quarta-feira, 15 outubro, 2025

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Teatro

Empório de Teatro Sortido celebra 15 anos com nova montagem para o sucesso MÚSICA PARA MORRER DE AMOR, com estreia em outubro no Teatro Estúdio

Matéria e foto: Divulgação

Em seu aniversário de 15 anos, a Cia. Empório de Teatro Sortido revisita seu trabalho inaugural em uma nova versão para Música para Morrer de Amor, com dramaturgia de Rafael Gomes. O espetáculo, que tem direção de Fabrício Licursi e Victor Mendes, tem sua temporada de estreia  no Teatro Estúdio, de 11 a 30 de outubro, com apresentações de quarta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 15h e às 18h.

Montado originalmente em 2010, com o título “Música para Cortar os Pulsos”, o espetáculo fez enorme sucesso de crítica e público – não à toa que conquistou o Prêmio APCA de Melhor Peça Jovem e ganhou uma adaptação cinematográfica.

A nova versão ganha o formato musicado e está recheada de canções originais, compostas de forma colaborativa. “Esse era dos desejos levantados por Rafael Gomes e Victor Mendes, os criadores originais. Nossos amantes ou apaixonados errantes Luiza Porto, Vitor Rocha, Daniel Haidar e Arthur Berges chegam como intérpretes criadores que carregam a linguagem da música no seu fazer teatral. Com eles, a música é possível através de um canto, do tocar um instrumento, de virar dramaturgia”, revela o codiretor Fabrício Licursi, que foi preparador de elenco e diretor de movimento no filme.

A peça conta três histórias que se entrelaçam ao som e com a intensidade das músicas para morrer de amor: Isabela sofre porque foi abandonada, Felipe quer muito se apaixonar e Ricardo, seu melhor amigo, está apaixonado por ele.

“Essa peça fala sobre amor de um jeito muito delicado, muito honesto, e acho que essa é sua maior força. Foi isso que perseguimos há 15 anos enquanto estávamos criando e eu integrava o elenco, no papel de Ricardo. Como contar essa história com a nossa verdade? Sempre fomos conduzidos pelo texto, como se cada palavra nos pegasse pela mão para um passeio na intimidade, no recorte da vida desses três personagens. Agora, muita coisa mudou, mas o amor eu acredito que não. Há quem esteja apaixonado, há quem foi abandonado e há quem espera o que pode acontecer na próxima esquina”, reflete o codiretor Victor Mendes.

Ainda sobre os desafios de criar uma nova versão de um espetáculo escrito há uma década e meia, Mendes acrescenta: “Uma das coisas que de fato se transformou nos últimos 15 anos, foi o próprio ‘mercado’, que foi invadido pelo teatro musical com muita força. Sua invasão também fez com que ampliasse um desejo, ainda tímido, de criar musicais brasileiros. Esse foi um dos motores para essa nova montagem, misturar o nosso universo, nossas vivências, nossas experiências de 15 anos de Empório de Teatro Sortido com uma nova geração, que tem paixão por música e faz isso acontecer de uma maneira poética e autoral”.

A encenação, como conta Licursi, é focada na capacidade do ator criar sensações e sentidos para o público, a partir de seu corpo e palavra. “Como diretores, estamos desenhando o espaço da cena a partir de composições e jogos que potencializam, essa, que acreditamos ser uma das belezas do teatro. Como intérpretes, os atores nos presenteiam com uma diversidade de perspectivas, devolvem perguntas para nossas afirmações, criam e recriam partituras”, comenta.

A companhia

Fundada em 2010 por Rafael Gomes e Vinicius Calderoni, a Empório de Teatro Sortido se consolidou como um coletivo de autores-encenadores voltado à criação de dramaturgia própria e releituras de textos clássicos e contemporâneos. Em 15 anos de atuação, assinou 10 espetáculos que conquistaram crítica e público, especialmente entre plateias jovens, fortalecendo a formação de novos espectadores para o teatro.

Entre as produções de destaque estão Música para cortar os pulsos (Prêmio APCA 2010 – Melhor Peça Jovem), Um bonde chamado desejo (Prêmio Shell SP – Melhor Direção, Atriz e Cenário), Os arqueólogos (Prêmio APCA – Melhor Autor) e a Trilogia Placas Tectônicas, contendo as peças Não Nem Nada,  Ãrrã (Prêmio Shell – Melhor Autor) e Chorume.

Ficha Técnica

Texto: Rafael Gomes

Direção: Fabrício Licursi e Victor Mendes

Elenco: Daniel Haidar, Luiza Porto, Vitor Rocha, Arthur Berges (alternante do Vitor em algumas sessões)

Direção de produção: Rafael Rosi

Produção executiva: Diogo Pasquim

Produção: Art’n Company

Sinopse

Nova versão da peça que inaugurou a trajetória da companhia. Três histórias sentimentais se entrelaçam ao som e com a intensidade das músicas para morrer de amor: Isabela sofre porque foi abandonada, Felipe quer muito se apaixonar e Ricardo, seu melhor amigo, está apaixonado por ele.

Serviço

Música para morrer de amor, com Empório de Teatro Sortido

Temporada: 11 a 30 de outubro de 2025

De quarta-feira a sábado, às 20h; e aos domingos às 15h e às 18h

Teatro Estúdio – Rua Conselheiro Nébias, 891, São Paulo

Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)

Vendas online em https://bileto.sympla.com.br/event/110399/d/337422/s/2293617

Bilheteria: abre duas horas antes da sessão

Serviço de Valet com Estacionamento no local

Capacidade: 180 lugares

Classificação: 14 anos

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Duração: 70 minutos

Teatro

O CHIQUITA – TEATRO PRA BEBÊS abre as portas no dia 4 de outubro

Matéria: Divulgação
Foto: João Anselmo

Reconhecida internacionalmente por sua pesquisa de teatro de formas animadas, a Cia. O Que de Que inaugura na Vila Leopoldina, em São Paulo, um novo espaço cultural na cidade, totalmente voltado para os anos iniciais da primeira infância. O Chiquita – Teatro pra Bebês abre as portas no dia 4 de outubro e recebe ao longo dos meses de outubro e novembro uma programação pra lá de especial, incluindo o novo trabalho da trupe. Como a sala é pequena, para assistir aos espetáculos, é necessário fazer reserva antecipada aqui no site do espaço.

Mais que a criação de um novo espaço, o Chiquita simboliza um importante movimento inverso na cidade de São Paulo. “Em meio às milhares de igrejas erguidas nas últimas décadas, a Cia O que de Que optou por alugar uma antiga igreja e transformá-la em um teatro para bebês. Trata-se de um gesto de resistência e de invenção, que contrasta com a ausência de novos teatros criados pelo poder público nos últimos anos, e que propõe um lugar inovador, acolhedor e único na paisagem cultural da cidade”, diz Rodrigo Andrade, cofundador da companhia.

O projeto foi concebido com extremo cuidado em cada detalhe, da arquitetura ao acolhimento das famílias, e conta com consultorias especializadas de referências na área, como o Grupo Sobrevento, a arquiteta Dayana Araújo e a pesquisadora e mestre em teatro para a primeira infância Paula Zurawski, que acompanham de perto todos os processos.

Além da sala de espetáculo, o espaço é acessível e pensado para todas as famílias, com direito à iluminação especial, um pequeno café, algumas mobílias criativas para as crianças, acessibilidade total, banheiros com vasos para as crianças e, claro, assentos especiais para lactantes, crianças e trocadores de fraldas. O projeto nasceu da inspiração da O QUE DE QUE, que ao visitar o festival do Teatro Arlekin em Omsk, 2023, pôde ensaiar e reparar em uma das salas do teatro que foi construída especialmente para o teatro para bebês. 

Programação

Além da inauguração, a Cia. O Que de Que estreia seu novo trabalho, Pequenos segredos para o mundo não me mudar, em cartaz por lá de 4 de outubro a 2 de novembro (exceto no dia 12/10), com sessões aos sábados e domingos, às 11h. Com direção e dramaturgia de Rodrigo Andrade, o espetáculo convida bebês e suas famílias a redescobrir a beleza das coisas simples – aquelas que, com o tempo, os adultos esquecem, mas que guardam a essência da imaginação. 

Na encenação, um papel em branco se transforma em balão, livro, chapéu, barquinho e avião; fitas coloridas desenham no espaço uma enorme “cama de gato”; e pequenas caixinhas de música de manivela criam trilhas sonoras íntimas, que embalam gestos, silêncios e descobertas.

A cena é construída como um território de acolhimento, onde a delicadeza dos materiais – papel, madeira, caixas de papelão – abre espaço para o jogo poético, revelando segredos que cabem no olhar curioso dos bebês. Tudo em um ambiente pensado para ser o primeiro encontro com o teatro: próximo, sensível e transformador.

Com uma linguagem contemporânea, mas profundamente enraizada na simplicidade dos brinquedos e brincadeiras universais, a Cia. O Eue de Que reafirma seu compromisso de criar experiências únicas para a infância, em que a arte se torna um gesto de afeto e de resistência: um convite a não se deixar mudar pelo mundo, mas a reinventá-lo a partir da imaginação.

Outro destaque da programação é a V Feira das Formas Animadas, com curadoria de Fábio Superbi, Rodrigo Andrade e Sandra Vagas, em uma edição especial para bebês, com oito espetáculos apresentados de 8 a 30 de novembro  por artistas que têm se destacado por seus trabalhos para a primeira infância. 

A primeira atração da mostra é Peixes não Falam, uma criação do grupos Primeiro Olhar e Théâtre de Cuisine, que tem sessões nos dias 8 e 9, às 11h. O espetáculo poético explora a linguagem antes da palavra, inspirado na pesquisa do teatro de objetos. Entre gestos, sons e imagens sutis, convida o público a escutar com o corpo e habitar os silêncios.

No sábado, dia 15, às 11h, a companhia 2 Milimetros apresenta Pororoca, a história de Aruá é um molusco que vive no rio Amazonas. Sua vida seguia bem tranquila até que a passagem da pororoca tira tudo do lugar! O fundo do rio virou uma bagunça e o pior: a sua concha desapareceu. Quando finalmente encontra sua concha, descobre que um outro molusco, menor e mais jovem, tomou posse de seu refúgio e agora vive dentro dele. 

Já a Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação é a atração do dia 16, às 11h, com o espetáculo Ora Bolas. Na trama, “Menino Quadradinho”, “Menina Triângulo” e “Menino Redondinho” se relacionam a partir de suas diferenças. O “Menino Quadradinho” brinca apenas com sua caixa, aludindo à fase autocentrada, em que a criança brinca somente consigo mesma. Num universo de bolas de todos os tipos (animadas, como figurinos, em luz negra brilhando e dançando) sua curiosidade o leva a interagir com outras formas geométricas de forma lúdica e divertida.

Uma das maiores referências no teatro de formas animadas, o Grupo Sobrevento é destaque no dia 20, às 11h, com Bailarina. Destinada a crianças de seis meses a 3 anos, a peça propõe uma discussão sobre o sentido do equilíbrio através da utilização central de uma caixa de música e de colares, que  vão adquirindo diferentes funções poéticas na encenação.

Outra atração é A Casa de Vó, com o Coletivo Corpo Aberto, encenado no dia 22, às 11h. Na trama, após a morte da avó, as netas recebem a proposta de uma construtora que pretende demolir a antiga casa para construir um prédio comercial. Decididas a lutar pela preservação, ocupam a casa da árvore construída no quintal e descobrem um catálogo de folhas que a vó havia compilado. Juntas, relembram momentos da infância e planejam estratégias para finalizar o livro e salvar a casa.

A Cia. Zin entra em cena no dia 23, às 11h, com o espetáculo Linhas, que explora o conceito de “garatuja”, nome dado aos primeiros rabiscos do bebê. Com um cenário formado por bolas, bambolês, arames coloridos e fios de malha, o trabalho visa estimular a imaginação das crianças.

Já o grupo Artefactos Bascos encena a performance Flou!, uma experiência artística coletiva, no dia 29, às 11h. Através de um dispositivo de jogo, os participantes exploram com tinta, um universo criativo cheio de linhas, formas e composições que se configuram e reconfiguram a cada momento.

Por fim, encerrando a programação da V Feira de Formas Animadas, o Artefactus Bascos volta à sala para apresentar Mumblu no dia 30, às 11h. O trabalho convida os pequenos a olhar, inventar e brincar com “paisagens imaginárias efêmeras”. Partindo do espaço de jogo vazio, a cena se transforma gradualmente numa instalação viva e poética com a ação de seus habitantes. 

Serviço

Inauguração do Chiquita – Teatro pra bebês

Endereço: Rua Cel Domingos Ramos, 54, Vila Leopoldina, São Paulo

Quando: 4 de outubro, às 11h

Quanto: Grátis, com reservas obrigatórias pelo site https://www.bilheteriainteligente.com.br/
Capacidade: 57 lugares
Informações: (11) 99316.9218
Acessibilidade: Acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Confira abaixo a programação do espaço:

Pequenos segredos para o mundo não me mudar
Com Cia. Que de Que

Sinopse: no espetáculo a Cia O Que de Que abre um espaço de encantamento para bebês e famílias. Formas amplas evocam um cosmos em nascimento; esferas repousam como planetas em suspensão. Papéis viram balões, barcos e aviões; fitas tecem uma grande cama de gato; pequenas manivelas afinam o silêncio. O nascer do universo encontra o nascer dos bebês: potências de novos mundos — lembrando aos pais gestos simples que, ao longo do tempo, foram sendo esquecidos, mas que renascem no ato de compartilhar presença com seus filhos.

Quando: 4 de outubro a 2 de novembro (exceto dia 12/10), aos sábados e domingos, às 11h
Classificação: Livre
Quanto: Grátis, com reserva obrigatória pelo site
https://www.bilheteriainteligente.com.br/

Ficha Técnica

Direção e Dramaturgia: Rodrigo Andrade | Direção de Movimento : Lu Favoreto | Intérpretes Criadores: Diogo de Carvalho, Rossana Boccia e Zenaide Paludo | Trilha Sonora: Pipo Pegoraro | Figurinos: Claudia Schapira | Costureira: Cleuza Amaro da Silva Barbosa | Cenários e Adereços : Rodrigo Andrade | Assistentes de confecção de cenário: Luiza Boccia e Diogo de Carvalho | Móbile Cenário: João Rivera | Orientadora Vocal: Andrea Drigo | Orientação de Processos Criativos para Bebês: Grupo Sobrevento | Produção Executiva: Ana Paula Trevisan | Assistente de Produção: Luiza Boccia | Produção: Um Oito Produções Artísticas LTDA | Realização: O QUE DE QUE e Chiquita

V FEIRA DAS FORMAS ANIMADAS

Ed. Especial: Feirinha pra Bebês
Quando:
de 8 a 30 de novembro, aos sábados e domingos, às 11h (sessão extra na quinta-feira, dia 20, às 11h)

Quanto: Grátis 

Teatro

Isabel Teixeira dirige a Cia. Mungunzá em seu novo trabalho, ELÃ, que estreia no dia 26 de setembro no Sesc Pompeia

Matéria: Divulgação
Foto: Roberto Setton

Uma teia permeada por oito histórias criadas por atores-escritores; as histórias se passam em diferentes tempos e espaços e flertam com linguagens cênicas plurais. “Elã” é o novo trabalho da Cia. Mungunzá de Teatro, dirigido por Isabel Teixeira. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Sesc Pompeia, de 26 de setembro a 12 de outubro.

A dramaturgia foi criada pelos sete integrantes da companhia –  Léo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe, Pedro das Oliveiras, Sandra Modesto, Verônica Gentilin e Virginia Iglesias – e por Dilma Correa, convidada para este trabalho. O método de criação foi A Escrita na Cena®, desenvolvido e registrado por Isabel Teixeira.

A trama costura as oito histórias criadas de forma coletiva, a partir da pulsão individual de cada artista. As histórias se passam em diferentes linhas espaço-temporais, que vibram simultaneamente. São elas:

Um andarilho, dentro de um jogo de videogame, através dos diferentes tempos da linha da sua vida, tenta se livrar de uma herança ancestral deixada pelo seu pai.

Um ator – vendedor de morangos – tenta convencer uma renomada diretora a dirigir seu próximo espetáculo, incluindo sua mãe no elenco.

A mãe entra no espetáculo dirigido pelo filho e, cena após cena, vai se libertando do papel que lhe foi imposto.

Uma mulher, após construir uma família de alta performance, decide matar a  família, para realizar seu sonho de ser cantora de boate, honrando sua avó, vítima da Guerra Civil Espanhola.

Uma mãe, enquanto enfrenta o luto e cria os filhos, reacende a sexualidade reprimida em suas ancestrais, através de uma retomada do poder feminino.

Um homem descobre, na morte, o maior empreendimento capitalista de todos os tempos: a empresa “Animador de Velórios”.

Uma mulher, convencida de ser uma aranha tecendo o destino do mundo, tenta impedir uma explosão, voltando no tempo e manipulando cada passo dos envolvidos.

Um homem-bomba, ao se explodir, deixa pistas para sua filha, guiando-a por um outro olhar sobre o mundo.

*

Segundo a diretora Isabel Teixeira, não há hierarquia entre as histórias. “Não há história protagonista. Mais do que destacar um ponto de vista individual, o processo teatral, aqui, protagoniza o espaço, uma ambiência, que rege o movimento, organiza os corpos e define os ritmos da narrativa. As histórias são um exercício de fabulação; fabular é algo inerente a qualquer ser humano. A sua fabulação é tão potente e poderosa quanto a minha e quanto a de uma criança, que para na praça pra ver um teatro de rua, por exemplo”, revela.

Para deixar essa experiência cênica ainda mais interessante, as narrativas transitam entre diferentes gêneros, de acordo com as pulsões propostas por cada criador. Em alguns momentos, a peça tem encenação mais naturalista e dramática; em outros, flerta com os universos dos musicais e da performance. “Mas, a palavra é sempre o foco do trabalho”, ressalta a diretora.

Outro aspecto importante da montagem é a dimensão musical e sonora. Ao longo da encenação, uma paisagem sonora vai sendo tecida gradualmente, por meio do acúmulo de elementos: sons cotidianos, ruídos, texturas e fragmentos melódicos compõem um ambiente que atravessa as cenas. Em determinados momentos, essa paisagem se adensa, e transborda em canções – explosões poéticas que condensam tensões e revelam camadas emocionais das personagens.

A Escrita na Cena®

Esse método de trabalho, criado e pesquisado por Isabel Teixeira desde 2008, parte da premissa de que toda atriz e todo ator são escritores, que escrevem com o corpo, com a voz e com o espaço durante a cena. Nesse processo, cada artista escolhe um local e um enquadramento, liga uma câmera e improvisa livremente por um tempo determinado. As filmagens são, então, transcritas, preservando as ideias, ações e as sensações que emergem de forma bruta e espontânea durante a ação.

A cada fluxo narrativo gravado, Isabel propõe uma devolutiva, que também é gravada e transcrita, contendo provocações, estímulos e referências. Esse ciclo se repete por diversas rodadas, criando uma espiral de escuta, resposta e invenção. A partir desse vasto material bruto, os textos são trabalhados, esculpidos e costurados até que surja uma forma.

Assim, a dramaturgia criada dessa maneira transforma uma pulsão individual de cada ator em uma criação coletiva, uma teia feita de muitos fios – narrativas individuais que se entrelaçam, revelando memórias, afetos, fragmentos poéticos e políticos de existência.

O presente trabalho da Cia Mungunzá é uma nova trama que nasce dessa forma, e que teve como desdobramento “O Livro de Linhas”, publicado pelo Grupo em parceria com a Editora Fora de Esquadro. A primeira edição teve uma tiragem de 125 exemplares, confeccionados pelo elenco no Ateliê do Velho Livreiro, com direção de encadernação de Pablo Peinado.

A dramaturgia foi composta a partir do “Livro de Linhas”, num movimento que assume as fronteiras entre as artes, potencializa a particularidade de cada manifestação, e cria uma intersecção constante: a peça ressoa o livro, e vice-versa.

Como continuidade de sua pesquisa artística, a Cia. Mungunzá partiu, neste projeto, da investigação do argumento “Linhas e Fronteiras”, num desejo de explorar e entender alguns limites pessoais, coletivos e artísticos. No campo íntimo, a pesquisa mergulha nas fronteiras subjetivas que moldam nossas relações. Já na linguagem artística, a proposta é compreender como um mesmo processo criativo pode se desdobrar, e transitar em expressões distintas.

Ficha Técnica

Uma produção da Cia. Mungunzá de Teatro

A partir do Livro de Linhas

Direção geral: Isabel Teixeira

Assistência de direção e preparação de elenco: Lucas Brandão

Elenco criador: Dilma Correa (convidada), Léo Akio, Lucas Bêda, Marcos Felipe, Pedro das Oliveiras, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Virginia Iglesias

Participação especial: Miranda Caltabiano Bannai

Dramaturgia a partir da Escrita na Cena®: elenco criador e direção

Direção de movimento: Castilho
Direção musical: Dani Nega e Isabel Teixeira

Produção musical: Dani Nega
Arranjos, colaboração e preparação musical: Flávio Rubens e Renato Spinosa

Composições originais: Jonathan Silva
Música de saída “O romance, o sorriso e a flor”: Renato Teixeira
Operadora e técnica de som: Paloma Dantas

Microfonista: Samuel Gambini
Desenho de Som: Bruno Castro

Desenho de Luz: Pedro das Oliveiras e Wagner Freire

Colaboração e operação de Luz: Lucas Brandão

Cenografia: Isabel Teixeira, Lucas Bêda e elenco criador

Cenotécnicos: Fábio Lima e Zé Valdir Albuquerque

Figurinos: Joana Porto, Rogério Romualdo
Costura: Coletivo Tem Sentimento

Visagismo: Fabia Mirassos

Auxiliar de visagismo: Isabelle Iglesias

Instrutor de escalada: Luciano Iglesias

Fotos divulgação: Roberto Setton

Assistente de fotografia: Alírio de Castro

Registro audiovisual: Bruno Rico

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Identidade visual: Isabel Teixeira e Léo Akio
Design gráfico: Léo Akio

Produção: Tati Caltabiano

Assistente de produção: Roberta Araújo

Produtor associado: Gustavo Sanna – Complementar Produções

Realização: Cia. Mungunzá de Teatro, 41ª edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Sesc SP

Sinopse

Em uma espiral do tempo, oito histórias se cruzam em camadas sobrepostas. Cabe ao público escolher seu ângulo, e montar a teia da narrativa.

Um andarilho, dentro de um jogo de videogame através dos diferentes tempos da linha da sua vida, tenta se livrar de uma herança ancestral deixada pelo seu pai // Um ator e vendedor de morangos tenta convencer uma renomada diretora a dirigir seu próximo espetáculo, incluindo sua mãe no elenco // A mãe entra no espetáculo dirigido pelo filho e, cena após cena, vai se libertando do papel que lhe foi imposto // Uma mulher, após construir uma família de alta performance, decide matar a  família, para realizar seu sonho de ser cantora de boate, honrando sua avó, vítima da Guerra Civil Espanhola // Uma mãe, enquanto enfrenta o luto e cria os filhos, reacende a sexualidade reprimida em suas ancestrais, através de uma retomada do poder feminino // Um homem descobre, na morte, o maior empreendimento capitalista de todos os tempos: a empresa “Animador de Velórios” // Uma mulher, convencida de ser uma aranha tecendo o destino do mundo, tenta impedir uma explosão, voltando no tempo e manipulando cada passo dos envolvidos // Um homem-bomba, ao se explodir, deixa pistas para sua filha, guiando-a por um outro olhar sobre o mundo.

Serviço

Elã, uma produção da Cia. Mungunzá de Teatro a partir do Livro de Linhas

Temporada: 26 de setembro a 12 de outubro de 2025

Horários: https://www.sescsp.org.br/programacao/ela-9/Sesc Pompeia – R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo – SP

Ingressos: R$70 (inteira), R$35 (meia-entrada) e R$21(credencial plena)

Vendas online em sescsp.org.br

Classificação: 16 anos

Duração: 105 minutos

Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Teatro

Idealizado por Laís Marques e Daniela Schitini, o espetáculo ANTES DE MIM NO FUNDO reflete sobre o papel feminino na sociedade a partir da conexão entre mulheres de diferentes gerações 

Matéria: Divulgação
Foto: Bob Sousa

Uma protagonista em coma se conecta com suas ancestrais e as histórias de perseverança, força e vulnerabilidade que carregam no inédito Antes de Mim no Fundo, com idealização de Laís Marques e Daniela Schitini que compõem o elenco junto de Mariana Muniz. A direção é de Clara Carvalho e a dramaturgia de Daniela Schitini.

O espetáculo estreia na SP Escola de Teatro no dia 11 de outubro de 2025 para temporada até 16 de novembro. Na sequência, vai para o Teatro Cacilda Becker, onde fica de 20 a 30 de novembro.

A partir de uma atmosfera onírica, entre o sonho, o delírio e a realidade, o espetáculo explora as relações entre presente, passado e futuro das mulheres de uma mesma família, provocando uma reflexão sobre o feminino, a relação com o masculino, a ancestralidade e memória. A ideia é discutir os papéis sociais desempenhados pelas mulheres na sociedade ao longo do tempo, constantemente confrontadas por padrões sociais opressivos.

Laís Marques, atriz e idealizadora do espetáculo, reflete: “A ideia de reconciliação pressupõe que o passado esteja disposto a ser perdoado, ou o presente, disposto a esquecer. Mas a arte não propõe apenas conciliação. Muitas vezes ela desorganiza. A ancestralidade feminina é um campo de ausência e excesso — do que foi sufocado e do que grita. O teatro, por ser efêmero e encarnado, nos obriga a estar diante disso sem a desculpa do depois. É um lugar onde o que foi silenciado pode finalmente falar, ainda que ninguém entenda. Ou queira ouvir”.

Para montar a equipe, Laís convidou Daniela Schitini para a dramaturgia e a premiada Clara Carvalho para a direção. “Queria uma equipe criativa que tivesse coragem de permanecer diante da incerteza, da repetição, do atrito. A equipe se formou nesse campo de tensão. E foi ali que as coisas começaram a emergir”.

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A peça é uma das obras do livro “Trilogia das Águas”, que reúne textos de Schitini sobre diferentes temas do universo feminino. Na trama, uma mulher que passou por um afogamento misterioso e está em coma tem a possibilidade de se encontrar com sua irmã, mãe, avó, bisavó e tataravó, que revelam para ela uma série de segredos familiares, oferecendo à protagonista uma nova perspectiva sobre os traumas e padrões que moldaram sua vida. Cada figura feminina traz à tona suas próprias experiências, revelando a luta contra a opressão e os desafios enfrentados ao longo do tempo.

A autora e atriz Daniela Schitini conta que queria brincar com esse lugar indefinido entre a vida e a morte para discutir esse tema tão importante. “Queria visitar esse lugar indefinido de fronteira, onde existe a possibilidade de acessar o inconsciente, as memórias reais e também as inventadas e sonhadas, os desejos e feridas mais escondidas e um alicerce desconhecido para nós. Essa força que está presente na ancestralidade e surge na iminência da morte, quando é preciso estar mais viva do que nunca, possibilita para a protagonista se conectar com mulheres que a conduziram até aquele momento e que são o suporte, o arcabouço de sua capacidade de amar e de renascer”, comenta.

O trabalho propõe um mergulho profundo nas questões de identidade, herança e a importância da sororidade, convidando espectadoras e espectadores a refletirem sobre suas próprias histórias e a força coletiva que emerge da vivência feminina. É uma celebração das conquistas e lutas das mulheres, oferecendo um espaço de cura e autodescoberta. A narrativa é sensível e delicada, destacando a importância da memória e da ancestralidade na formação da identidade individual e coletiva.

Ainda segundo a autora, o texto fala de “um processo de cura, de epifania, de deixar de ser uma pessoa apenas imersa e afogada no próprio sofrimento e autoimagem e dar espaço para voltar a ser muitas, para ser habitada pelas mulheres que nos fizeram nascer, para ter contato com a força e a fragilidade presente no fio do amor e da dor que nos conecta ao antes e ao depois”, acrescenta.

Para a diretora Clara Carvalho, a encenação trabalha em cima desses dois planos da narrativa, o da realidade (do hospital onde a protagonista se recupera) e o do sonho (do delírio que ela vivencia enquanto está nessa elaboração de voltar ou não à vida).

“O espetáculo é construído em cima de uma atmosfera muito fluida, porque a gente fala muito desse suicídio, dessa vivência feminina dentro da água com todas as reverberações que isso tem na literatura, no drama, no teatro, na poesia. A busca é criar uma linguagem que trate do texto poético da Daniela, concatenando isso com uma linguagem corporal um pouco estilizada e muito sofisticada do ponto de vista do gestual, da movimentação. Queremos trazer sensorialmente essa flutuação, que é uma palavra boa para tratar dessa atmosfera de lembranças, de fluxos internos, de fluxos de pensamento”, revela.

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A diretora ainda acrescenta que gostaria que as pessoas saíssem do teatro com uma reflexão sobre o papel da mulher dentro da própria família. “A peça fala muito dessa situação de submissão que as antepassadas trazem muito, e ao mesmo tempo de libertação, porque tem uma essência feminina que está sempre livre. Como a sabedoria feminina foi se concretizando através do tempo? . É um rasgão através do tempo, desses perfis femininos com suas espertezas, poesias, libertações, insights, toda essa delicadeza e ao mesmo tempo essa força feminina. É sobre isso que eu acho que o espetáculo fala, e esse eco que seria legal as pessoas saírem do teatro com ele”, diz.

Outra característica marcante do espetáculo é a escolha de uma só atriz – Mariana Muniz, para encarnar todas as ancestrais que visitam a protagonista em suas visões. Isso serve para representar como as personagens são diferenciadas, mas suas identidades se entrelaçam, evocando uma sensação de espelhamento reminiscente dos filmes de Ingmar Bergman, como “Persona” e “Gritos e Sussurros”. Essa brincadeira de luz e sombra cria uma atmosfera caleidoscópica, permitindo que as personagens reflitam umas nas outras.

Sobre Laís Marques – idealização e atuação

Laís Marques é artista da cena, com 25 anos de experiência. Mestre e Bacharel em Artes Cênicas (ECA/USP). Formada em dança pela Escola de Dança do Theatro Municipal (SP). Na TV obteve destaque em séries como: “Motel” (HBO), “Passionais” (NETFLIX) e “Beleza S/A” (GNT). No cinema, atuou nos longas “O Signo Da Cidade” (dir. Carlos A. Riccelli, “Melhor Filme” Juri Popular FIC Brasília 2007), “Filmefobia” (dir. Kiko Goifman, “Melhor Filme” no FIC Brasília 2008) e “Contra Todos” (dir. Roberto Moreira, vencedor do Prêmio Silver Firebird Award for Young Cinema em Hong Kong). No teatro, suas peças mais recentes são: “Sala dos Professores” (dir. Marcelo Lazzaratto, V Prêmio Aplauso Brasil – “Melhor Elenco” e “Melhor Autor”) e “Insetos” (dir. Rodrigo Portella, Cia dos Atores, VII Prêmio Aplauso Brasil “Melhor espetáculo de grupo”). A partir de 2019 passa a idealizar seus projetos artísticos como a peça “Heather” (dir. Marcio Aurelio, selecionada pelo 23º Cultura Inglesa Festival), os solos “Lágrimas Fritas [uma peça-filme]” e “PAGU 360º” (Sesc Pompeia, 2023).

Sobre Daniela Schitini – idealização e dramaturgia

Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em teatro pela Escola de Arte Dramática da USP e pelo Teatro Escola Célia Helena, Daniela é fundadora e integrou o grupo teatral As Graças por 20 anos, trabalhando como atriz, produtora e dramaturga em diversos espetáculos e também no projeto Circular Teatro, um ônibus palco que leva esses espetáculos para ruas, praças, parques e espaços das cidades.

Alguns de seus principais espetáculos como atriz são: Áulis,(Ifigênia em Áulis), com direção de Elias Andreato e Celso Frateschi; A Banda, com direção de Cristiane Paoli Quito; Endecha das três irmãs, com direção de Vania Terra; o infantil Tem, mas acabou, com direção de Cris Lozzano; a adaptação para a rua do texto Noite de Reis, com direção de Marco Antonio Rodrigues; os musicais Tem Francesa no Morro e Nas Rodas do Coração, com direção respectivamente de Kleber Montanheiro e Ednaldo Freire, os espetáculos Clarices e Não Uma Pessoa, com dramaturgia de sua autoria e direção de Vivien Buckup e o espetáculo de rua Marias da Luz, com direção de Andre Carreira.

E, entre seus trabalhos mais recentes, estão  Aniversário das Coisas Não Feitas (2017), no qual foi dramaturga e atriz, com direção de Vann Porath; Interiores (2018), Ao Vivo, (2019 e 2020), Corpo (2020) e Humilhação (2021/2023), todos com direção de Marcos Gomes e Lucas Mayor; A Encomenda ou a Memória do Mar (2021), de sua autoria, com direção de Malú Bazán; Edith Stein (2022), a Estrela (2022) e a Cruz (2022), com direção de Helder Mariani, e Viva Voz (2022), de Herácliton Caleb com direção de Marcos Gomes.

Assinou a dramaturgia dos espetáculos: Não Uma Pessoa, inspirado em Marilyn Monroe; Marias da Luz, em parceria com Nereu Afonso, inspirado em histórias de frequentadores do Parque da Luz; o infantil Bicho, Bichinho, Bichão, em parceria com Simone Grande, e Aniversário das coisas não feitas, em parceria com Vann Porath e Elaine Belmonte.

Sobre Clara Carvalho – direção

Atriz, diretora e tradutora, Clara Carvalho formou-se em Letras (PUC/RJ), participou da Associação de Ballet do Rio de Janeiro e foi integrante do Corpo de Baile do Teatro Municipal (RJ). Em 1986, veio com o Grupo Tapa para São Paulo com o espetáculo “O Tempo e os Conways”, de J.B. Priestley e, daí em diante, radicou-se na cidade, dedicando-se definitivamente ao teatro.

Entre seus trabalhos como diretora, estão Hedda Gabler, de Henrik Ibsen, (2024); Escombros, de Dennis Kelly (2023); O Dilema do Médico, de Bernard Shaw (2023); Escola de Mulheres, de Molière (2022);  Ricardo III ou Cenas da Vida de Meierhold, de Matei Visniec (2019); A Reação, de Lucy Prebble (2015); A Máquina Tchekhov (2015), de Matéi Viscniec, em parceria com Denise Weinberg; Órfãos, de Dennis Kelly,  (2011) e Valsa No 6, de Nelson Rodrigues (2009).

Recebeu o Grande Prêmio da Crítica da APCA em 2023 pelo conjunto de seus trabalhos em direção, tradução e atuação.

Ficha Técnica

DIREÇÃO: Clara Carvalho

DRAMATURGIA: Daniela Schitini

ELENCO: Daniela Schitini, Laís Marques e Mariana Muniz

DESENHO DE LUZ: Wagner Pinto

TRILHA SONORA: Ricardo Severo

CENOGRAFIA: Evas Carretero

FIGURINO: Marichilene Artisevskis

ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Suzana Muniz

PRODUTORA DE LUZ: Carina Tavares

ASSISTENTE e OPERADOR DE LUZ: Gabriel Greghi

OPERADOR DE SOM: Pedro Paro

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Pombo Correio (Helô Cintra e Douglas Picchetti)

DESIGNER GRÁFICO: Laerte Késsimos

FOTÓGRAFO: Bob Sousa

SOCIAL MEDIA: Douglas Zanon

VISAGISMO: Amanda Tedesco

CABELO: Bob Toscano

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Victor Gaette

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Guilherme Conrado

IDEALIZAÇÃO: Laís Marques e Daniela Schitini

PRODUÇÃO: Cacildinha Produções

Apoio: Adaap, SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, Restaurante Planetas e Apfel.

Projeto contemplado pelo Governo Federal, Governo do Estado de São Paulo, Política Nacional Aldir Blanc, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e o Fomento CULTSP. #ProAC2024 #cacildinhaproducoes

Sinopse

A partir de uma atmosfera onírica, entre o sonho, o delírio e a realidade, o espetáculo explora as relações entre presente, passado e futuro das mulheres de uma mesma família, provocando uma reflexão sobre o feminino, a ancestralidade e a memória. A ideia é discutir os papéis sociais desempenhados pelas mulheres na sociedade ao longo do tempo, constantemente confrontadas por padrões sociais opressivos.

Serviço

Antes de mim no fundo, de Daniela Schitini

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 70 minutos

Estreia:

SP Escola de Teatro – Praça Roosevelt, 210, Consolação, São Paulo

Temporada: 11 de outubro a 16 de novembro de 2025
Sábados e domingos, às 16h
Duas sessões extras dias 5 e 12 de novembro, às 20h30

Ingressos: Grátis

Distribuição somente pela internet na Sympla SP Escola de Teatro – www.sympla.com.br/produtor/spescoladeteatro

Capacidade: 60 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Teatro Cacilda Becker – R. Tito, 295 – Lapa, São Paulo

Temporada: 20 a 30 de novembro de 2025

De quarta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h

Sessão extra dia 20 de novembro, às 18h

Ingressos: Gratuitos

Distribuição na bilheteria do Teatro e pela internet na Sympla Cacildinha Produções – https://www.sympla.com.br/produtor/cacildinhaproducoes

Capacidade: 150 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

DestaquesTeatro

TITANIQUE – O MUSICAL estreia no Brasil no dia 11 de outubro de 2025

Matéria: Divulgação
Foto: Caio Gallucci

Titanique — O Musical, que já encantou plateias em Nova York, Londres, Sydney, Toronto e Paris, chega ao Brasil para sua estreia no Teatro Sabesp Frei Caneca, em São Paulo, no dia 11 de outubro de 2025. A montagem brasileira conta com direção de Gustavo Barchilon, realização da BARHO Produções e Uma Boa Produção e patrocínio do Banco Daycoval.

O elenco brasileiro será formado por Alessandra Maestrini (Celine Dion), Marcos Veras (Jack), Giulia Nadruz (Rose), Luis Lobianco (Ruth – mãe da Rose), George Sauma (Carl), Wendell Bendelack (Victor Garber), Valéria Barcellos (Tina Turner), Talita Real (Molly Brown), Matheus Ribeiro (Marinheiro), Luiza Lapa, Marcos Lanza e Luan Carvalho.

Criado por Tye Blue, Marla Mindelle e Constantine Rousouli, com orquestrações e arranjos de Nicholas James Connell, Titanique — O Musical é um espetáculo cômico e irreverente do mega sucesso Titanic (1997), de James Cameron. A história de amor de Jack e Rose é reimaginada sob a ótica exagerada e dramática da diva pop Céline Dion, que assume o papel de narradora e conduz o público por uma jornada cheia de emoção, risadas e números musicais eletrizantes.

O repertório inclui alguns dos maiores hits de Dion, como “My Heart Will Go On”, “It’s All Coming Back to Me Now” e “All By Myself”, apresentados em arranjos vocais arrebatadores.

Desde a estreia em Nova York, o espetáculo se tornou um dos maiores fenômenos off-Broadway, conquistando os prêmios Lucille Lortel e Off-Broadway Alliance de Melhor Musical. Em 2025, fez história novamente ao vencer como Melhor Musical de Comédia no Olivier Awards, em Londres.

A produção brasileira não é uma réplica: trata-se de uma encenação totalmente original, com novo elenco, cenografia, figurinos e direção adaptados ao contexto e ao humor brasileiro. O espetáculo celebra a música pop, o cinema e o teatro musical com uma dose ousada de irreverência e excesso teatral, prometendo arrancar gargalhadas e também emocionar.

“Depois de dirigir algumas comédias, mergulhar em Titanique é como voltar às minhas raízes — mas dessa vez, com um navio, uma diva pop e um iceberg a bordo. Nossa produção brasileira preserva a alma do original, mas encontra seu próprio tom ao dialogar com a tradição do teatro besteirol brasileiro — um estilo que sempre soube rir do absurdo com inteligência, música e travessura”, conta o diretor Gustavo Barchilon.

“O besteirol brasileiro sempre mostrou que é possível rir com sofisticação, usando o exagero, o nonsense e a quebra de lógica. Titanique faz exatamente isso: transforma a tragédia épica do Titanic numa celebração escancaradamente camp e queer, onde vale tudo — inclusive cantar ‘My Heart Will Go On’ como se fosse a última coisa que você fará na vida. Meu conceito parte dessa licença para o excesso. O palco vira um navio performático, onde a precariedade vira linguagem e o erro é bem-vindo. O público está por dentro da piada — sabe que está vendo teatro, e por isso mesmo embarca com ainda mais prazer.”

“Titanique é um besteirol de alto nível em alto-mar. É o riso como ato de amor. A tragédia como carnaval. Um lembrete de que, mesmo quando tudo parece afundar, a gente pode — e deve — continuar cantando”, conclui Barchilon.

Sinopse

Uma comédia hilária e irreverente do clássico Titanic (1997), Titanique — O Musical está repleto de reviravoltas absurdas e canções icônicas que elevam a experiência a algo verdadeiramente inesquecível. O espetáculo é uma carta de amor à música pop, ao cinema e ao teatro musical — prometendo uma noite cheia de risadas, emoção e pura alegria, tudo ao som inesquecível de Céline Dion.

Ficha técnica:
Direção artística: Gustavo Barchilon
Elenco: Alessandra Maestrini (Celine Dion), Marcos Veras (Jack), Giulia Nadruz (Rose), Luis Lobianco (Ruth – mãe da Rose), George Sauma (Carl), Wendell Bendelack (Victor Garber), Valéria Barcellos (Tina Turner), Talita Real (Molly Brown), Matheus Ribeiro (Marinheiro), Luiza Lapa, Marcos Lanza e Luan Carvalho.
Direção de produção: Thiago Hofman
Assistência de direção: Gabi Camisotti
Coreografia e direção de movimento: Alonso Barros
Direção musical: Thiago Gimenes
Figurino: Theodoro Cochrane
Assistência de figurino: Marcos Valadão
Desenho de Luz: Maneco Quinderé
Visagismo: Feliciano San Roman
Cenografia: Natália Lana
Design de som: André Breda

SERVIÇO:

Local: Teatro Sabesp Frei Caneca – Shopping Frei Caneca

Endereço: Rua Frei Caneca, nº 569 • 7° Piso I Consolação • São Paulo • SP

Temporada: 11 de outubro a 14 de dezembro de 2025

Sessões: Sábados às 17h e 20h e Domingos às 15h e 18h

Duração: 110 minutos

Capacidade: 600 pessoas

Vendas pela internet: (https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/titanique-uma-comedia-com-os-hits-de-celine-dion-14940)

Bilheteria do Teatro Sabesp Frei Caneca • Sem incidência de Taxa de Serviço
7º Piso do Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, nº 569 • 7° Piso I Consolação • São Paulo • SP
Horário de funcionamento: terça-feira a domingo das 12h às 15h e das 16h às 19h e segunda-feira bilheteria fechada.

Bilheteria do Teatro Bradesco • Sem incidência de Taxa de Serviço
3º Piso do Bourbon Shopping São Paulo
Rua Palestra Itália, nº 500 • Loja 263 • 3° Piso I Perdizes • São Paulo • SP
Horário de funcionamento: segunda-feira a domingo das 12h às 15h e das 16h às 20h. Em dias de evento o funcionamento será a partir das 12h até o final do evento.

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