagismo: Fábia Mirassos

Projeções e mapping: Vic von Poser

Desenho de luz: Henrique Andrade

Direção técnica: Giovanna Gonçalves

Cenotécnico: José Da Hora  

Fotos: Tomás Franco

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Assessoria de Comunicação

Idealização: Carol Vidotti

Produção: Paula Malfatti

Coordenação geral: Carol Vidotti

Sinopse 

Ana e Madalena são vizinhas, moram no mesmo prédio, mas mal se conheciam até um fato trágico marcar a vida das duas e mudar os rumos de suas histórias. O marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre o marido de Ana. E, a partir disto, o que as une é o que as separa. Na rotina das ausências, as duas viúvas vão se aproximando: atravessam a dor, a chegada de uma criança, as agruras do recomeço. Nasce uma amizade, que talvez expanda o que se entende por família. Não fossem as sílabas do sábado é uma adaptação teatral do romance homônimo de Mariana Salomão Carrara. Vencedora do Prêmio Shell e indicada ao Prêmio APCA, ambas na categoria dramaturgia, assinada por Liana Ferraz.

Serviço

Não Fossem as Sílabas do Sábado

Apresentações: 17 e 18 de junho de 2025, na terça e na quarta, às 20h

Centro Cultural São Paulo – Sala Ademar Guerra – Rua Vergueiro, 1000. Liberdade

Ingressos: gratuitos, distribuídos 2h antes na bilheteria do teatro

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

Capacidade: 100 lugares 

Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

 

Teatro

DESOBEDIÊNCIA

 

 

Matéria: Divulgação
Fotos: Joelma Do Couto

Um ato heroico e humanitário em plena Segunda Guerra Mundial é retratado pela peça Desobediência, texto de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “Passaporte para a Vida”, de Yukiko Sugihara. O espetáculo, dirigido por Regina Galdino, estreou em 2023 e agora ganha novas apresentações no Teatro Cacilda Becker, de 13 a 15 de junho.

A peça foi idealizada por Rogério Nagai, que também está no elenco ao lado de Beatriz Diaféria, Carla Passos e Ricardo Oshiro.

A montagem faz parte da mostra de repertório do Coletivo Oriente-se, que foi contemplado pela 44° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.

A trama narra de forma não-linear a jornada de Chiune Sugihara, um representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 6 mil vistos para judeus refugiados da Polônia ao longo de 20 dias, desobedecendo às ordens do Japão – que participava do Eixo, aliança com a Alemanha nazista e a Itália fascista.

A história é contada pelo ponto de vista de Yukiko, a esposa do representante, que narra a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, o nascimento dos filhos, os privilégios que tiveram na guerra, o episódio da desobediência, a derrota, a fuga, a prisão, a volta à terra-natal e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. 

“Acho que o texto discute como, às vezes, seguimos na vida de forma automática, sem olhar para o lado, e acabamos naturalizando barbaridades, como o fato de alguém estar morrendo de fome na rua enquanto outra pessoa ostenta por aí uma vida milionária. Acredito que a voz da Yukiko é muito importante. Já naquela época, ela falava de empoderamento, de machismo, de sexismo e de xenofobia”, comenta a autora Renata Mizrahi.

Já a diretora Regina Galdino acredita que ‘Desobediência’ é importante para nos mostrar caminhos em que o humanismo venceu o autoritarismo, sobretudo quando vivemos um retorno da extrema direita em todo o mundo. “Temas como as intolerâncias religiosa e étnica, a perseguição ideológica, as guerras pelo poder e territórios, a desumanidade, os refugiados e as crises econômicas, a desobediência a regras desumanas e a liberdade feminina estão presentes nesta história de esperança e obstinação na luta pela vida, com um elenco de nipo-brasileiros”, complementa.

Ela ainda conta que a peça passeia pelo tempo e espaço de forma dinâmica, sem seguir a ordem cronológica, “em um jogo de aproximações e choques entre as culturas japonesa, judaica e europeia”.

“O casal Chiune e Yukiko Sugihara contracena com diversas personagens interpretadas por um ator e uma atriz e optamos por figurinos atemporais, que ampliam a atualidade da história. O cenário e os elementos de cena são sintéticos e não-realistas estabelecendo, de forma abstrata, com a ajuda da iluminação, todas as cidades pelas quais o casal passou, desde Helsink, na Finlândia, até o retorno ao Japão, passando por Kaunas, na Lituânia; Berlim, na Alemanha; Praga, na então Tchecoslováquia; Konigsberg, na antiga Prússia, e Bucareste, na Romênia”, revela Galdino sobre a encenação.

A encenadora conta ainda que o grupo pesquisou como despertar a imaginação do público com imagens abstratas, não-realistas e inusitadas por meio de um cenário surrealista e de tecidos vermelhos utilizados no lugar de objetos.

“A expressão corporal e a interpretação dos atores e atrizes convidarão o público, de forma sintética, a imaginar trens, florestas, praias, navios, salões de baile, consulados, prisões, máquinas de escrever e fuzis, além dos vistos emitidos para os judeus. Misturando drama e humor, contamos essa história pouco conhecida pelo público usando figurinos atemporais cinzas, “manchados” por tecidos vermelhos, com diferentes funções; um painel de fundo preto e branco com imagem surrealista; projeções abstratas; e a música original, com um tema e variações para passear por diferentes países e culturas”, acrescenta.

Sinopse

Desobediência é uma peça de Renata Mizrahi livremente inspirada no livro “Passaporte Para a Vida”, de Yukiko Sugihara.  A peça conta, de forma não-linear, a jornada de Chiune Sugihara, representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 6 mil vistos para judeus refugiados da Polônia, desobedecendo às ordens do Japão, aliado da Alemanha e Itália. A história é contada pelo ponto de vista da esposa Yukiko: a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, os filhos, os privilégios que tiveram na guerra, a desobediência ao consulado japonês, a derrota, a fuga, a prisão, a volta ao Japão e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. O texto é um drama, com doses de humor. 

Ficha Técnica
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Regina Galdino
Elenco: Beatriz Diaféria, Carla Passos, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai
Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen
Voz em off e operação de som: Alexandre Mercki
Música original: Daniel Grajew e Bruno Menegatti
Design de luz: Paula da Selva
Operação de luz: Ícaro Zanzini
Produção executiva: Giuliana Pellegrini
Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai
Assistência de Direção: Edson Kameda
Fotografia: Mari Jacinto
Design gráfico e Mídias Sociais: Lol Digital
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Realização: Lei de Fomento ao Teatro, Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e Coletivo Oriente-se

Serviço

Desobediência, de Renata Mizrahi
Quando:
13 a 15 de junho, na sexta e no sábado, às 21h, e no domingo, às 19h
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo
Ingressos: Grátis, com reservas via Sympla e distribuição de ingressos na bilheteria 60 minutos antes da sessão
Classificação: 10 anos
Duração:
75 minutos
 

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