terça-feira, 1 julho, 2025

archivesão paulo

Sabores de Sampa

Confira como é possível empreender nas festas juninas

Matéria e foto: Divulgação

O mês de junho, que é sinônimo de festas juninas, traz consigo a mistura de cores vibrantes, danças típicas e uma culinária irresistível que encanta e aquece o coração de todos. Para o mercado gastronômico, essa época é uma oportunidade única para explorar a rica tradição culinária e conquistar o bolso dos consumidores de uma forma saborosa e lucrativa.

Esse período é muito mais do que uma celebração cultural, é uma verdadeira festa para os sentidos. Entre os pratos mais emblemáticos, destacam-se as famosas comidas típicas como canjica, cural, bolo de milho, paçoca, cocada, entre outros, que têm o poder de unir famílias e amigos em torno de uma mesa cheia de sabores autênticos e memoráveis.

Para aqueles que trabalham no ramo de gastronomia, a temporada de festas juninas é a chance de ampliar os lucros. De acordo com uma pesquisa realizada este ano pelo Instituto Opinion Box, 67% dos entrevistados concordam que há um crescimento real nas vendas do comércio local durante o mês de junho.

Restaurantes, lanchonetes, bares e pequenos empreendedores podem tirar proveito da sazonalidade dessa festa, oferecendo pratos típicos e aproveitando o entusiasmo dos consumidores por tudo que remete às raízes brasileiras.

“É importante entender que as festas juninas vão além do tradicional. Ao focar nas receitas típicas e na qualidade dos ingredientes, é possível inovar e atrair novos públicos, principalmente os mais jovens, que buscam tanto o sabor quanto a experiência única dessa festa”, destaca Claudia Genaro, chef e consultora pedagógica do Instituto Gourmet, rede de escolas de cursos profissionalizantes em gastronomia.

Dicas para atrair mais clientes

Ao preparar e comercializar pratos típicos, é possível agregar um toque especial e inovador. Quando se adiciona uma pitada de diferencial, seu produto se torna mais atrativo. A utilização de ingredientes frescos, orgânicos ou até a adaptação de receitas tradicionais ao paladar contemporâneo são estratégias que podem diferenciar os produtos no mercado competitivo.

Bolos personalizados: Crie bolos com coberturas e recheios diferenciados, como brigadeiro de milho ou cocada de amendoim, para atrair clientes mais exigentes.

Comidas de rua: Aposte nas tradicionais “barracas de rua”, oferecendo opções práticas e rápidas, como milho na espiga, pastel de feira ou até mesmo opções veganas das comidas típicas.

Menu temático: Ofereça um cardápio especial de São João, com pratos exclusivos que remetam às festividades juninas, mas com um toque de inovação que surpreenda o paladar dos clientes.

As festas juninas sempre foram uma celebração das tradições populares, e a culinária é uma das formas mais autênticas de manter essas tradições vivas. No entanto, nos últimos anos, muitos chefs e empreendedores gastronômicos têm buscado não apenas preservar as receitas típicas, mas também inová-las, criando novas possibilidades que encantam as gerações atuais sem perder o charme do passado.

Esse é um cenário rico de oportunidades para o setor gastronômico. Ao unir a tradição das receitas com a inovação e a criatividade, é possível criar uma experiência única e lucrativa para os consumidores. O segredo é apostar nas raízes culturais e, ao mesmo tempo, proporcionar ao cliente algo novo, de qualidade e saboroso.

Sobre Instituto Gourmet

Com mais de dez anos de mercado, o Instituto Gourmet Brasil é a maior rede nacional de franquia especializada em cursos profissionalizantes na área da gastronomia. Criado para quem deseja empreender, ingressar no mercado gastronômico, obter formação profissional da área ou aprender por hobby, o Instituto Gourmet oferece opções de cursos de curta, média e longa duração, com flexibilidade nos horários, aulas práticas e foco na interação do aluno. Criada em 2014, a rede ingressou na franchising em 2017 e já conta com mais de 100 unidades abertas em todo o país.

Teatro

NÃO FOSSEM AS SÍLABAS DO SÁBADO, dias 17 e 18 de junho

Matéria: Divulgação
Fotos: Tomás Franco

 

Um trágico e absurdo acidente que muda a vida de duas mulheres é tema de Não Fossem as Sílabas do Sábado, uma adaptação para o romance da escritora e defensora pública Mariana Salomão Carrara, que levou o Prêmio São Paulo de Literatura em 2023. O espetáculo, que estreou em 2024 e rendeu à Liana Ferraz, o Prêmio Shell de melhor dramaturgia, agora ganha duas novas sessões no Centro Cultural São Paulo (CCSP), nos dias 17 e 18 de junho, às 20h.  

A peça tem ainda direção de Joana Dória e elenco formado por Carol Vidotti e Fábia Mirassos. A ideia de transportar o romance para o palco surgiu de um encontro casual entre Vidotti e a autora Mariana Salomão Carrara na plateia de outro espetáculo, em junho de 2023.

“Eu perguntei para a Mariana se ela já tivera um livro seu adaptado para o palco e ela disse que adoraria que isso acontecesse. Nesse instante, a semente do projeto brotou na minha cabeça. Voltei para casa completamente eufórica, entendendo que ‘Não fossem as sílabas do sábado’ era a história que eu vinha buscando para contar numa peça. Tinha lido o livro numa quinta-feira de janeiro e me envolvido profundamente com essas personagens”, revela Vidotti, que assina a idealização da montagem.

A trama se passa em uma manhã de sábado, quando Ana, que está em uma loja de molduras, liga para seu marido André, pedindo ajuda para carregar o quadro com o pôster do filme favorito do casal. Como a casa dos dois fica ali perto e André está demorando muito, a esposa começa a suspeitar do atraso.

Um trágico acidente muda a vida de Ana e de sua vizinha Madalena, que moram no mesmo prédio, mas mal se conhecem: o marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre André. A partir de então, o que une as duas viúvas passa a ser justamente o que as separa. Em uma rotina de ausências, elas vão se aproximando e, juntas, atravessam a dor, a chegada de uma criança e as agruras do recomeço. Assim, nasce uma amizade que, talvez, expanda o que se entende por família.

“O luto vertiginoso que a narradora atravessa, as dores de ter seu plano de futuro perfeito destruído, as dificuldades com a maternidade, e a maneira como, acima de tudo, essas duas mulheres constroem uma relação de amizade e reformulam juntas o entendimento de família eram temas que vinham de encontro às minhas inquietações artísticas”, acrescenta Vidotti.

Sobre a sensação de ver seu romance adaptado para a cena, Mariana Salomão Carrara relata: “Descobri que dentro da minha cabeça de escritora, possivelmente dentro de qualquer cabeça de escritora, existe uma espécie de palco. Só me dei conta disso quando vi, num ensaio, as atrizes materializando as palavras que em algum momento escutei dentro da minha cabeça.  Fiquei muito emocionada e perdida ouvindo a conversa num léxico que não é o meu – figurino, sombras, refletores – tentando compreender esse fenômeno que é tragarem para fora do livro e da cabeça de escritora essas vidas e essas dores que parecia que eu estava conhecendo de verdade apenas ali”.

A adaptação da obra para os palcos vem como disparador de temas caros de trazer para o debate público, como vida e impermanência, memória e apagamento, maternidade e luto, resistência e recomeços, amizade e amor. Tudo sob uma perspectiva feminina.

Liana Ferraz, que adaptou a obra, comenta: “ganhar o Shell com a adaptação de um livro para os palcos celebra a união de duas linguagens que têm se revelado potentes e complementares. Além da consagração da literatura em cena, a peça aborda um tema que tem me mobilizado muito. A obra fala sobre amizade entre mulheres. E, não se enganem, não há nada de trivial nisso. Mulheres que se reconhecem como novas configurações de comunidade, de trabalho, e de família, salvam as vidas umas das outras todos os dias”, completa.

Já a diretora Joana Dória revela que se encantou pelo encontro das duas mulheres. “Mergulhamos no processo criativo querendo fazer peça do romance: manter seus traços estilísticos, suas imagens e adjetivos; explorar seu ritmo, seus fluxos, seus jorros, o transbordamento de palavras; e ter nossa prática teatral movimentada pela matéria da literatura. Como o texto literário pode ser transformado em expressão performativa, sonora, espacial e plástica? Como essas diferentes abordagens textuais podem dialogar entre si na criação cênica, sem que percamos de vista o objetivo simples de ser veículo de uma boa história?”, indaga.

Além dos temas discutidos pela peça, as artistas destacam a importância de se trazer ao público uma adaptação de uma obra literária, instigando e incentivando as pessoas a tornar o ato de ler, acima de um hábito, uma prática social significativa para um avanço de nossa capacidade de estar no mundo.

Ficha Técnica:

Direção: Joana Dória

Elenco: Carol Vidotti e Fábia Mirassos

Dramaturgia: Liana Ferraz

Autora: Mariana Salomão Carrara

Direção de movimento: Nina Giovelli

Assistência de direção: Abel Xavier

Trilha Sonora: Pedro Semeghini

Cenografia: Andreas Guimarães

Figurino: Érika Grizendi

Visagismo: Fábia Mirassos

Projeções e mapping: Vic von Poser

Desenho de luz: Henrique Andrade

Direção técnica: Giovanna Gonçalves

Cenotécnico: José Da Hora  

Fotos: Tomás Franco

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Assessoria de Comunicação

Idealização: Carol Vidotti

Produção: Paula Malfatti

Coordenação geral: Carol Vidotti

Sinopse 

Ana e Madalena são vizinhas, moram no mesmo prédio, mas mal se conheciam até um fato trágico marcar a vida das duas e mudar os rumos de suas histórias. O marido de Madalena, ao pular da janela, desaba justamente sobre o marido de Ana. E, a partir disto, o que as une é o que as separa. Na rotina das ausências, as duas viúvas vão se aproximando: atravessam a dor, a chegada de uma criança, as agruras do recomeço. Nasce uma amizade, que talvez expanda o que se entende por família. Não fossem as sílabas do sábado é uma adaptação teatral do romance homônimo de Mariana Salomão Carrara. Vencedora do Prêmio Shell e indicada ao Prêmio APCA, ambas na categoria dramaturgia, assinada por Liana Ferraz.

Serviço

Não Fossem as Sílabas do Sábado

Apresentações: 17 e 18 de junho de 2025, na terça e na quarta, às 20h

Centro Cultural São Paulo – Sala Ademar Guerra – Rua Vergueiro, 1000. Liberdade

Ingressos: gratuitos, distribuídos 2h antes na bilheteria do teatro

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

Capacidade: 100 lugares 

Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

 

Teatro

O PALHAÇO TÁ SEM GRAÇA, até 6 de Julho no Teatro Nair Bello

 

Matéria: Divulgação
Foto:  Heloísa Bortz

Até que ponto nos deixamos ser moldados pelos nossos erros e pelas expectativas e opiniões dos outros? A comédia musical O Palhaço Tá Sem Graça, com texto de Daniel Torrieri Baldi e direção de Hudson Glauber, discute justamente essa questão ao acompanhar a jornada de autoconhecimento de dois palhaços.

O espetáculo, que ainda tem direção musical, letras e músicas originais de Thiago Gimenes, tem sua temporada de estreia no Teatro Nair Bello, no 3º piso do Shopping Frei Caneca, de 2 de maio a 6 de julho, com sessões às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

Quem dá vida aos dois protagonistas são Fafy Siqueira (Risadinha) e Fernando Vieira (Murmúrio). E no elenco ainda estão Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues e Tete Prezoto. E o coro também traz Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira.

Com muita poesia e música, a peça conta a história dos amigos palhaços: a Risadinha, que encara a vida com óculos de sol mesmo nos dias mais nublados e é capaz de tirar gargalhadas de todos; e o Murmúrio, que acha que nasceu para o drama, mas é uma comédia e não consegue ter a percepção disso.

Murmúrio carrega uma questão que nunca superou: desde pequeno, sonhou em ser cantor. Mas lá nos anos 80, tentou entrar para um famoso grupo musical infantil e não foi apenas recusado, mas humilhado. Desde então, aprendeu a rir de si mesmo antes que os outros pudessem rir dele.

Entre frustrações e risadas, os dois amigos se veem diante de algo inesperado: um balão que os transporta para um lugar onde medos, sonhos e segredos se misturam em um espetáculo imprevisível.

É um verdadeiro rito de passagem, no qual Murmúrio vai encarar de frente seu sonho de cantar. E a Risadinha está ali pra dar aquele empurrãozinho. No palco do Circo das Maravilhas, os dois vão ter que enfrentar medos, emoções, sonhos e, quem sabe, umas perucas coloridas voando pelo ar.

E, no final das contas, eles descobrem que a maior mágica de todas é aceitar quem são e transformar cada tropeço, cada desafio e cada gargalhada em uma chance de brilhar como nunca.

O autor Daniel Torrieri Baldi conta que, no musical, o circo é usado como uma metáfora para algo maior. “Quantas vezes fomos chamados de fracos, desajeitados, insuficientes? E quantas dessas palavras acabaram nos moldando, nos afastando daquilo que verdadeiramente somos? Murmúrio sabe bem como é carregar um nome que não escolheu e até o silenciou, e ele vai aprender a transformar suas frustrações em novas formas de brilhar”, revela.

O diretor artístico Hudson Glauber acrescenta que “O Palhaço Tá Sem Graça é uma peça para toda a família, porque as dores e alegrias que ela traz não têm idade”.

Para contar essa história, o espetáculo mescla letras e músicas inéditas e clássicos nostálgicos dos anos 80. “Construímos este musical com uma linguagem intimista, que valoriza o talento dos atores, sua entrega emocional e a potência de suas vozes”, afirma Glauber.  “O musical vai emocionar, arrancar gargalhadas e fazer o público sair cantando: ‘É tão lindo, não precisa mudar… é tão lindo, deixa assim como está…’”, deseja Baldi.

Ficha Técnica

Texto: Daniel Torrieri Baldi
Direção Artística: Hudson Glauber

Direção Musical, Letras e Músicas Originais e Colaboração Dramatúrgica: Thiago Gimenes

Direção de Movimento: Inês Aranha

Codireção: André Luiz Odin

Cenário: Kleber Montanheiro

Figurinos: Chico Spinosa

Visagismo: Claudinei Hidalgo

Coreografias: Davi Tostes

Iluminação: Beto Martins

Design de Som: Alessandro Ayoama (Japa)

Letras “Balão Mágico”: Edgard Poças

Elenco: Fafy Siqueira, Fernando Vieira, Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues E Tete Prezoto

Coro: Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira

Sinopse

O Palhaço Tá Sem Graça conta a história de dois amigos palhaços. Enquanto Risadinha faz o público gargalhar sem esforço, Murmúrio vive uma fase de bloqueio criativo, achando mais que nasceu para o drama por conta da frustração de não ter seguido sua vontade de virar cantor nos anos 80 após uma experiência nada agradável. Eis que, durante um ensaio, um balão mágico aparece do nada para transportá-los para um mundo interno, onde eles precisam enfrentar desafios, medos e muita confusão.

Serviço

O Palhaço Tá Sem Graça

Temporada: 2 de maio a 6 de julho*

Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h

Teatro Nair Bello – 3º Piso do Shopping Frei Caneca

Rua Frei Caneca, 569, Consolação

Ingressos: R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)**

Bilheteria: abre duas horas antes de cada apresentação

Classificação: Livre

Duração: 85 minutos

Capacidade: 201 lugares

Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Teatro

DESOBEDIÊNCIA

 

 

Matéria: Divulgação
Fotos: Joelma Do Couto

Um ato heroico e humanitário em plena Segunda Guerra Mundial é retratado pela peça Desobediência, texto de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “Passaporte para a Vida”, de Yukiko Sugihara. O espetáculo, dirigido por Regina Galdino, estreou em 2023 e agora ganha novas apresentações no Teatro Cacilda Becker, de 13 a 15 de junho.

A peça foi idealizada por Rogério Nagai, que também está no elenco ao lado de Beatriz Diaféria, Carla Passos e Ricardo Oshiro.

A montagem faz parte da mostra de repertório do Coletivo Oriente-se, que foi contemplado pela 44° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.

A trama narra de forma não-linear a jornada de Chiune Sugihara, um representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 6 mil vistos para judeus refugiados da Polônia ao longo de 20 dias, desobedecendo às ordens do Japão – que participava do Eixo, aliança com a Alemanha nazista e a Itália fascista.

A história é contada pelo ponto de vista de Yukiko, a esposa do representante, que narra a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, o nascimento dos filhos, os privilégios que tiveram na guerra, o episódio da desobediência, a derrota, a fuga, a prisão, a volta à terra-natal e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. 

“Acho que o texto discute como, às vezes, seguimos na vida de forma automática, sem olhar para o lado, e acabamos naturalizando barbaridades, como o fato de alguém estar morrendo de fome na rua enquanto outra pessoa ostenta por aí uma vida milionária. Acredito que a voz da Yukiko é muito importante. Já naquela época, ela falava de empoderamento, de machismo, de sexismo e de xenofobia”, comenta a autora Renata Mizrahi.

Já a diretora Regina Galdino acredita que ‘Desobediência’ é importante para nos mostrar caminhos em que o humanismo venceu o autoritarismo, sobretudo quando vivemos um retorno da extrema direita em todo o mundo. “Temas como as intolerâncias religiosa e étnica, a perseguição ideológica, as guerras pelo poder e territórios, a desumanidade, os refugiados e as crises econômicas, a desobediência a regras desumanas e a liberdade feminina estão presentes nesta história de esperança e obstinação na luta pela vida, com um elenco de nipo-brasileiros”, complementa.

Ela ainda conta que a peça passeia pelo tempo e espaço de forma dinâmica, sem seguir a ordem cronológica, “em um jogo de aproximações e choques entre as culturas japonesa, judaica e europeia”.

“O casal Chiune e Yukiko Sugihara contracena com diversas personagens interpretadas por um ator e uma atriz e optamos por figurinos atemporais, que ampliam a atualidade da história. O cenário e os elementos de cena são sintéticos e não-realistas estabelecendo, de forma abstrata, com a ajuda da iluminação, todas as cidades pelas quais o casal passou, desde Helsink, na Finlândia, até o retorno ao Japão, passando por Kaunas, na Lituânia; Berlim, na Alemanha; Praga, na então Tchecoslováquia; Konigsberg, na antiga Prússia, e Bucareste, na Romênia”, revela Galdino sobre a encenação.

A encenadora conta ainda que o grupo pesquisou como despertar a imaginação do público com imagens abstratas, não-realistas e inusitadas por meio de um cenário surrealista e de tecidos vermelhos utilizados no lugar de objetos.

“A expressão corporal e a interpretação dos atores e atrizes convidarão o público, de forma sintética, a imaginar trens, florestas, praias, navios, salões de baile, consulados, prisões, máquinas de escrever e fuzis, além dos vistos emitidos para os judeus. Misturando drama e humor, contamos essa história pouco conhecida pelo público usando figurinos atemporais cinzas, “manchados” por tecidos vermelhos, com diferentes funções; um painel de fundo preto e branco com imagem surrealista; projeções abstratas; e a música original, com um tema e variações para passear por diferentes países e culturas”, acrescenta.

Sinopse

Desobediência é uma peça de Renata Mizrahi livremente inspirada no livro “Passaporte Para a Vida”, de Yukiko Sugihara.  A peça conta, de forma não-linear, a jornada de Chiune Sugihara, representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 6 mil vistos para judeus refugiados da Polônia, desobedecendo às ordens do Japão, aliado da Alemanha e Itália. A história é contada pelo ponto de vista da esposa Yukiko: a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, os filhos, os privilégios que tiveram na guerra, a desobediência ao consulado japonês, a derrota, a fuga, a prisão, a volta ao Japão e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. O texto é um drama, com doses de humor. 

Ficha Técnica
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Regina Galdino
Elenco: Beatriz Diaféria, Carla Passos, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai
Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen
Voz em off e operação de som: Alexandre Mercki
Música original: Daniel Grajew e Bruno Menegatti
Design de luz: Paula da Selva
Operação de luz: Ícaro Zanzini
Produção executiva: Giuliana Pellegrini
Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai
Assistência de Direção: Edson Kameda
Fotografia: Mari Jacinto
Design gráfico e Mídias Sociais: Lol Digital
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Realização: Lei de Fomento ao Teatro, Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e Coletivo Oriente-se

Serviço

Desobediência, de Renata Mizrahi
Quando:
13 a 15 de junho, na sexta e no sábado, às 21h, e no domingo, às 19h
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo
Ingressos: Grátis, com reservas via Sympla e distribuição de ingressos na bilheteria 60 minutos antes da sessão
Classificação: 10 anos
Duração:
75 minutos
 

Teatro

Musical JOÃO, de 13 de junho a 3 de agosto

 

 

Matéria: Divulgação
Fotos: Cleber Correa

A Cia. da Revista finaliza as comemorações de seus 25 anos de trajetória com a estreia de João, um musical original com dramaturgia de Marcelo Marcus Fonseca e músicas de Vitor Rocha (letras) e Marco França (música, direção musical e arranjos). O espetáculo tem sua temporada de estreia no Espaço Cia da Revista, de 13 de junho a 3 de agosto.

O elenco conta com a participação de Vitor Vieira, Dudu Galvão, Marina Mathey, Bia Rezi, Zé Guilherme Bueno, Gabriel Natividade, Neto Vilar, Pedro Ulee, Pedro Bignelli, Vithor Zanatta e Josinaldo Filho. A produção é da Movicena Produções.

João é o terceiro espetáculo da trilogia de peças “Conexão São Paulo-Pernambuco”, que teve início em 2021, com a estreia de Nossos Ossos, a partir do romance do escritor Marcelino Freire, seguida por Tatuagem, adaptação do filme de Hilton Lacerda, que se tornou um fenômeno de público e crítica da temporada paulistana.

O trabalho compara a história do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto e seu personagem João em uma fábula surrealista, fazendo uma leitura urbana da questão agrária e da diversidade na vida contemporânea.

Na trama, João migra de Pernambuco para o sudeste em busca de trabalho e tem um encontro casual com seu próprio criador, o poeta João Cabral. Após se separarem, na divisa de São Paulo e Rio de Janeiro, o personagem segue sua vida na capital paulistana, onde conhece Gaivota, uma travesti artista que muda sua vida.

Enquanto isso, de longe, João Cabral conta sua própria história, ao mesmo tempo que evoca a história do próprio Severino, de sua obra-prima “ Morte e Vida Severina”, refletida no centro urbano.

Musical original

As músicas do espetáculo foram compostas por Vitor Rocha (letras) e Marco França (músicas, arranjos e direção musical), tornando-o um musical totalmente inédito e brasileiro na sua essência. A inspiração para as composições nasceram da obra de Gonzaguinha, um cronista do Brasil e do seu tempo. 

Sobre a Cia. da Revista

A Cia. da Revista nasceu em 1997 com a proposta de investigar o Teatro de Revista, gênero que chegou ao Brasil no século XIX e que, a partir da década de 1920, ganhou as características que inspiram o trabalho de pesquisa da Companhia: estrutura fragmentada que engloba diversos gêneros em um único espetáculo, olhar crítico e irreverente sobre seu tempo e a presença da música como importante elemento narrativo. A cia. foi contemplada com os prêmios FEMSA (categoria Melhor Atriz Coadjuvante em O Doente Imaginário, Sonho de uma Noite de Verão e A Odisséia de Arlequino; categoria Melhor Atriz em A Odisséia de Arlequino), APCA (melhor elenco, A Odisséia de Arlequino), FEMSA (melhor espetáculo, A Odisséia de Arlequino) e Cooperativa Paulista de Teatro (melhor espetáculo para espaços não convencionais, A Odisséia de Arlequino). O diretor do grupo, Kleber Montanheiro, recebeu os prêmios APCA (Sonho de uma Noite de Verão) e FEMSA (A Odisséia de Arlequino), ambos como melhor diretor. Em 2012, foi indicada a dois prêmios Shell (Direção musical e dramaturgia) e dois prêmios Cooperativa Paulista de Teatro (Direção e direção musical) pelo espetáculo Cabeça de Papelão. Em 2022 o espetáculo Tatuagem, do filme homônimo de Hilton Lacerda, teve seis indicações ao prêmio Bibi Ferreira, incluindo melhor musical brasileiro. Em 2022 a Cia. da Revista completou 25 anos de atividades e em 2024 completou dez anos de atividades do seu espaço sede, o Espaço Cia. da Revista, situado na al. Nothmann, Santa Cecília, São Paulo.

Sobre Marcelo Marcus Fonseca

Iniciou sua carreira como ator na década de 1980 e despontou na cena teatral paulista como diretor na década de 1990 com o espetáculo “Baal – O Mito da Carne” (1996 -1997). É autor dos textos “Águas Queimam na Encruzilhada”, “Rebelião – O Coro de Todos os Santos“, “A Gente Submersa”, “O Santo Dialético”, “O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica”, “São Paulo Surrealista”, “São Paulo Surrealista 2: A Poesia Feita Espuma”, Odile” e “Todos os Homens Notáveis”. É poeta e sambista, atividade que mantém paralelamente com parceiros da periferia de São Paulo, sendo responsável por uma vasta pesquisa de resgate de sambas pouco conhecidos do grande público. É fundador do grupo Teatro do Incêndio, o qual dirige desde 1996 e que tem sua sede própria na rua Treze de Maio, 48, no Bixiga. Tem dois livros lançados pela editora Kazuá, ‘Da Terra O Paraíso’ (2012), prosa poética a moda dos surrealistas, e ‘De Dionísio Para Koré’ (2013), poemas temáticos sobre o mito de Baco e Perséfone.

Sobre Kleber Montanheiro

Multiartista com 30 anos de carreira, é diretor cênico, cenógrafo, figurinista e artista visual em expografia. Ganhou o prêmio APCA 2008 pelo espetáculo Sonho de Uma Noite de Verão e o prêmio FEMSA 2009 por A Odisséia de Arlequino, ambos de melhor diretor. Em 2022, foi indicado ao prêmio Bibi Ferreira pela direção e ganhou o prêmio APCA de melhor diretor pelo espetáculo Tatuagem, inspirado no filme homônimo de Hilton Lacerda. Dirigiu o musical Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda (2014/2015), Um Dez Cem Mil Inimigos do Povo (2016), inspirado no clássico de Henrik Ibsen, Carmen, a Grande Pequena Notável (2018/2019), musical com Amanda Acosta sobre a vida e obra de Carmen Miranda entre muitos outros. Dirigiu recentemente o musical da Broadway Cabaret, que cumpriu temporada no 033 Rooftop, do Teatro Santander, recebendo o prêmio Bibi Ferreira de melhor figurino e melhor direção.

Sobre Vitor Rocha

Ator, diretor, letrista, dublador dramaturgo, roteirista e produtor, eleito pela Forbes um “Under 30”, em 2019 entrou pra lista dos 90 jovens mais promissores e bem sucedidos do país e já tem seu trabalho a frente do teatro brasileiro reconhecido. Depois de despontar em “Cargas D’Água – Um Musical de Bolso”, espetáculo que ganhou montagens em Londres no Off-West End e em Nova York na Off-Off-Broadway e que o consagrou o primeiro autor a receber um prêmio Prêmio Bibi Ferreira na categoria revelação, realizou diversos projetos de destaque como “Se Essa Lua Fosse Minha”, “Mundaréu de Mim”, “Bom Dia Sem Companhia”,  “Donatello”, entre outros.

​Além do teatro, seu trabalho pode ser visto no cinema, como ator e roteirista, e na dublagem, como ator ou responsável pela versão brasileira. Suas dramaturgias originais já ganharam as páginas dos livros e receberam selos de prêmios da literatura, como a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, sendo “O Mágico Di Ó” – publicado pela Panda Books – escolhido para integrar o Plano Nacional do Livro Didático e fazer parte das bibliotecas de escolas por todo o Brasil. O APTR na categoria “Jovem Talento” e o FITA “Revelação” são as mais recentes conquistas em seu currículo e se juntam a mais de 20 indicações e 7 vitórias em prêmios de teatro e literatura em categorias distintas.

Sobre Marco França

Potiguar (Natal/RN) residente em São Paulo desde 2016, ator,  músico, multi-instrumentista (piano, acordeon, violão, clarinete, escaleta, teclado e percussão), produtor musical, compositor e arranjador, atuou como diretor, ator e diretor musical do grupo de teatro Clowns de Shakespeare (Natal / RN 2000 – 20015) onde desenvolveu pesquisa musical com base na preparação do ator e na criação cênica a partir de jogos teatrais. Participou dos mais importantes Festivais Internacionais de Teatro do país, como: FIT (BH), Cena Contemporânea (Brasília), FILO (Londrina/PR), Festival Internacional de São José do Rio Preto, Festival de Teatro de Curitiba, além de diversas circulações com espetáculos e oficinas pelo Brasil e exterior (Chile, Uruguai, Portugal e Espanha).

Indicado ao Prêmio Shell de Teatro SP em 2009 pela música do espetáculo “O Capitão e a Sereia” (Clowns de Shakespeare) e vencedor em 2016 e 2019 pelas  músicas de “A Tempestade” e “Estado de Sítio” respectivamente (direções de Gabriel Villela). Ganhou em 2016 a Melhor Trilha Musical Adaptada do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (FEMSA/Coca-Cola) com o espetáculo “Peer Gynt” (Gabriel Villela) e indicado em 2019 como ator coadjuvante ao Prêmio Bibi Ferreira de Teatro (SP) pelo espetáculo “Cangaceiras – As guerreiras do Sertão” (direção de Sérgio Módena e dramaturgia de Newton Moreno), além de receber vários prêmios como ator e diretor musical em trabalhos anteriores. Trabalhou com importantes profissionais, dentre eles Ernani Maletta, Babaya, Francesca Della Monica, Helder Vasconcelos, Zeca Baleiro, Kika Freire, Débora Dubois, Márcio Aurélio, Gabriel Villela, Marco Antonio Rodrigues, Dagoberto Feliz, Chico César, Sérgio Módena e Newton Moreno.

Sinopse

Terceira peça da trilogia Conexão São Paulo – Pernambuco, o espetáculo compara a história de João Cabral de Melo Neto e João em uma fábula surrealista, fazendo uma leitura urbana da questão agrária e à diversidade na vida contemporânea.

João migra de Pernambuco para o sudeste em busca de trabalho e cruza no seu caminho com seu próprio autor, o poeta João Cabral. Após se separarem na divisa de São Paulo e Rio de Janeiro, João segue sua vida na capital paulistana onde conhece Gaivota, uma travesti artista que muda sua vida. Enquanto de longe, João Cabral conta sua própria história, ao mesmo tempo evoca a história do próprio Severino, de Morte e Vida Severina, refletida no centro urbano.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Marcelo Marcus Fonseca

Direção e cenários: Kleber Montanheiro

Figurinos: Marcos Valadão

Direção musical e arranjos: Marco França

Músicas: Vitor Rocha (letras) e Marco França (músicas)

Iluminação: Gabriele Souza

Visagismo: Louise Heléne

Preparação Vocal e assistência: Natália Quadros

Assistente de direção: Ana Elisa Mattos

Assistente de figurinos: Acrides

Modelagem e costura: Ana Cristina Driscoll, Mariluce da Costa, Salomé Abdala e Sônia Maria Mendonça

Equipe de figurino: Nilo. e Rebeca Oliveira 

Sapatos: Calçados Porto Free

Cenotecnia: Evas Carretero

Equipe de cenografia: Sergio Murilo, Marcus Caselato, Sara Mynai.

Elenco: Vitor Vieira, Dudu Galvão, Marina Mathey, Bia Rezi, Zé Guilherme Bueno, Gabriel Natividade, Neto Vilar, Pedro Ulee, Pedro Bignelli, Vithor Zanatta e Josinaldo Filho.

Músico ensaiador: Gabriel Hernandes 

Músicos: Cassio Percussa, Gabriel Hernandes, Juliano Veríssimo e Wagner Passos

Fotos do elenco: Cleber Correa

Microfonista: Brenda Umbelino

Desenho de som: Zelão Martins

Direção de produção: Jota Rafaelli

Produção Financeira: Rafael Petri

Produção: Movicena Produções

Realização: Cia. da Revista

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço

João, da Cia da Revista

Temporada: de 13 de junho a 3 de agosto de 2025

De sexta-feira a domingo, às 20h

Espaço Cia. da Revista – Al. Nothmann, Santa Cecília – São Paulo.

Ingressos: R$ 40 (Inteira) e  R$ 20 (meia-entrada)*

Vendas online em sympla e na bilheteria 1h antes do início do espetáculo

*Têm direito à meia-entrada estudantes, idosos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência

Classificação: 16 anos 

Duração: 120 minutos, com 15 minutos de intervalo

Acessibilidade: banheiro adaptado e rampas para cadeirantes

1 2 3 4 5 27
Page 3 of 27