sábado, 23 novembro, 2024
Teatro

Sesc Santo André recebe ocupação artística da Cia Solas de Vento, com dois espetáculos sobre a obra de Júlio Verne e o recente Vento

Crédito:

20.000 Mil Léguas Submarinas, Viagem ao Centro da Terra e Vento são as três peças que estarão na programação da ocupação de um dos mais criativos grupos de teatro para crianças e jovens

Matéria: Divulgação
Foto: Mariana Chamma

A Cia Solas de Vento, formada por Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, apresenta ocupação artística reunindo três espetáculos de seu repertório – dois inspirados pelas viagens extraordinárias do escritor francês Júlio Verne, um dos pioneiros do gênero ficção científica (Viagem ao Centro da Terra, e 20.000 Mil Léguas Submarinas), e a nova criação Vento. A ocupação artística acontece entre 5 de março e 22 de abril.

Júlio Verne, conhecido como o homem que previa o futuro, foi um dos maiores escritores franceses de todos os tempos e um dos mais influentes da literatura mundial. Além de escritor de romances de aventuras, é considerado um dos pais da ficção científica. Seus escritos anteciparam equipamentos que só surgiram muitos anos depois, como televisão, submarino, nave espacial, fax etc.

Viagem ao Centro da Terra

Criado em 2015, o espetáculo é o segundo trabalho da Cia. voltado para as crianças. Sucesso de público e crítica, foi indicado ao prêmio São Paulo de  teatro  infantil  e  jovem  2015  nas  categorias  de  Melhor  Trilha  Sonora  Original,  Melhor  Ator e Melhor Espetáculo. A adaptação do  livro  homônimo  é  contada  por  três  atores  que,  para  dar  vida  às  ideias do Júlio Verne, utilizam técnicas acrobáticas, teatro físico e manipulação de objetos e bonecos. A encenação conta também com o uso de recursos de vídeo-projeção ao vivo para captar e projetar no fundo do palco formas e ações criadas pelos atores e por autômatos que compõem os cenários dessa aventura.

A combinação dos elementos visuais, somada à manipulação de peças de madeira, proporcionam   uma   transformação   constante   do   espaço   cênico,   compondo   transportes, cavernas e outras surpresas que convidam o público a desbravar um mundo intraterrestre repleto de perigos, emoções e aventuras. Viagem ao Centro da Terra é uma história de superação e coragem, uma viagem intrigante, divertida e quase existencial, já que o mundo subterrâneo sempre foi pleno de mistérios para os homens.

Sinopse

O jovem Axel e seu tio Otto Lindenbrock, um geólogo apaixonado pelos mistérios do planeta, descobrem um caminho que os levará até o Centro da Terra. Apesar do medo, Axel é promovido a assistente e acompanha o seu tio  nessa  aventura. A  dupla  é  auxiliada por Hans, um engraçado guia Islandês, que os protege dos perigos do mundo subterrâneo. Tempestades,  florestas,  dinossauros,  erupções  e  outros  obstáculos  fazem parte dos desafios e descobertas que transformarão para sempre a vida destes aventureiros.

Ficha técnica:
Dramaturgia: Bobby Baq em colaboração com a direção e o elenco.
Direção: Eric Nowinski.
Elenco: André Schulle, Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues.
Direção de arte: Isabela Teles.
Trilha sonora original: André Vac.
Desenho de luz: Roseli Marttinely e Eric Nowinski

Serviço:
Viagem ao Centro da Terra (05, 12 e 19 de março)
Quando: domingos, (das 16h às 17h10)
Local: Teatro
Ingressos: R$ 25,00 / R$ 12,50 / R$ 08,00 (gratuito para crianças de até 12 anos acompanhadas de adulto responsável)
Duração: 70 minutos
Indicação etária: Livre

20.000 Mil Léguas Submarinas

Esta criação, de 2021, completa a trilogia Viagens Extraordinárias ao lado de A Volta ao Mundo em 80 Dias (2011) e Viagem ao Centro da Terra (2015). Com livre adaptação para o teatro de uma das obras literárias mais famosas de Júlio Verne (1828-1905), Álvaro Assad assina a direção. A partir da análise do romance 20.000 Léguas Submarinas, escrito em 1869, o diretor e os atores desenvolveram um repertório de ações, jogos e esboços de cenas, usando os recursos oferecidos pelo vocabulário físico da pantomima e pelo vídeo com elementos que darão forma aos cenários da aventura. A proposta é fazer o espectador se sentir dentro de um subm arino.

Com a proposta de criar os efeitos aquáticos descritos no romance de Júlio Verne, a cenografia será elaborada para receber e jogar com as projeções de vídeo. O principal elemento cenográfico é o corpo de cada ator, com seus comportamentos físicos descrevendo a espacialidade ao seu redor. A direção de arte contará com adereços que estarão a serviço da história. As ações executadas pelos atores ao vivo, muitas delas com as técnicas circenses, também serão exibidas, oferecendo ao espectador um efeito de zoom ou um & acirc;ngulo de visão diferente, recurso que dará uma dimensão fantástica às peripécias, criando ilusões e imagens inusitadas.

No livro, Verne criou o submarino Náutilus completamente autónomo do meio terrestre, movido somente pela eletricidade. O engenheiro e dono de tal feito é o Capitão Nemo, que, com sua tripulação, cortou qualquer relação com as nações e com a humanidade. Vivem somente do que o mar lhes dá – a comida e a matéria-prima que necessitam para a produção de eletricidade, tudo vem do mar. Mas a humanidade não conhece a existência da obra-prima de engenharia que o capitão Nemo criou em segredo, e, quando este, com ou sem intenção, começou a provocar desastres em navios e embarcações, o mundo começou a temê-lo, julgando-o um monstro marinho.

Ficha técnica:
Adaptação livre do romance de Julio Verne
Idealização: Cia Solas de Vento
Direção: Alvaro Assad
Elenco: André Schulle, Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, com participações de Bobby Baq e Marcel Alani
Dramaturgia: Bobby Baq e Alvaro Assad. em colaboração com Elenco
Música original: André Vac
Direção de arte e figurinos: Renato Bolelli e Vivianne Kiritani
Visagismo: Cleber de Oliveira.
Cenografia: Cia. Solas de Vento e Alvaro Assad
Cenotecnia: Cesar Augusto e Jeremias da Silva
Adereços: Chico Matheus e Elenco
Costureira: Judite Lima
Desenho de luz: Marcel Alani
Orientação de softwar e vídeo: Rodrigo Gontijo
Operações técnicas: Luana Alves
Arte gráfica: Sato do Brasil
Fotos: Mariana Chama
Vídeos: Cassandra Mello
Produção: Natalia Salles
Assistente de produção: Anna Belinello
Gestão: Doble Cultura e Social

Serviço:
20.000 Mil Léguas Submarinas (26 de março, 02 e 09 de abril)
Quando: domingos (das 16h às 17h05)
Local: Teatro
Ingresso: R$25,00 / R$12,50 / R$8,00 (gratuito para crianças de até 12 anos acompanhadas de adulto responsável)
Duração: 65 minutos
Indicação etária: Livre

Vento

Criado em 2018, é o sexto trabalho do grupo. Seu processo de criação começou em 2017, durante as comemorações de 10 anos da Cia. Solas de Vento. Mariana Duarte e André Schulle foram convidados para integrar o elenco desse novo   espetáculo. Com o dramaturgo Bobby Baq foi desenvolvida, em processo colaborativo, a dramaturgia do espetáculo. Como forma de aprofundar a sua pesquisa cênica, gestual e imagética, a Cia. optou por não utilizar a palavra oralizada colocando o foco da criação no trabalho corporal dos intérpretes em diálogo com as melodias compostas pela musicista Lívia Mattos. “Vento” nasceu  de  inquietações  e  esperanças  decorrentes  da  tempestade  midiática,  política e ecológica que vivemos hoje. Em tempos incertos, o espetáculo propõe uma discussão de futuros e presentes possíveis, utopias e distopias, potência e impotência. No olho de um furacão, o pior dos cenários, um grupo improvável se forma e resiste.

Ficha técnica:
Criação e direção: Cia Solas de Vento
Dramaturgia: Bobby Baq
Elenco: André Schulle, Bruno Rudolf, Mariana Duarte e Ricardo Rodrigues
Direção de arte: Luana Alves e Cia Solas de Vento
Desenho de luz: Marcel Alani
Trilha sonora original: Lívia Mattos e Paulim Sartori

Serviço:
Vento (
22 de abril)
Quando:
sábado (das 16h às 17h10)
Local: Espaço de Eventos
Ingressos: Grátis (sem retirada de ingressos)
Duração: 65 min
Indicação etária: Livre

Trajetória Cia Solas de Vento

A Cia Solas de Vento nasceu em 2007, em São Paulo, da parceria entre o francês Bruno Rudolf e o brasileiro Ricardo Rodrigues. Desde então, utiliza em sua dramaturgia a mescla de elementos do teatro gestual, das técnicas circenses e da dança contemporânea agregados à pesquisa de projeção de vídeo ao vivo. Desde então, a dupla pesquisa em suas criações diversas formas de expressão a partir do teatro gestual, das técnicas circenses, da dança contemporânea e a integração dos recursos de vídeo ao vivo. A simbiose desses elementos é suporte para uma linguagem que transita entre gêner os criando corpos, espaços e situações inusitadas. Cada espetáculo é um convite para o público libertar a imaginação, partilhando momentos delicados e divertidos de personagens em seus encontros, desencontros e aventuras!

Em 2011 o duo estreou sua primeira peça infantil, A Volta ao Mundo em 80 Dias, com direção de Carla Candiotto. Sucesso de público e crítica, a peça ganhou os prêmios APCA e FEMSA de Melhores Direção e Atuação. O trabalho levou a Cia a aliar em sua pesquisa recursos cênicos com projeção de vídeos captados ao vivo, além de ter sido a oportunidade de reinventar o potencial imagético do autor. Da riqueza dessas experiências, nasceu o desejo de homenagear Júlio Verne com a composição de uma trilogia teatral com algumas das suas viagens extraordinárias. Em setembro de 2015 nasceu o segundo trabalho, Viagem ao Centro da Terra, dirigida por Eric Nowinski, que recebeu indicações ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem nas categorias de Melhor Espetáculo, Melhor Ator e Melhor Trilha Sonora Original.

Sobre Bruno Rudolf

Ator, bailarino e diretor francês, formado pelo Conservatório de Dança de Mulhouse, reside no Brasil desde 2001. Vencedor dos Prêmios FEMSA 2011 e APCA 2011 na categoria de Melhor Ator por A Volta ao Mundo em 80 Dias. Ainda na França, estudou teatro físico, manipulação de boneco e técnicas circenses. No Brasil, se especializou em técnicas aéreas e estudou palhaço. Trabalhou com os diretores Carla Candiotto, Cristiane Paoli Quito, Miriam Druwe, Kris Niklison, Rodrigo Matheus e Mark Bromilow.

Sobre Ricardo Rodrigues

Ator circense e diretor. Graduado em Artes Cênicas pela Universidade São Judas, em 1996 e especialista em técnicas aéreas circenses desde 1999. Realizou parcerias com Circo Mínimo, Linhas Aéreas, Circo Zanni, Núcleo Artérias, Circo Fractais, Circo Vox, Acrobático Fratelli, Circo Nosotros, Central do Circo. Trabalhou com os diretores Carla Candiotto, Cristiane Paoli Quito, Debora Dubois, Adriana Grechi, Kris Niklison, Antonio Abujamra, Francisco Medeiros, Hugo Possolo, Janô, Jairo Matos, Rodrigo Matheus, Sandro Borelli, Mark Bromilow e Naum Alves de Souza.

Serviço:
Local:
SESC Santo André  (Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar, Santo André/SP)
Estacionamento:
– Credencial Plena (mediante apresentação de Credencial Plena) – R$ 5,00 (primeira hora) e R$ 1,50 (por hora adicional)
– Outros – R$10,00 (primeira hora) e R$ 2,50 (por hora adicional)

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