quarta-feira, 15 outubro, 2025
Teatro

Isabel Teixeira dirige a Cia. Mungunzá em seu novo trabalho, ELÃ, que estreia no dia 26 de setembro no Sesc Pompeia

Matéria: Divulgação
Foto: Roberto Setton

Uma teia permeada por oito histórias criadas por atores-escritores; as histórias se passam em diferentes tempos e espaços e flertam com linguagens cênicas plurais. “Elã” é o novo trabalho da Cia. Mungunzá de Teatro, dirigido por Isabel Teixeira. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Sesc Pompeia, de 26 de setembro a 12 de outubro.

A dramaturgia foi criada pelos sete integrantes da companhia –  Léo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe, Pedro das Oliveiras, Sandra Modesto, Verônica Gentilin e Virginia Iglesias – e por Dilma Correa, convidada para este trabalho. O método de criação foi A Escrita na Cena®, desenvolvido e registrado por Isabel Teixeira.

A trama costura as oito histórias criadas de forma coletiva, a partir da pulsão individual de cada artista. As histórias se passam em diferentes linhas espaço-temporais, que vibram simultaneamente. São elas:

Um andarilho, dentro de um jogo de videogame, através dos diferentes tempos da linha da sua vida, tenta se livrar de uma herança ancestral deixada pelo seu pai.

Um ator – vendedor de morangos – tenta convencer uma renomada diretora a dirigir seu próximo espetáculo, incluindo sua mãe no elenco.

A mãe entra no espetáculo dirigido pelo filho e, cena após cena, vai se libertando do papel que lhe foi imposto.

Uma mulher, após construir uma família de alta performance, decide matar a  família, para realizar seu sonho de ser cantora de boate, honrando sua avó, vítima da Guerra Civil Espanhola.

Uma mãe, enquanto enfrenta o luto e cria os filhos, reacende a sexualidade reprimida em suas ancestrais, através de uma retomada do poder feminino.

Um homem descobre, na morte, o maior empreendimento capitalista de todos os tempos: a empresa “Animador de Velórios”.

Uma mulher, convencida de ser uma aranha tecendo o destino do mundo, tenta impedir uma explosão, voltando no tempo e manipulando cada passo dos envolvidos.

Um homem-bomba, ao se explodir, deixa pistas para sua filha, guiando-a por um outro olhar sobre o mundo.

*

Segundo a diretora Isabel Teixeira, não há hierarquia entre as histórias. “Não há história protagonista. Mais do que destacar um ponto de vista individual, o processo teatral, aqui, protagoniza o espaço, uma ambiência, que rege o movimento, organiza os corpos e define os ritmos da narrativa. As histórias são um exercício de fabulação; fabular é algo inerente a qualquer ser humano. A sua fabulação é tão potente e poderosa quanto a minha e quanto a de uma criança, que para na praça pra ver um teatro de rua, por exemplo”, revela.

Para deixar essa experiência cênica ainda mais interessante, as narrativas transitam entre diferentes gêneros, de acordo com as pulsões propostas por cada criador. Em alguns momentos, a peça tem encenação mais naturalista e dramática; em outros, flerta com os universos dos musicais e da performance. “Mas, a palavra é sempre o foco do trabalho”, ressalta a diretora.

Outro aspecto importante da montagem é a dimensão musical e sonora. Ao longo da encenação, uma paisagem sonora vai sendo tecida gradualmente, por meio do acúmulo de elementos: sons cotidianos, ruídos, texturas e fragmentos melódicos compõem um ambiente que atravessa as cenas. Em determinados momentos, essa paisagem se adensa, e transborda em canções – explosões poéticas que condensam tensões e revelam camadas emocionais das personagens.

A Escrita na Cena®

Esse método de trabalho, criado e pesquisado por Isabel Teixeira desde 2008, parte da premissa de que toda atriz e todo ator são escritores, que escrevem com o corpo, com a voz e com o espaço durante a cena. Nesse processo, cada artista escolhe um local e um enquadramento, liga uma câmera e improvisa livremente por um tempo determinado. As filmagens são, então, transcritas, preservando as ideias, ações e as sensações que emergem de forma bruta e espontânea durante a ação.

A cada fluxo narrativo gravado, Isabel propõe uma devolutiva, que também é gravada e transcrita, contendo provocações, estímulos e referências. Esse ciclo se repete por diversas rodadas, criando uma espiral de escuta, resposta e invenção. A partir desse vasto material bruto, os textos são trabalhados, esculpidos e costurados até que surja uma forma.

Assim, a dramaturgia criada dessa maneira transforma uma pulsão individual de cada ator em uma criação coletiva, uma teia feita de muitos fios – narrativas individuais que se entrelaçam, revelando memórias, afetos, fragmentos poéticos e políticos de existência.

O presente trabalho da Cia Mungunzá é uma nova trama que nasce dessa forma, e que teve como desdobramento “O Livro de Linhas”, publicado pelo Grupo em parceria com a Editora Fora de Esquadro. A primeira edição teve uma tiragem de 125 exemplares, confeccionados pelo elenco no Ateliê do Velho Livreiro, com direção de encadernação de Pablo Peinado.

A dramaturgia foi composta a partir do “Livro de Linhas”, num movimento que assume as fronteiras entre as artes, potencializa a particularidade de cada manifestação, e cria uma intersecção constante: a peça ressoa o livro, e vice-versa.

Como continuidade de sua pesquisa artística, a Cia. Mungunzá partiu, neste projeto, da investigação do argumento “Linhas e Fronteiras”, num desejo de explorar e entender alguns limites pessoais, coletivos e artísticos. No campo íntimo, a pesquisa mergulha nas fronteiras subjetivas que moldam nossas relações. Já na linguagem artística, a proposta é compreender como um mesmo processo criativo pode se desdobrar, e transitar em expressões distintas.

Ficha Técnica

Uma produção da Cia. Mungunzá de Teatro

A partir do Livro de Linhas

Direção geral: Isabel Teixeira

Assistência de direção e preparação de elenco: Lucas Brandão

Elenco criador: Dilma Correa (convidada), Léo Akio, Lucas Bêda, Marcos Felipe, Pedro das Oliveiras, Sandra Modesto, Verônica Gentilin, Virginia Iglesias

Participação especial: Miranda Caltabiano Bannai

Dramaturgia a partir da Escrita na Cena®: elenco criador e direção

Direção de movimento: Castilho
Direção musical: Dani Nega e Isabel Teixeira

Produção musical: Dani Nega
Arranjos, colaboração e preparação musical: Flávio Rubens e Renato Spinosa

Composições originais: Jonathan Silva
Música de saída “O romance, o sorriso e a flor”: Renato Teixeira
Operadora e técnica de som: Paloma Dantas

Microfonista: Samuel Gambini
Desenho de Som: Bruno Castro

Desenho de Luz: Pedro das Oliveiras e Wagner Freire

Colaboração e operação de Luz: Lucas Brandão

Cenografia: Isabel Teixeira, Lucas Bêda e elenco criador

Cenotécnicos: Fábio Lima e Zé Valdir Albuquerque

Figurinos: Joana Porto, Rogério Romualdo
Costura: Coletivo Tem Sentimento

Visagismo: Fabia Mirassos

Auxiliar de visagismo: Isabelle Iglesias

Instrutor de escalada: Luciano Iglesias

Fotos divulgação: Roberto Setton

Assistente de fotografia: Alírio de Castro

Registro audiovisual: Bruno Rico

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Identidade visual: Isabel Teixeira e Léo Akio
Design gráfico: Léo Akio

Produção: Tati Caltabiano

Assistente de produção: Roberta Araújo

Produtor associado: Gustavo Sanna – Complementar Produções

Realização: Cia. Mungunzá de Teatro, 41ª edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura e Sesc SP

Sinopse

Em uma espiral do tempo, oito histórias se cruzam em camadas sobrepostas. Cabe ao público escolher seu ângulo, e montar a teia da narrativa.

Um andarilho, dentro de um jogo de videogame através dos diferentes tempos da linha da sua vida, tenta se livrar de uma herança ancestral deixada pelo seu pai // Um ator e vendedor de morangos tenta convencer uma renomada diretora a dirigir seu próximo espetáculo, incluindo sua mãe no elenco // A mãe entra no espetáculo dirigido pelo filho e, cena após cena, vai se libertando do papel que lhe foi imposto // Uma mulher, após construir uma família de alta performance, decide matar a  família, para realizar seu sonho de ser cantora de boate, honrando sua avó, vítima da Guerra Civil Espanhola // Uma mãe, enquanto enfrenta o luto e cria os filhos, reacende a sexualidade reprimida em suas ancestrais, através de uma retomada do poder feminino // Um homem descobre, na morte, o maior empreendimento capitalista de todos os tempos: a empresa “Animador de Velórios” // Uma mulher, convencida de ser uma aranha tecendo o destino do mundo, tenta impedir uma explosão, voltando no tempo e manipulando cada passo dos envolvidos // Um homem-bomba, ao se explodir, deixa pistas para sua filha, guiando-a por um outro olhar sobre o mundo.

Serviço

Elã, uma produção da Cia. Mungunzá de Teatro a partir do Livro de Linhas

Temporada: 26 de setembro a 12 de outubro de 2025

Horários: https://www.sescsp.org.br/programacao/ela-9/Sesc Pompeia – R. Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo – SP

Ingressos: R$70 (inteira), R$35 (meia-entrada) e R$21(credencial plena)

Vendas online em sescsp.org.br

Classificação: 16 anos

Duração: 105 minutos

Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Teatro

Idealizado por Laís Marques e Daniela Schitini, o espetáculo ANTES DE MIM NO FUNDO reflete sobre o papel feminino na sociedade a partir da conexão entre mulheres de diferentes gerações 

Matéria: Divulgação
Foto: Bob Sousa

Uma protagonista em coma se conecta com suas ancestrais e as histórias de perseverança, força e vulnerabilidade que carregam no inédito Antes de Mim no Fundo, com idealização de Laís Marques e Daniela Schitini que compõem o elenco junto de Mariana Muniz. A direção é de Clara Carvalho e a dramaturgia de Daniela Schitini.

O espetáculo estreia na SP Escola de Teatro no dia 11 de outubro de 2025 para temporada até 16 de novembro. Na sequência, vai para o Teatro Cacilda Becker, onde fica de 20 a 30 de novembro.

A partir de uma atmosfera onírica, entre o sonho, o delírio e a realidade, o espetáculo explora as relações entre presente, passado e futuro das mulheres de uma mesma família, provocando uma reflexão sobre o feminino, a relação com o masculino, a ancestralidade e memória. A ideia é discutir os papéis sociais desempenhados pelas mulheres na sociedade ao longo do tempo, constantemente confrontadas por padrões sociais opressivos.

Laís Marques, atriz e idealizadora do espetáculo, reflete: “A ideia de reconciliação pressupõe que o passado esteja disposto a ser perdoado, ou o presente, disposto a esquecer. Mas a arte não propõe apenas conciliação. Muitas vezes ela desorganiza. A ancestralidade feminina é um campo de ausência e excesso — do que foi sufocado e do que grita. O teatro, por ser efêmero e encarnado, nos obriga a estar diante disso sem a desculpa do depois. É um lugar onde o que foi silenciado pode finalmente falar, ainda que ninguém entenda. Ou queira ouvir”.

Para montar a equipe, Laís convidou Daniela Schitini para a dramaturgia e a premiada Clara Carvalho para a direção. “Queria uma equipe criativa que tivesse coragem de permanecer diante da incerteza, da repetição, do atrito. A equipe se formou nesse campo de tensão. E foi ali que as coisas começaram a emergir”.

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A peça é uma das obras do livro “Trilogia das Águas”, que reúne textos de Schitini sobre diferentes temas do universo feminino. Na trama, uma mulher que passou por um afogamento misterioso e está em coma tem a possibilidade de se encontrar com sua irmã, mãe, avó, bisavó e tataravó, que revelam para ela uma série de segredos familiares, oferecendo à protagonista uma nova perspectiva sobre os traumas e padrões que moldaram sua vida. Cada figura feminina traz à tona suas próprias experiências, revelando a luta contra a opressão e os desafios enfrentados ao longo do tempo.

A autora e atriz Daniela Schitini conta que queria brincar com esse lugar indefinido entre a vida e a morte para discutir esse tema tão importante. “Queria visitar esse lugar indefinido de fronteira, onde existe a possibilidade de acessar o inconsciente, as memórias reais e também as inventadas e sonhadas, os desejos e feridas mais escondidas e um alicerce desconhecido para nós. Essa força que está presente na ancestralidade e surge na iminência da morte, quando é preciso estar mais viva do que nunca, possibilita para a protagonista se conectar com mulheres que a conduziram até aquele momento e que são o suporte, o arcabouço de sua capacidade de amar e de renascer”, comenta.

O trabalho propõe um mergulho profundo nas questões de identidade, herança e a importância da sororidade, convidando espectadoras e espectadores a refletirem sobre suas próprias histórias e a força coletiva que emerge da vivência feminina. É uma celebração das conquistas e lutas das mulheres, oferecendo um espaço de cura e autodescoberta. A narrativa é sensível e delicada, destacando a importância da memória e da ancestralidade na formação da identidade individual e coletiva.

Ainda segundo a autora, o texto fala de “um processo de cura, de epifania, de deixar de ser uma pessoa apenas imersa e afogada no próprio sofrimento e autoimagem e dar espaço para voltar a ser muitas, para ser habitada pelas mulheres que nos fizeram nascer, para ter contato com a força e a fragilidade presente no fio do amor e da dor que nos conecta ao antes e ao depois”, acrescenta.

Para a diretora Clara Carvalho, a encenação trabalha em cima desses dois planos da narrativa, o da realidade (do hospital onde a protagonista se recupera) e o do sonho (do delírio que ela vivencia enquanto está nessa elaboração de voltar ou não à vida).

“O espetáculo é construído em cima de uma atmosfera muito fluida, porque a gente fala muito desse suicídio, dessa vivência feminina dentro da água com todas as reverberações que isso tem na literatura, no drama, no teatro, na poesia. A busca é criar uma linguagem que trate do texto poético da Daniela, concatenando isso com uma linguagem corporal um pouco estilizada e muito sofisticada do ponto de vista do gestual, da movimentação. Queremos trazer sensorialmente essa flutuação, que é uma palavra boa para tratar dessa atmosfera de lembranças, de fluxos internos, de fluxos de pensamento”, revela.

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A diretora ainda acrescenta que gostaria que as pessoas saíssem do teatro com uma reflexão sobre o papel da mulher dentro da própria família. “A peça fala muito dessa situação de submissão que as antepassadas trazem muito, e ao mesmo tempo de libertação, porque tem uma essência feminina que está sempre livre. Como a sabedoria feminina foi se concretizando através do tempo? . É um rasgão através do tempo, desses perfis femininos com suas espertezas, poesias, libertações, insights, toda essa delicadeza e ao mesmo tempo essa força feminina. É sobre isso que eu acho que o espetáculo fala, e esse eco que seria legal as pessoas saírem do teatro com ele”, diz.

Outra característica marcante do espetáculo é a escolha de uma só atriz – Mariana Muniz, para encarnar todas as ancestrais que visitam a protagonista em suas visões. Isso serve para representar como as personagens são diferenciadas, mas suas identidades se entrelaçam, evocando uma sensação de espelhamento reminiscente dos filmes de Ingmar Bergman, como “Persona” e “Gritos e Sussurros”. Essa brincadeira de luz e sombra cria uma atmosfera caleidoscópica, permitindo que as personagens reflitam umas nas outras.

Sobre Laís Marques – idealização e atuação

Laís Marques é artista da cena, com 25 anos de experiência. Mestre e Bacharel em Artes Cênicas (ECA/USP). Formada em dança pela Escola de Dança do Theatro Municipal (SP). Na TV obteve destaque em séries como: “Motel” (HBO), “Passionais” (NETFLIX) e “Beleza S/A” (GNT). No cinema, atuou nos longas “O Signo Da Cidade” (dir. Carlos A. Riccelli, “Melhor Filme” Juri Popular FIC Brasília 2007), “Filmefobia” (dir. Kiko Goifman, “Melhor Filme” no FIC Brasília 2008) e “Contra Todos” (dir. Roberto Moreira, vencedor do Prêmio Silver Firebird Award for Young Cinema em Hong Kong). No teatro, suas peças mais recentes são: “Sala dos Professores” (dir. Marcelo Lazzaratto, V Prêmio Aplauso Brasil – “Melhor Elenco” e “Melhor Autor”) e “Insetos” (dir. Rodrigo Portella, Cia dos Atores, VII Prêmio Aplauso Brasil “Melhor espetáculo de grupo”). A partir de 2019 passa a idealizar seus projetos artísticos como a peça “Heather” (dir. Marcio Aurelio, selecionada pelo 23º Cultura Inglesa Festival), os solos “Lágrimas Fritas [uma peça-filme]” e “PAGU 360º” (Sesc Pompeia, 2023).

Sobre Daniela Schitini – idealização e dramaturgia

Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e em teatro pela Escola de Arte Dramática da USP e pelo Teatro Escola Célia Helena, Daniela é fundadora e integrou o grupo teatral As Graças por 20 anos, trabalhando como atriz, produtora e dramaturga em diversos espetáculos e também no projeto Circular Teatro, um ônibus palco que leva esses espetáculos para ruas, praças, parques e espaços das cidades.

Alguns de seus principais espetáculos como atriz são: Áulis,(Ifigênia em Áulis), com direção de Elias Andreato e Celso Frateschi; A Banda, com direção de Cristiane Paoli Quito; Endecha das três irmãs, com direção de Vania Terra; o infantil Tem, mas acabou, com direção de Cris Lozzano; a adaptação para a rua do texto Noite de Reis, com direção de Marco Antonio Rodrigues; os musicais Tem Francesa no Morro e Nas Rodas do Coração, com direção respectivamente de Kleber Montanheiro e Ednaldo Freire, os espetáculos Clarices e Não Uma Pessoa, com dramaturgia de sua autoria e direção de Vivien Buckup e o espetáculo de rua Marias da Luz, com direção de Andre Carreira.

E, entre seus trabalhos mais recentes, estão  Aniversário das Coisas Não Feitas (2017), no qual foi dramaturga e atriz, com direção de Vann Porath; Interiores (2018), Ao Vivo, (2019 e 2020), Corpo (2020) e Humilhação (2021/2023), todos com direção de Marcos Gomes e Lucas Mayor; A Encomenda ou a Memória do Mar (2021), de sua autoria, com direção de Malú Bazán; Edith Stein (2022), a Estrela (2022) e a Cruz (2022), com direção de Helder Mariani, e Viva Voz (2022), de Herácliton Caleb com direção de Marcos Gomes.

Assinou a dramaturgia dos espetáculos: Não Uma Pessoa, inspirado em Marilyn Monroe; Marias da Luz, em parceria com Nereu Afonso, inspirado em histórias de frequentadores do Parque da Luz; o infantil Bicho, Bichinho, Bichão, em parceria com Simone Grande, e Aniversário das coisas não feitas, em parceria com Vann Porath e Elaine Belmonte.

Sobre Clara Carvalho – direção

Atriz, diretora e tradutora, Clara Carvalho formou-se em Letras (PUC/RJ), participou da Associação de Ballet do Rio de Janeiro e foi integrante do Corpo de Baile do Teatro Municipal (RJ). Em 1986, veio com o Grupo Tapa para São Paulo com o espetáculo “O Tempo e os Conways”, de J.B. Priestley e, daí em diante, radicou-se na cidade, dedicando-se definitivamente ao teatro.

Entre seus trabalhos como diretora, estão Hedda Gabler, de Henrik Ibsen, (2024); Escombros, de Dennis Kelly (2023); O Dilema do Médico, de Bernard Shaw (2023); Escola de Mulheres, de Molière (2022);  Ricardo III ou Cenas da Vida de Meierhold, de Matei Visniec (2019); A Reação, de Lucy Prebble (2015); A Máquina Tchekhov (2015), de Matéi Viscniec, em parceria com Denise Weinberg; Órfãos, de Dennis Kelly,  (2011) e Valsa No 6, de Nelson Rodrigues (2009).

Recebeu o Grande Prêmio da Crítica da APCA em 2023 pelo conjunto de seus trabalhos em direção, tradução e atuação.

Ficha Técnica

DIREÇÃO: Clara Carvalho

DRAMATURGIA: Daniela Schitini

ELENCO: Daniela Schitini, Laís Marques e Mariana Muniz

DESENHO DE LUZ: Wagner Pinto

TRILHA SONORA: Ricardo Severo

CENOGRAFIA: Evas Carretero

FIGURINO: Marichilene Artisevskis

ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Suzana Muniz

PRODUTORA DE LUZ: Carina Tavares

ASSISTENTE e OPERADOR DE LUZ: Gabriel Greghi

OPERADOR DE SOM: Pedro Paro

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Pombo Correio (Helô Cintra e Douglas Picchetti)

DESIGNER GRÁFICO: Laerte Késsimos

FOTÓGRAFO: Bob Sousa

SOCIAL MEDIA: Douglas Zanon

VISAGISMO: Amanda Tedesco

CABELO: Bob Toscano

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Victor Gaette

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Guilherme Conrado

IDEALIZAÇÃO: Laís Marques e Daniela Schitini

PRODUÇÃO: Cacildinha Produções

Apoio: Adaap, SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, Restaurante Planetas e Apfel.

Projeto contemplado pelo Governo Federal, Governo do Estado de São Paulo, Política Nacional Aldir Blanc, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e o Fomento CULTSP. #ProAC2024 #cacildinhaproducoes

Sinopse

A partir de uma atmosfera onírica, entre o sonho, o delírio e a realidade, o espetáculo explora as relações entre presente, passado e futuro das mulheres de uma mesma família, provocando uma reflexão sobre o feminino, a ancestralidade e a memória. A ideia é discutir os papéis sociais desempenhados pelas mulheres na sociedade ao longo do tempo, constantemente confrontadas por padrões sociais opressivos.

Serviço

Antes de mim no fundo, de Daniela Schitini

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 70 minutos

Estreia:

SP Escola de Teatro – Praça Roosevelt, 210, Consolação, São Paulo

Temporada: 11 de outubro a 16 de novembro de 2025
Sábados e domingos, às 16h
Duas sessões extras dias 5 e 12 de novembro, às 20h30

Ingressos: Grátis

Distribuição somente pela internet na Sympla SP Escola de Teatro – www.sympla.com.br/produtor/spescoladeteatro

Capacidade: 60 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Teatro Cacilda Becker – R. Tito, 295 – Lapa, São Paulo

Temporada: 20 a 30 de novembro de 2025

De quarta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h

Sessão extra dia 20 de novembro, às 18h

Ingressos: Gratuitos

Distribuição na bilheteria do Teatro e pela internet na Sympla Cacildinha Produções – https://www.sympla.com.br/produtor/cacildinhaproducoes

Capacidade: 150 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

DestaquesTeatro

Novo sucesso de Marcelo Médici, a comédia DONA LOLA ganha nova temporada no Teatro Renaissance

Matéria: Divulgação
Foto: Caio Gallucci

 

Depois de uma temporada com sessões esgotadas no Teatro Faap, Dona Lola, a segunda comédia solo de Marcelo Médici, dirigida por Ricardo Rathsam, desembarca no Teatro Renaissance para novas apresentações de 11 de outubro a 14 de dezembro, com sessões aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 19h30.

Dono do estrondoso sucesso Cada um com Seus Pobrema, que esteve em cartaz por 20 anos e tornou-se um marco do humor no teatro brasileiro, Médici homenageia em seu novo trabalho mulheres que foram fundamentais ao longo de seus 35 anos de carreira artística e de sua trajetória pessoal. 

Na trama, Lola é uma dona de casa que tem sua vida transformada ao se tornar um fenômeno das  redes sociais com os vídeos postados pela sua neta. Após o inesperado sucesso, ela, fortemente  incentivada por suas amigas mais próximas, decide se apresentar no teatro mesmo não sendo atriz, não tendo um espetáculo e muito menos sabendo o que dizer. 

Claro que as presenças mais aguardadas na plateia são as das amigas que a convenceram a se apresentar, mas, por motivos distintos, elas não comparecem à apresentação, o que resulta na ira de Dona  Lola, que acaba expondo a vida de suas amigas e, de certa forma, dizendo muito sobre si mesma.A montagem conta com participações luxuosas em off de Tony Ramos e Antonio Fagundes, fazendo as vozes das amigas Marli e Olga. 

O texto é ficcional, mas contém histórias reais e lembranças de muitas pessoas com quem Médici conviveu durante sua vida, além de situações e relatos absurdos e hilários. Trata-se de uma comédia sobre amizade, etarismo, família e perdão, que pode ser libertador, sobretudo quando vem depois de uma deliciosa vingança. 

Marcelo Médici abre um novo capítulo em sua trajetória com Dona Lola. Mais do que um espetáculo, é uma celebração da maturidade artística, do humor afiado e da capacidade de se reinventar sem perder a conexão  com o público. A parceria com Ricardo Rathsam, iniciada lá atrás com o solo de estreia, mostra-se mais uma  vez afiada, atual e irresistivelmente divertida.

Sobre Marcelo Médici

Ator, autor e diretor formado pelo Teatro Escola Célia Helena e pelo CPT (Centro de Pesquisas Teatrais), Marcelo Médici trabalhou com importantes nomes do teatro, como Bibi Ferreira, Marília Pêra, Antunes Filho e Gerald Thomas. Dentre seus trabalhos no palco, destacam-se premiadas comédias como o enorme sucesso  Cada Um Com Seus Pobrema, de sua autoria, além de grandes musicais como Se Meu Apartamento Falasse, Rocky Horror Show, Sweet Charity e Wicked. 

Na televisão, esteve em várias novelas na Rede Globo, como Belíssima, Passione, Joia Rara, Alto Astral e, mais recentemente, Família É Tudo. Atuou também em séries como O Canto da Sereia e Nada Suspeitos, na Netflix. No cinema, ainda está em Getúlio, com Tony Ramos, e Pai em Dobro, entre outros. 

Como humorista, fez parte do primeiro elenco do espetáculo Terça Insana, no qual criou mais de 15 personagens. Participou de programas como A Praça É Nossa e Junto e Misturado, e está no ar há mais de uma década no Vai Que Cola, com seu personagem Sanderson, que, no começo de sua carreira, lhe rendeu  o Prêmio Multishow do Bom Humor. 

Sobre Ricardo Rathsam

Ricardo Rathsam assina a direção de Dona Lola, repetindo a parceria de sucesso com Médici de mais de 20  anos, desde 2001. Este já é o sexto trabalho em teatro que realizam juntos. 

Rathsam o dirigiu o primeiro solo do ator, o fenômeno Cada Um Com Seus Pobrema, vencedor de diversos prêmios e visto por milhares de pessoas ao longo das duas décadas nas quais permaneceu em cartaz. Enquanto isso, ambos dividem o palco em outras comédias de sucesso como Eu Era Tudo pra Ela e Ela Me Deixou, de Emílio Boechat, e Teatro Para Quem Não Gosta, de autoria da dupla e ganhadora do Prêmio do Humor de Melhor Comédia de 2018. 

Ficha Técnica 

Direção: Ricardo Rathsam 

Texto e Trilha Sonora: Marcelo Médici e Ricardo Rathsam  

Direção de Produção: Thati Manzan  

Direção de Arte: Mira Haar  

Design de Luz e Operação: Ricardo Silva  

Direção de Movimento: Kátia Barros  

Design de Some Operação: André Omote  

Diretor de Palco: Paulo Travassos  

Design Gráfico: Marcio Villar  

Foto do cartaz: Jairo Goldflus  

Visagismo: Marcos Padilha  

Peruca: Emi Sato  

Assistente de direção de arte: Yumi Ogino  

Costureira: Judite de Lima  

Voz off personagem Olga: Antonio Fagundes  

Voz off personagem Marli: Tony Ramos

Sinopse

Dona Lola é uma dona de casa que tem sua vida transformada ao se tornar um fenômeno das  redes sociais com os vídeos postados pela sua neta. Após o inesperado sucesso, ela, incentivada por suas amigas mais próximas, decide se apresentar no teatro mesmo não sendo atriz, não tendo um espetáculo e muito menos sabendo o que dizer. Claro que as presenças mais aguardadas na plateia são as das amigas, mas, por motivos distintos, elas não comparecem à apresentação, o que resulta na ira de Dona  Lola, que acaba expondo a vida de suas amigas e, de certa forma, dizendo muito sobre si mesma

Serviço

Dona Lola, com Marcelo Médici

Temporada: 11 de outubro a 14 de dezembro de 2025

Aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 19h30

Teatro Renaissance – Alameda Santos, 2233, Cerqueira César, São Paulo

Ingressos:  R$140 (inteira) e R$70 (meia-entrada)

Vendas online em https://teatrorenaissance.com.br/

Venda presencial de sexta a domingo, das 14h até o início do espetáculo.

Bilheteria: (11) 3069-2286

Duração: 80 minutos 

Classificação: 12 anos 

Capacidade: 432 lugares 

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida 

Dança

MULHERES EM CENA promove intercâmbios entre artistas envolvendo relações entre corpo, arte, cena e vida em sua 9ª edição

Matéria: Divulgação
Fotos: Cláudio Gimenez

Potentes e talentosas artistas da dança e da performance revelam ao público seus trabalhos na 9ª edição da Mostra Mulheres em Cena, idealizada pela Cia. Fragmento da Dança. A programação, que inclui espetáculos, oficinas e compartilhamentos de processos, acontece de forma gratuita no Centro de Referência da Dança (CDR), entre os dias 17 e 20 de setembro.

A mostra tem como propósito interseccionar a produção artística e o debate reflexivo numa perspectiva dialógica e agregadora. A ideia é, para além de difundir trabalhos protagonizados por mulheres e promover o debate sobre práticas feministas, construir intercâmbios entre artistas envolvendo corpo-arte-cena-vida.

Desde a primeira edição, em 2018,  a mostra recebeu, ao todo, 84 trabalhos nas linguagens de dança, teatro e performance e realizou uma série de ações formativas, conversas, fóruns, além de um intercâmbio imersivo com artistas de diferentes regiões do Brasil e edições que aconteceram fora da cidade de SP.

“Que outros imaginários produzimos com nossos testemunhos, denúncias e modos de estar em cena? Quais estratégias criamos para que outras narrativas estejam no mundo a partir das nossas falas e corpos? Desde que o projeto nasceu o nosso desejo é construir um espaço imersivo onde todas as artistas acompanham e assistem umas às outras, facilitando a criação de redes e parcerias”, revela Vanessa Macedo, idealizadora da mostra.

Cada edição do projeto assume um tamanho e enfoque específico, dependendo dos financiamentos e colaborações conquistados, de modo que tem sido uma realização ininterrupta, mesmo quando os apoios são escassos.

Nesta de 2025,  o recorte  reúne trabalhos em andamento que realizam sua estreia,  primeira abertura pública ou, ainda,  a  versão atual de pesquisas que propõem dramaturgias em trânsito, que vão se modificando no tempo. Assim, a programação promove o encontro entre artistas que já estiveram em alguma edição anterior e outras que chegam pela primeira vez.

Os trabalhos apresentados colocam em cena uma perspectiva situada dos fazeres artísticos dessas mulheres, nos quais poética e política não se dissociam e os debates não perdem de vistas questões do nosso tempo envolvendo, principalmente, gênero, raça, território e geração.

Destaques da programação

A anfitriã Cia. Fragmento de Dança abre a programação com o espetáculo ATO, no dia 17, às 19h, na praça em frente ao CRD. O trabalho é uma espécie de manifesto escrito por gestos, de orquestra movida por corpos. O coletivo convida artistas para se juntarem ao elenco, construindo uma estrutura coreográfica que convoca o movimento em uníssono para fortalecer a imagem do grupo.

Em seguida, às 20h, a artista curitibana Ludmila Aguiar apresenta Céu da Boca, uma dança que se faz de cócoras, vai de encontro com a garganta, o grito e o chão. Trata-se de uma dança que é manifesto contra as armadilhas do patriarcado e cria gestos e contornos para mover as histórias indigestas e aspirar futuros por vir.

A intérprete e criadora paulistana Patrícia Pina encena ARAPUCA no dia 18, às 19h. O solo performático emerge como um manifesto artístico frente às estruturas opressoras de racismo, sexismo e machismo que historicamente violentam a dignidade de grupos marginalizados.

E, na sequência, a criadora Saolla Sousa mostra seu Canto da Sereia, espetáculo permeado por códigos do imaginário social sobre um corpo feminino, a partir da figura desse ser mítico abissal e aquático. Ou seja, uma corpa quimera mostra seus encantos de sedução e sua voracidade como predadora!

Entre as atrações do dia 19, está a paulista Lua Oliveira com seu Prólogo, às 19h. Neste concerto-espetáculo solo, o corpo está em trânsito, a música encontra o teatro, e o tempo se dobra para revelar os caminhos trilhados por musicistas ao longo da história e os desvios, quedas e resistências que marcaram suas trajetórias.

Já a multi-artista Rosa Antunã, de Belo Horizonte, mostra na sequência seu espetáculo A Dança da Mulher-Árvore. O trabalho faz parte de uma pesquisa autobiográfica, na qual a artista revisita sua ancestralidade com uma abordagem do ponto de vista das mulheres, trazendo uma paisagem histórica sobre o machismo estrutural ainda tão presente em nossa sociedade contemporânea.

Por fim, a curitibana Gladis das Santas abre ao público o espetáculo A 100 graus  celsius, no dia 20, às 19h. O trabalho tem como inspiração uma comparação entre a resiliência das mulheres e das bactérias termodúricas, que prosperam em temperaturas elevadas e sobrevivem à pasteurização e outras condições bem adversas.

Já a potiguar Ana Cláudia Viana apresenta na sequência a obra coreográfica em processo Ossos: cena inacabada. A obra nasce de uma investigação profunda sobre o corpo como território de memória e experiências. Cada gesto é um retorno, um mergulho nas camadas mais profundas do ser, onde dor, fragilidade e potência coexistem como forças transformadoras. A ancestralidade ocupa um lugar central na obra, e no corpo, o eco das lutas, resiliências e pertencimentos.

Todas essas artistas também participam de oficinas, bate-papos, partilhas de processos e outras atividades. A programação completa e as inscrições para essas atividades podem ser conferida em https://www.ciafragmentodedanca.com.br/mulheres-em-cena

Ficha Técnica

Idealização e curadoria: Vanessa Macedo

Realização: Cia Fragmento de Dança

Artistas: Ana Claudia Viana, Gladis das Santas,  Lua Oliveira, Ludmila Aguiar Veloso, Patrícia Pina, Rosa Antunã e Saolla Sousa.  Cia Fragmento de Dança: Cinthia Tomaz, Gabriela Ramos, Leticia Almeida, Lua Oliveira, Maitê Molnar, Marcela Paez, Maria Basulto, Marina Dantas, Patrícia Pina e Sandra Valenzuela

Direção de produção: Luciana Venancio – Movicena Associação Cultural

Coordenação técnica: Giovanna Gonçalves

Designer gráfico e social mídia: Leticia Mantovani

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Responsável por agendamento de público: Gabriela Ramos

APOIO: ONG FINAC, Centro de Referência da Dança (CRD), Prefeitura de São Paulo.

Serviço

Mostra Mulheres em Cena – 9ª edição

Quando: 17 a 20 de setembro

Quanto: Grátis

Centro de Referência da Dança (CRD) – Baixos do Viaduto do Chá s/n, Praça Ramos de Azevedo – Centro Histórico de São Paulo

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