sexta-feira, 17 outubro, 2025
Teatro

CLAUSTROFOBIA

Matéria: Divulgação
Foto:  Nil Canindé

O monólogo Claustrofobia, de Rogério Corrêa, chega a São Paulo para uma temporada no Auditório do Sesc Pinheiros, de 5 de junho a 12 de julho, com apresentações de quinta a sábado, sempre às 20h. A peça tem direção de Cesar Augusto e atuação de Márcio Vito, que celebra seus 35 anos de carreira.

O espetáculo fez duas temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e, desde então, foi vencedor do Prêmio Shell 2025 na categoria de melhor cenário – assinado por Beli Araújo e Cesar Augusto -, no qual também concorreu na categoria de Melhor Ator; e ainda disputa pelo Prêmio APTR em três categorias: ator (Márcio Vito), direção (Cesar Augusto) e iluminação (Adriana Ortiz).

A trama acompanha três personagens: um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema, os três se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira. 

Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. O prédio onde se passa a história é um microcosmo das relações trabalhistas, humanas e sociais do país. O espetáculo parte de uma circunstância em que essas questões são não apenas a base das relações interpessoais, mas até definitivas para como os personagens enxergam a si próprios e julgam o outro. 

“O texto põe uma lupa nos pensamentos e preconceitos que separam as personagens em classes às quais eles julgam pertencer, que realmente são diferentes entre si, mas eles apenas se imaginam mais distantes uns dos outros do que de fato estão”, diz Márcio Vito.

Desdobrando-se entre os três personagens, o ator ilustra a realidade com um humor ácido, característico da dramaturgia de Rogério Corrêa. O trio está comprimido entre o elevador e a portaria de um prédio de escritórios. Imigrante do interior do Brasil, Marcelino é tímido, introvertido e trabalha como ascensorista para mandar dinheiro para casa. Ele passa seus dias enclausurado, descendo e subindo, dentro de uma caixa metálica. Stella é uma executiva ambiciosa, uma espécie de coach de si mesma, que está começando em um novo emprego. O porteiro Webberson controla tudo da portaria, até mesmo a música que toca no elevador. Ele sonha em ser policial e ter em mãos uma arma que lhe traga poder. 

“Esses três personagens se esbarram num mesmo contexto arquitetônico, que é um prédio típico de centro empresarial. Se nos aprofundarmos um pouco mais, as situações acontecem em torno do ascensorista, que está dentro do elevador. São representações de um sistema traduzido pela arquitetura de um prédio. A partir daí vamos entendendo as humanidades”, diz Cesar Augusto.   

Idealizador do projeto, o autor Rogério Corrêa faz sua estreia no Rio de Janeiro como dramaturgo em espetáculo presencial. Radicado em Londres há 30 anos, já teve seus textos encenadas no formato on-line, em São Paulo e na Inglaterra.  Afeito a temas políticos e polêmicos, ele teve a ideia de escrever “Claustrofobia” em 2009, durante uma temporada no Rio. “Neste período no Brasil, percebi como ainda tem muito ascensorista trabalhando. Descobri que, para mim, aquele trabalho era uma metáfora da alienação do capitalismo, do trabalho contemporâneo”, diz Rogério. 

Algumas críticas sobre o espetáculo:

A conexão de uma luminosa tríade do universo teatral brasileiro – o dramaturgo ROGÉRIO CORRÊA, o diretor CESAR AUGUSTO e o ator MÁRCIO VITO – faz de CLAUSTROFOBIA um dos espetáculos mais surpreendentes da atual temporada carioca.

Wagner Corrêa de Araújo
Escrituras Cênicas

CESAR, ROGÉRIO E MÁRCIO VITO transformam em dois níveis a peça. Os personagens ao mesmo tempo apresentam aquilo que é triste no humano e insuportável em nossa atual sociedade: a invisibilidade do sujeito e da alma; a ambição do capitalismo e a cretinice do comportamento e o sonho inalcançável de crescer, mas enquadrando no que há de pior: a repressão autorizada. E estamos todos, sem escolha, encerrados, sem saída, em algum elevador”

Cláudia Chaves
Correio da Manhã

Intocáveis em suas letargias sociais (que lhes são impostas pelo Brasil), os três protagonistas de CLAUSTROFOBIA disputam para si o corpo e as palavras – sobretudo elas – de MÁRCIO VITO, um ator em fase primaveril de sua carreira… Ele é um Paul Giamatti nacional: o sujeito gente como a gente que implode à luz da ribalta ou da câmera. A implosão dele nos palcos vem de um trio de vértices embatucado pelos dilemas da opressão do dia a dia: a opressão da pobreza, a opressão do machismo e a opressão do sucesso a qualquer custo”.

Rodrigo Fonseca
Rota Cult 

ROGÉRIO CORRÊA nos proporciona uma “aula-show” de dramaturgia, com um texto “enxuto”, dito em justos 60 minutos de duração, porém com uma profundeza indescritível e uma excepcional estrutura dramatúrgica poucas vezes reconhecida por mim, num palco. É digna de todos os elogios a construção de seu arco dramático, que consiste na “progressão de conflitos que o protagonista atravessa, transformando-se, a cada etapa, até chegar ao ponto mais crítico da jornada, descendendo, finalmente, em direção à resolução da história”. O autor foi muito feliz na escolha e construção dos três personagens, na consistência e nas particularidades das personalidades do trio, e na maneira como trança suas idiossincrasias, utilizando um humor ácido, característico de sua dramaturgia”.

Gilberto Bartholo
Blog O Teatro Me Representa

Ficha Técnica

Elenco: Márcio Vito

Dramaturgia: Rogério Corrêa

Direção: Cesar Augusto

Cenografia: Beli Araújo e Cesar Augusto

Figurino: Beli Araújo 

Iluminação: Adriana Ortiz

Trilha Sonora Original: André Poyart

Direção de Movimento: Andrea Maciel

Assistente de direção: João Gofman

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Redes Sociais: Rafael Teixeira 

Programação Visual/ Mídias: Rita Ariani

Produção São Paulo: Pedro de Freitas/Périplo

Diretora de Produção: Malu Costa

Sinopse

Um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema, os três se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira. Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. 

Serviço

Claustrofobia, de Rogério Corrêa

Temporada: 5 de junho a 12 de julho de 2025
De quinta a sábado, às 20h, e feriados às 18h
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195, Pinheiros 

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábados das 10h às 21h

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena) 

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Teatro

DESOBEDIÊNCIA

 

 

Matéria: Divulgação
Fotos: Joelma Do Couto

Um ato heroico e humanitário em plena Segunda Guerra Mundial é retratado pela peça Desobediência, texto de Renata Mizrahi livremente inspirado no livro “Passaporte para a Vida”, de Yukiko Sugihara. O espetáculo, dirigido por Regina Galdino, estreou em 2023 e agora ganha novas apresentações no Teatro Cacilda Becker, de 13 a 15 de junho.

A peça foi idealizada por Rogério Nagai, que também está no elenco ao lado de Beatriz Diaféria, Carla Passos e Ricardo Oshiro.

A montagem faz parte da mostra de repertório do Coletivo Oriente-se, que foi contemplado pela 44° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa.

A trama narra de forma não-linear a jornada de Chiune Sugihara, um representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 6 mil vistos para judeus refugiados da Polônia ao longo de 20 dias, desobedecendo às ordens do Japão – que participava do Eixo, aliança com a Alemanha nazista e a Itália fascista.

A história é contada pelo ponto de vista de Yukiko, a esposa do representante, que narra a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, o nascimento dos filhos, os privilégios que tiveram na guerra, o episódio da desobediência, a derrota, a fuga, a prisão, a volta à terra-natal e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. 

“Acho que o texto discute como, às vezes, seguimos na vida de forma automática, sem olhar para o lado, e acabamos naturalizando barbaridades, como o fato de alguém estar morrendo de fome na rua enquanto outra pessoa ostenta por aí uma vida milionária. Acredito que a voz da Yukiko é muito importante. Já naquela época, ela falava de empoderamento, de machismo, de sexismo e de xenofobia”, comenta a autora Renata Mizrahi.

Já a diretora Regina Galdino acredita que ‘Desobediência’ é importante para nos mostrar caminhos em que o humanismo venceu o autoritarismo, sobretudo quando vivemos um retorno da extrema direita em todo o mundo. “Temas como as intolerâncias religiosa e étnica, a perseguição ideológica, as guerras pelo poder e territórios, a desumanidade, os refugiados e as crises econômicas, a desobediência a regras desumanas e a liberdade feminina estão presentes nesta história de esperança e obstinação na luta pela vida, com um elenco de nipo-brasileiros”, complementa.

Ela ainda conta que a peça passeia pelo tempo e espaço de forma dinâmica, sem seguir a ordem cronológica, “em um jogo de aproximações e choques entre as culturas japonesa, judaica e europeia”.

“O casal Chiune e Yukiko Sugihara contracena com diversas personagens interpretadas por um ator e uma atriz e optamos por figurinos atemporais, que ampliam a atualidade da história. O cenário e os elementos de cena são sintéticos e não-realistas estabelecendo, de forma abstrata, com a ajuda da iluminação, todas as cidades pelas quais o casal passou, desde Helsink, na Finlândia, até o retorno ao Japão, passando por Kaunas, na Lituânia; Berlim, na Alemanha; Praga, na então Tchecoslováquia; Konigsberg, na antiga Prússia, e Bucareste, na Romênia”, revela Galdino sobre a encenação.

A encenadora conta ainda que o grupo pesquisou como despertar a imaginação do público com imagens abstratas, não-realistas e inusitadas por meio de um cenário surrealista e de tecidos vermelhos utilizados no lugar de objetos.

“A expressão corporal e a interpretação dos atores e atrizes convidarão o público, de forma sintética, a imaginar trens, florestas, praias, navios, salões de baile, consulados, prisões, máquinas de escrever e fuzis, além dos vistos emitidos para os judeus. Misturando drama e humor, contamos essa história pouco conhecida pelo público usando figurinos atemporais cinzas, “manchados” por tecidos vermelhos, com diferentes funções; um painel de fundo preto e branco com imagem surrealista; projeções abstratas; e a música original, com um tema e variações para passear por diferentes países e culturas”, acrescenta.

Sinopse

Desobediência é uma peça de Renata Mizrahi livremente inspirada no livro “Passaporte Para a Vida”, de Yukiko Sugihara.  A peça conta, de forma não-linear, a jornada de Chiune Sugihara, representante do consulado japonês na Lituânia que, em plena Segunda Guerra Mundial, forneceu de forma não autorizada mais de 6 mil vistos para judeus refugiados da Polônia, desobedecendo às ordens do Japão, aliado da Alemanha e Itália. A história é contada pelo ponto de vista da esposa Yukiko: a saída do casal do Japão, a chegada à Europa, os filhos, os privilégios que tiveram na guerra, a desobediência ao consulado japonês, a derrota, a fuga, a prisão, a volta ao Japão e o reconhecimento de Chiune como um aliado da vida. O texto é um drama, com doses de humor. 

Ficha Técnica
Texto: Renata Mizrahi
Direção: Regina Galdino
Elenco: Beatriz Diaféria, Carla Passos, Ricardo Oshiro e Rogério Nagai
Cenografia e Figurinos: Telumi Hellen
Voz em off e operação de som: Alexandre Mercki
Música original: Daniel Grajew e Bruno Menegatti
Design de luz: Paula da Selva
Operação de luz: Ícaro Zanzini
Produção executiva: Giuliana Pellegrini
Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai
Assistência de Direção: Edson Kameda
Fotografia: Mari Jacinto
Design gráfico e Mídias Sociais: Lol Digital
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Realização: Lei de Fomento ao Teatro, Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa e Coletivo Oriente-se

Serviço

Desobediência, de Renata Mizrahi
Quando:
13 a 15 de junho, na sexta e no sábado, às 21h, e no domingo, às 19h
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295 – Lapa, São Paulo
Ingressos: Grátis, com reservas via Sympla e distribuição de ingressos na bilheteria 60 minutos antes da sessão
Classificação: 10 anos
Duração:
75 minutos
 

Teatro

Musical JOÃO, de 13 de junho a 3 de agosto

 

 

Matéria: Divulgação
Fotos: Cleber Correa

A Cia. da Revista finaliza as comemorações de seus 25 anos de trajetória com a estreia de João, um musical original com dramaturgia de Marcelo Marcus Fonseca e músicas de Vitor Rocha (letras) e Marco França (música, direção musical e arranjos). O espetáculo tem sua temporada de estreia no Espaço Cia da Revista, de 13 de junho a 3 de agosto.

O elenco conta com a participação de Vitor Vieira, Dudu Galvão, Marina Mathey, Bia Rezi, Zé Guilherme Bueno, Gabriel Natividade, Neto Vilar, Pedro Ulee, Pedro Bignelli, Vithor Zanatta e Josinaldo Filho. A produção é da Movicena Produções.

João é o terceiro espetáculo da trilogia de peças “Conexão São Paulo-Pernambuco”, que teve início em 2021, com a estreia de Nossos Ossos, a partir do romance do escritor Marcelino Freire, seguida por Tatuagem, adaptação do filme de Hilton Lacerda, que se tornou um fenômeno de público e crítica da temporada paulistana.

O trabalho compara a história do escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto e seu personagem João em uma fábula surrealista, fazendo uma leitura urbana da questão agrária e da diversidade na vida contemporânea.

Na trama, João migra de Pernambuco para o sudeste em busca de trabalho e tem um encontro casual com seu próprio criador, o poeta João Cabral. Após se separarem, na divisa de São Paulo e Rio de Janeiro, o personagem segue sua vida na capital paulistana, onde conhece Gaivota, uma travesti artista que muda sua vida.

Enquanto isso, de longe, João Cabral conta sua própria história, ao mesmo tempo que evoca a história do próprio Severino, de sua obra-prima “ Morte e Vida Severina”, refletida no centro urbano.

Musical original

As músicas do espetáculo foram compostas por Vitor Rocha (letras) e Marco França (músicas, arranjos e direção musical), tornando-o um musical totalmente inédito e brasileiro na sua essência. A inspiração para as composições nasceram da obra de Gonzaguinha, um cronista do Brasil e do seu tempo. 

Sobre a Cia. da Revista

A Cia. da Revista nasceu em 1997 com a proposta de investigar o Teatro de Revista, gênero que chegou ao Brasil no século XIX e que, a partir da década de 1920, ganhou as características que inspiram o trabalho de pesquisa da Companhia: estrutura fragmentada que engloba diversos gêneros em um único espetáculo, olhar crítico e irreverente sobre seu tempo e a presença da música como importante elemento narrativo. A cia. foi contemplada com os prêmios FEMSA (categoria Melhor Atriz Coadjuvante em O Doente Imaginário, Sonho de uma Noite de Verão e A Odisséia de Arlequino; categoria Melhor Atriz em A Odisséia de Arlequino), APCA (melhor elenco, A Odisséia de Arlequino), FEMSA (melhor espetáculo, A Odisséia de Arlequino) e Cooperativa Paulista de Teatro (melhor espetáculo para espaços não convencionais, A Odisséia de Arlequino). O diretor do grupo, Kleber Montanheiro, recebeu os prêmios APCA (Sonho de uma Noite de Verão) e FEMSA (A Odisséia de Arlequino), ambos como melhor diretor. Em 2012, foi indicada a dois prêmios Shell (Direção musical e dramaturgia) e dois prêmios Cooperativa Paulista de Teatro (Direção e direção musical) pelo espetáculo Cabeça de Papelão. Em 2022 o espetáculo Tatuagem, do filme homônimo de Hilton Lacerda, teve seis indicações ao prêmio Bibi Ferreira, incluindo melhor musical brasileiro. Em 2022 a Cia. da Revista completou 25 anos de atividades e em 2024 completou dez anos de atividades do seu espaço sede, o Espaço Cia. da Revista, situado na al. Nothmann, Santa Cecília, São Paulo.

Sobre Marcelo Marcus Fonseca

Iniciou sua carreira como ator na década de 1980 e despontou na cena teatral paulista como diretor na década de 1990 com o espetáculo “Baal – O Mito da Carne” (1996 -1997). É autor dos textos “Águas Queimam na Encruzilhada”, “Rebelião – O Coro de Todos os Santos“, “A Gente Submersa”, “O Santo Dialético”, “O Pornosamba e a Bossa Nova Metafísica”, “São Paulo Surrealista”, “São Paulo Surrealista 2: A Poesia Feita Espuma”, Odile” e “Todos os Homens Notáveis”. É poeta e sambista, atividade que mantém paralelamente com parceiros da periferia de São Paulo, sendo responsável por uma vasta pesquisa de resgate de sambas pouco conhecidos do grande público. É fundador do grupo Teatro do Incêndio, o qual dirige desde 1996 e que tem sua sede própria na rua Treze de Maio, 48, no Bixiga. Tem dois livros lançados pela editora Kazuá, ‘Da Terra O Paraíso’ (2012), prosa poética a moda dos surrealistas, e ‘De Dionísio Para Koré’ (2013), poemas temáticos sobre o mito de Baco e Perséfone.

Sobre Kleber Montanheiro

Multiartista com 30 anos de carreira, é diretor cênico, cenógrafo, figurinista e artista visual em expografia. Ganhou o prêmio APCA 2008 pelo espetáculo Sonho de Uma Noite de Verão e o prêmio FEMSA 2009 por A Odisséia de Arlequino, ambos de melhor diretor. Em 2022, foi indicado ao prêmio Bibi Ferreira pela direção e ganhou o prêmio APCA de melhor diretor pelo espetáculo Tatuagem, inspirado no filme homônimo de Hilton Lacerda. Dirigiu o musical Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda (2014/2015), Um Dez Cem Mil Inimigos do Povo (2016), inspirado no clássico de Henrik Ibsen, Carmen, a Grande Pequena Notável (2018/2019), musical com Amanda Acosta sobre a vida e obra de Carmen Miranda entre muitos outros. Dirigiu recentemente o musical da Broadway Cabaret, que cumpriu temporada no 033 Rooftop, do Teatro Santander, recebendo o prêmio Bibi Ferreira de melhor figurino e melhor direção.

Sobre Vitor Rocha

Ator, diretor, letrista, dublador dramaturgo, roteirista e produtor, eleito pela Forbes um “Under 30”, em 2019 entrou pra lista dos 90 jovens mais promissores e bem sucedidos do país e já tem seu trabalho a frente do teatro brasileiro reconhecido. Depois de despontar em “Cargas D’Água – Um Musical de Bolso”, espetáculo que ganhou montagens em Londres no Off-West End e em Nova York na Off-Off-Broadway e que o consagrou o primeiro autor a receber um prêmio Prêmio Bibi Ferreira na categoria revelação, realizou diversos projetos de destaque como “Se Essa Lua Fosse Minha”, “Mundaréu de Mim”, “Bom Dia Sem Companhia”,  “Donatello”, entre outros.

​Além do teatro, seu trabalho pode ser visto no cinema, como ator e roteirista, e na dublagem, como ator ou responsável pela versão brasileira. Suas dramaturgias originais já ganharam as páginas dos livros e receberam selos de prêmios da literatura, como a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, sendo “O Mágico Di Ó” – publicado pela Panda Books – escolhido para integrar o Plano Nacional do Livro Didático e fazer parte das bibliotecas de escolas por todo o Brasil. O APTR na categoria “Jovem Talento” e o FITA “Revelação” são as mais recentes conquistas em seu currículo e se juntam a mais de 20 indicações e 7 vitórias em prêmios de teatro e literatura em categorias distintas.

Sobre Marco França

Potiguar (Natal/RN) residente em São Paulo desde 2016, ator,  músico, multi-instrumentista (piano, acordeon, violão, clarinete, escaleta, teclado e percussão), produtor musical, compositor e arranjador, atuou como diretor, ator e diretor musical do grupo de teatro Clowns de Shakespeare (Natal / RN 2000 – 20015) onde desenvolveu pesquisa musical com base na preparação do ator e na criação cênica a partir de jogos teatrais. Participou dos mais importantes Festivais Internacionais de Teatro do país, como: FIT (BH), Cena Contemporânea (Brasília), FILO (Londrina/PR), Festival Internacional de São José do Rio Preto, Festival de Teatro de Curitiba, além de diversas circulações com espetáculos e oficinas pelo Brasil e exterior (Chile, Uruguai, Portugal e Espanha).

Indicado ao Prêmio Shell de Teatro SP em 2009 pela música do espetáculo “O Capitão e a Sereia” (Clowns de Shakespeare) e vencedor em 2016 e 2019 pelas  músicas de “A Tempestade” e “Estado de Sítio” respectivamente (direções de Gabriel Villela). Ganhou em 2016 a Melhor Trilha Musical Adaptada do Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (FEMSA/Coca-Cola) com o espetáculo “Peer Gynt” (Gabriel Villela) e indicado em 2019 como ator coadjuvante ao Prêmio Bibi Ferreira de Teatro (SP) pelo espetáculo “Cangaceiras – As guerreiras do Sertão” (direção de Sérgio Módena e dramaturgia de Newton Moreno), além de receber vários prêmios como ator e diretor musical em trabalhos anteriores. Trabalhou com importantes profissionais, dentre eles Ernani Maletta, Babaya, Francesca Della Monica, Helder Vasconcelos, Zeca Baleiro, Kika Freire, Débora Dubois, Márcio Aurélio, Gabriel Villela, Marco Antonio Rodrigues, Dagoberto Feliz, Chico César, Sérgio Módena e Newton Moreno.

Sinopse

Terceira peça da trilogia Conexão São Paulo – Pernambuco, o espetáculo compara a história de João Cabral de Melo Neto e João em uma fábula surrealista, fazendo uma leitura urbana da questão agrária e à diversidade na vida contemporânea.

João migra de Pernambuco para o sudeste em busca de trabalho e cruza no seu caminho com seu próprio autor, o poeta João Cabral. Após se separarem na divisa de São Paulo e Rio de Janeiro, João segue sua vida na capital paulistana onde conhece Gaivota, uma travesti artista que muda sua vida. Enquanto de longe, João Cabral conta sua própria história, ao mesmo tempo evoca a história do próprio Severino, de Morte e Vida Severina, refletida no centro urbano.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Marcelo Marcus Fonseca

Direção e cenários: Kleber Montanheiro

Figurinos: Marcos Valadão

Direção musical e arranjos: Marco França

Músicas: Vitor Rocha (letras) e Marco França (músicas)

Iluminação: Gabriele Souza

Visagismo: Louise Heléne

Preparação Vocal e assistência: Natália Quadros

Assistente de direção: Ana Elisa Mattos

Assistente de figurinos: Acrides

Modelagem e costura: Ana Cristina Driscoll, Mariluce da Costa, Salomé Abdala e Sônia Maria Mendonça

Equipe de figurino: Nilo. e Rebeca Oliveira 

Sapatos: Calçados Porto Free

Cenotecnia: Evas Carretero

Equipe de cenografia: Sergio Murilo, Marcus Caselato, Sara Mynai.

Elenco: Vitor Vieira, Dudu Galvão, Marina Mathey, Bia Rezi, Zé Guilherme Bueno, Gabriel Natividade, Neto Vilar, Pedro Ulee, Pedro Bignelli, Vithor Zanatta e Josinaldo Filho.

Músico ensaiador: Gabriel Hernandes 

Músicos: Cassio Percussa, Gabriel Hernandes, Juliano Veríssimo e Wagner Passos

Fotos do elenco: Cleber Correa

Microfonista: Brenda Umbelino

Desenho de som: Zelão Martins

Direção de produção: Jota Rafaelli

Produção Financeira: Rafael Petri

Produção: Movicena Produções

Realização: Cia. da Revista

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço

João, da Cia da Revista

Temporada: de 13 de junho a 3 de agosto de 2025

De sexta-feira a domingo, às 20h

Espaço Cia. da Revista – Al. Nothmann, Santa Cecília – São Paulo.

Ingressos: R$ 40 (Inteira) e  R$ 20 (meia-entrada)*

Vendas online em sympla e na bilheteria 1h antes do início do espetáculo

*Têm direito à meia-entrada estudantes, idosos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência

Classificação: 16 anos 

Duração: 120 minutos, com 15 minutos de intervalo

Acessibilidade: banheiro adaptado e rampas para cadeirantes

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