quinta-feira, 16 outubro, 2025

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DestaquesTeatro

Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall em ‘Um Dia Muito Especial’

Matéria: Divulgação
Fotos: Priscila Prade

Os atores se unem pela primeira vez nos palcos em Um Dia Muito Especial, em uma adaptação do filme homônimo estrelado por Sophia Loren e Marcello Mastroianni em 1977. No teatro, a peça tem direção e adaptação de Alexandre Reinecke e tradução de Célia Tolentino. A estreia será no dia 17 de outubro de 2025 no Teatro Sérgio Cardoso,  espaço da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA).

A narrativa baseada no premiado filme homônimo de Ettore Scola traz a tocante história de vidas opostas que se encontram por acaso onde discutem o amor, a vida e as forças que unem e afastam as pessoas. Esta é a segunda vez que essa história será adaptada para o teatro no Brasil. Uma montagem dirigida por José Possi Neto e estrelada por Glória Menezes e Tarcísio Meira fez temporada por aqui em 1986.

Um Dia Muito Especial é uma história de amor entre duas pessoas muito diferentes — ele, recém-demitido por ser homossexual; ela, uma dona de casa solitária, mãe de seis filhos, presa a um casamento marcado pelo machismo e traição. A peça aborda temas como aceitação, amor, transformação, preconceitos e o papel da mulher na sociedade, convidando o público a refletir sobre o que nos conecta e nos afasta em um cenário de diferenças e limitações pessoais.

Sinopse

Roma, 6 de maio de 1938. Enquanto Benito Mussolini e Adolf Hitler firmam sua aliança política — em uma parada com massiva presença da população — Antonietta, dona de casa e mãe de seis filhos, é impedida de ir para ficar em casa cuidando dos afazeres domésticos. Em meio ao caos, seu pássaro de estimação voa até a janela do vizinho Gabriele. Ele, demitido da rádio por ser gay e na iminência de ser preso, não iria a um desfile com essa temática. Entre conversas sobre sonhos, frustrações e desejos, nasce uma amizade extraordinária e um amor platônico que, naquele dia, mudará suas vidas para sempre.

Ficha técnica:
Autores: Ettore Scola, Ruggero Maccari e Gigliola Fantoni

Tradução: Celia Tolentino

Adaptação: Alexandre Reinecke

Direção Geral: Alexandre Reinecke

Elenco: Reynaldo Gianecchini, Maria Casadevall, Carolina Stofella

Direção de Produção: Marcella Guttmann

Produção Executiva: Tatiana Zeitunlian

Assistência de Produção: Erica Paloma

Assistência de Direção: Carol Stofella

Design Gráfico: Julia Reinecke

Coordenação de Mídia Social: Rodrigo Ferraz e Kyra Piscitelli

Iluminação: Caetano Vilela

Cenários: Marco Lima

Fotografia: Priscila Prade

Trilha Sonora: Dan Maia

Maquiagem e Visagismo: Robson Souza

Figurino Masculino: Ricardo Almeida

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Produtores associados: Reynaldo Gianecchini e Alexandre Reinecke

Realização: Reinecke Produções Culturais Ltda.

Serviço
Um Dia Muito Especial – Direção Alexandre Reinecke com Maria Casadevall e Reynaldo Gianecchini
Temporada: De 17 de outubro a 30 de novembro, sexta-feira, às 20h; sábado, às 17h e às 20h domingo, às 17h
Haverá sessões “populares” nos dias 30 de outubro, 6 e 13 de novembro de 2025, às 20h.
Ingressos :Ingressos entre R$ 70,00 e R$ 200,00| Sympla
Duração: 90 minutos
Classificação etária:10 anos
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno | Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo/SP
Capacidade: 827 lugares
Bilheteria: Aberta nos dias de espetáculos, das 14h até o horário da atração.

Contato bilheteria: (11) 3288-0136

Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental  nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde.

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro.

Sobre a Amigos da Arte

A Associação Paulista dos Amigos da Arte é uma Organização Social de Cultura que trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 20 anos de atuação, a Organização desenvolveu mais de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

Teatro

Adelino Costa retorna ao palco com nova temporada de “Não Tem Meu Nome” no Teatro Arthur Azevedo

Matéria: Divulgação
Foto: Arthur Santos

Após curta temporada no Cemitério de Automóveis, exibida para um público de aproximadamente duzentas pessoas, o espetáculo Não Tem Meu Nome, monólogo escrito, dirigido e interpretado por Adelino Costa criado a partir da leitura do romance O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório e Pertencimento: Uma Cultura do Lugar, de bell hooks faz temporada no Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP, 03115-020) de 03 a 26 de outubro, sexta e sábado, 20h; e domingo, 18h. Na peça, ator e personagem se fundem em uma narrativa que propõe reflexões urgentes a respeito das relações sociais e, sobretudo, humanas.

Ao longo do processo criativo, o artista resgatou memórias de sua infância e observou os desafios enfrentados pela população local, como barreiras sociais, econômicas e geográficas. Essa imersão resultou em personagens inspirados em amigos de infância e no próprio autor, que exploram como as comunidades subalternizadas se adaptam para se encaixar em uma sociedade predominantemente burguesa e branca. A dramaturgia questiona a suposta universalidade dessa visão de mundo e revela suas camadas de opressão.

A peça foi desenvolvida a partir da pesquisa de conclusão do curso de Pós-Graduação em Direção Teatral na FPA, sob orientação do Prof. Dr.Marcelo Soler. Adelino Costa, seu criador, é ator, produtor e diretor com mais de duas décadas de experiência nos palcos. A obra tem suas raízes na experiência pessoal de Adelino, que cresceu na COHAB de Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre.

“Se o espetáculo conseguir provocar no público 10% da reflexão que o processo me proporcionou, aposto que sairá tocado pela proposta”, afirma Adelino. Para viabilizar a montagem, o artista contou com o apoio da Galeria Olido e da Braapa Escola de Atores. A encenação se estrutura em uma linguagem minimalista, onde o ator interage com objetos, luz e trilha sonora para construir a narrativa.

Algumas das outras referências teóricas e literárias citadas por Adelino na criação do espetáculo são Conceição Evaristo (Ponciá Vicêncio), Djamila Ribeiro (Pequeno Manual Antirracista), Chimamanda Ngozi Adichie (No Seu Pescoço), Itamar Vieira Júnior (Torto Arado), Cida Bento (O Pacto da Branquitude), Zygmunt Bauman (Identidade), Grada Kilomba (Memórias da Plantação) e Frantz Fanon (Pele Negra, Máscaras Brancas). Já na cinematografia, Adelino destaca os longas Marte Um, de Gabriel Martins, e o documentário A Negação do Brasil, de Joel Zito Araújo.

Sinopse
Em Não Tem Meu Nome, o público é recebido pelo ator e personagem que se fundem na narrativa. A partir de relatos de sua vivência como pessoa periférica na infância e adolescência, o performer apresenta uma dramaturgia que mistura ficção com elementos e fatos reais, trazendo questões como o silenciamento de comunidades subalternizadas por uma visão particular de mundo que mascara a violência, desprezo e crueldade por meio de uma ideia falsa de visão universal. O ator solitário no palco, utiliza-se de elementos narrativos para contar relatos que propõem uma reflexão urgente a respeito das relações sociais e, sobretudo, humanas. Colocadas todas as reflexões, ao fim, em um depoimento pessoal, revela-se a sua principal necessidade de criação desta obra.

Parte do epoimentos de Eliana Monteiro, diretora e cenógrafo do Teatro da Vertigem (assista na íntegra)
Uma das coisas que mais me move no meu trabalho é o depoimento pessoal. E essa peça é um depoimento pessoal, uma homenagem a lugares periféricos, que às vezes são tão difíceis de sair. Lugares que constituem a nossa vida, nossa história. (…) Eu acho essa peça incrível. Ela tem que rodar muito, porque é uma homenagem também a esses lugares ditos marginais por quem está no poder. (…) Eu acho que o Adelino está vencendo, não vencendo a periferia, mas fazendo a periferia entrar na burguesia, não esquecendo de onde saiu. Acabando, talvez, com o sabotador dele. Cada um vai lutando como pode. Essa peça tem que ter vida longa e eu estou muito impactada com ela

Sobre Adelino Costa
Pós-Graduado em Direção Teatral. Ator e produtor há 22 anos. Gaúcho radicado em São Paulo desde 2010. Integrou a Cia Teatro di Stravaganza, de Porto Alegre, entre 2007 e 2012.

Ao longo da carreira, dirigiu três espetáculos e atuou em mais de quinze produções. Em 2008, com a montagem de “A Comédia dos Erros”, venceu a categoria de Melhor Espetáculo no Prêmio Braskem e também no Prêmio Açorianos de Teatro, nesse foi indicado como melhor ator coadjuvante e produtor.

Como produtor, contribuiu em três edições do Festival Internacional Porto Alegre Em Cena, onde teve oportunidade de trabalhar com grandes nomes do teatro mundial e nacional, como Ariane Mnouchkine, Bob Wilson, Peter Brook, Pina Bausch, Antunes Filho, Zé Celso e Grace Passô. Trabalhou ainda, em cinco edições da Feira do Livro de Porto Alegre, além das Produtoras Opus Promoções, Chaim Produções e Fixação Cultural. Em 2012, produziu a Ópera “Pelléas e Mélisande”, direção de Ivacov Hillel, no Teatro Municipal de São Paulo.

Ficha Técnica

Atuação/direção/dramaturgia: Adelino Costa

Iluminação: Thatiana Moraes

Orientação coreográfica: Fefê Marques

Confecção figurinos: Paula Gascon

Operador de luz: Rafael Araújo

Assessoria de imprensa: Pevi 56

Produção executiva: Natália Sanches e Adelino Costa

Serviço
Não Tem Meu Nome
Temporada: 03 a 26 de outubro, sexta e sábado, 20h; e domingo, 18h.
Local: Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP, 03115-020)
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 50 lugares (Sala Multiuso)
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia). À venda pelo Sympla e na bilheteria, uma hora antes do espetáculo

Teatro

Partindo de Sófocles e Heiner Müller, FILOCTETES EM LEMNOS atualiza a fragilidade da matéria viva, com reestreia no dia 12 de setembro no Tusp com temporada gratuita

Matéria: Divulgação
Foto: Helyana Manso

Em suas diversas versões, o mito conta a história de Filoctetes, herói grego convocado a lutar na Guerra de Troia. Durante a viagem pelo Mar Egeu, Filoctetes é mordido no pé por uma serpente venenosa, causando uma ferida incurável cujo odor gera repulsa nos outros tripulantes da embarcação. Junto a isso, seus gritos de dor se tornam insuportáveis para seus companheiros de armas que, sem saber como lidar com o sofrimento do guerreiro, decidem deixá-lo na ilha de Lemnos, para que possam seguir rumo a Troia. Lá abandonado, Filoctetes vive sozinho por nove anos.

Durante a fase final da guerra, um oráculo revela que Troia só poderia ser conquistada com o retorno de Filoctetes, seu arco e suas flechas, herdados de Hércules. Os argonautas, então, regressam para buscá-lo, enviando Odisseu e Neoptólemo para convencê-lo a se juntar novamente a eles. Filoctetes resiste ao pedido, mas acaba cedendo e parte para o campo de batalha, onde desempenha papel fundamental na queda de Troia e no fim da guerra.

Foi a partir desse mito, transformado em peça por diversos dramaturgos, com destaque para as versões de Sófocles e de Heiner Müller, que Vinicius Torres Machado concebeu Filoctetes em Lemnos, em que utiliza a história do herói grego para apresentar a matéria de seu próprio corpo após a retirada de parte do nervo ciático e de sua musculatura posterior em decorrência do tratamento de um tumor maligno. Sem alguns movimentos de sua perna direita e uma ferida causada pela radioterapia, que há vinte anos se abre de tempos em tempos, Vinicius se aproxima de Filoctetes, patético herói incapaz de suportar suas próprias dores, para tratar da fragilidade da matéria viva atualizada na forma humana.

A peça começou a ser elaborada por Vinicius em Holstebro/ Dinamarca, com a plataforma Cross Pollination (2022), em Londres, através do projeto de residência artística Intercultural Roots (2022), e em Bruxelas, no ateliê SZN art Lab (2023). O período de pesquisa de linguagem foi financiado pela Fapesp durante estágio pós-doutoral, e os laboratórios de experimentação prática foram realizados na Ghent University/Bélgica (2022/2023).

Depois de temporada no Sesc Pompeia, Filoctetes em Lemnos reestreia no dia 12 de setembro no Tusp Maria Antonia, seguindo temporada até o dia 5 de outubro, com direção de Marina Tranjan, com quem o performer já havia trabalhado em Aporia 23ºS 46ºO, com a Formação 16 da Escola Livre de Teatro, e no coletivo Plataforma 2, além de terem realizado juntos a formação em artes cênicas na Universidade de São Paulo. O trabalho de Marina buscou criar os cruzamentos entre as peças originais de Sófocles e Müller e a narrativa pessoal do performer, criando uma dramaturgia de ações para a persona que está ilhada por nove anos, e se depara diariamente com sua ferida e a imperfeição de sua matéria. A encenação e o programa de ações expõem a fragilidade, mas também a beleza, a presença e o prazer da matéria viva.

O espaço cênico é concebido por Eliseu Weide, com quem Vinicius tem longa parceria, tendo trabalhado juntos em Revoltar – memórias de ilhas e revoluções, da Cia Livre, a ópera Romeu e Julieta, de Gounod, no Theatro São Pedro, e mais recentemente Com os bolsos cheios de pão, de Matei Visniec. Weide propôs espaço cênico que materializa o isolamento do performer, distanciando-o tanto do público, quanto de qualquer outra matéria, com exceção de uma mesa consumida pela ferrugem. O herói e a mesa são circundados por terra, ilhados durante toda a ação.

A ficha técnica traz ainda Pedro Canales no desenho de som, Wagner Antônio e Dimitri Luppi no desenho de luz, Beatriz Mendes na cenotecnia e produção de objetos, Laura Puche no acompanhamento de movimento e Luane Sato na assistência de direção.

Sinopse

Com uma ferida aberta que não cicatriza, Filoctetes, herói, não herói o suficiente, é incapaz de suportar a dor. Diante da presença sem trégua de sua carne podre e de seus gritos aterradores, seus companheiros de guerra decidem abandoná-lo, no caminho para Troia. Durante nove anos, Filoctetes habita sozinho a Ilha de Lemnos.

Ficha técnica

Concepção geral e performance: Vinicius Torres Machado

Direção e criação: Marina Tranjan

Desenho de som e criação: Pedro Canales

Assistência de direção, assistência de produção e design: Luane Sato

Acompanhamento de movimentação: Laura Puche

Cenotecnia e produção de objetos: Beatriz Mendes

Assistente de cena: Juan Luís

Cenografia: Eliseu Weide

Iluminação: Wagner Antônio e Dimitri Luppi

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Fotografia: Ju Paié e Helyana Manso

Coordenação de produção: Leo Birche e Renata Allucci

Serviço

Filoctetes em Lemnos

Temporada: De 12 de setembro a 5 de outubro

Sexta-feira e sábado, às 20h. Domingo, às 19h

Tusp Centro MariAntonia – R. Maria Antônia, 294 – Vila Buarque, São Paulo

Ingressos: gratuitos, com retirada 1 hora antes do início da sessão na bilheteria do teatro

Classificação: 16 anos

Duração: 60 minutos

Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

DestaquesTeatro

Espetáculo MEMÓRIAS DO VINHO é prorrogado no Teatro Renaissance, agora com Elias Andreato e Caio Blat no elenco

Matéria e foto: Divulgação

Elias Andreato e Caio Blat interpretam pai e filho em Memórias do Vinho, último texto escrito para teatro pela saudosa Jandira Martini, que faleceu em janeiro de 2024, em colaboração com Maurício Guilherme. A peça inédita foi criada a partir de uma ideia do produtor Fernando Cardoso, que produz a peça ao lado de Roberto Monteiro, seu sócio na Mesa2 Produções.

Com direção de Elias Andreato, que agora entra no elenco ao lado de Caio Blat, o espetáculo fica em cartaz até o dia 28 de setembro de 2025.

Tomando como contexto o fascinante universo dos vinhos, capaz de resgatar a História da humanidade desde tempos imemoriais, a peça retrata o reencontro entre pai e filho que estão afastados há muitos anos. Reunidos por pura necessidade, o filho vê na adega do mais velho uma chance de sair da ruína financeira vendendo algumas garrafas.

A preciosa adega, formada por garrafas colecionadas como antigos presentes, compras de oportunidade e raridades arrematadas em leilões caríssimos, representa uma espécie de biblioteca de memórias – muitas delas difíceis de serem degustadas. E, no meio das garrafas, o filho encontra um diário secreto dos vinhos, escrito pelo pai, contendo informações detalhadas sobre quando cada garrafa foi adquirida e aberta.

O curioso diário, capaz de despertar prazer em qualquer enólogo, conta não apenas a trajetória da adega e dos vinhos contidos nela, mas a história de toda uma vida. No entanto, inesperadas revelações mudam o rumo desse encontro, transformando-o em um tenso acerto de contas. Estariam pai e filho prontos para um brinde final?

“Essa história revela o aspecto efêmero que só o teatro é capaz de registrar – em oposição direta ao contexto atual, no qual imagens e sons são captados freneticamente por smartphones e câmeras. Não seria esse um ponto de encontro entre Vinho e Teatro – ambos criados pelo deus Baco para celebrar o prazer de viver intensamente o momento?”  Comenta o produtor Roberto Monteiro.

Memórias do Vinho é apresentado pela Mesa2 Produções.

Sobre Jandira Martini

Com quase seis décadas de carreira, Jandira Martini se manteve no hall das atrizes mais reconhecidas e respeitadas do teatro brasileiro. Licenciada em Letras (UniSantos) e na Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD-USP) atuou em mais de 20 espetáculos teatrais, 10 novelas e diversos filmes e minisséries.

Jandira também foi diretora, produtora e autora teatral premiada. Ganhou os prêmios APCA de melhor autora por “A Vida é Uma Ópera”, “O Eclipse” e “Porca Miséria”, que também recebeu os prêmios Shell e Mambembe. “Por Sua excelência, o Candidato” venceu o prêmio Molière.

Ela faleceu aos 78 anos, em 29 de janeiro de 2024, e deixou dois textos teatrais inéditos: “Em Busca do Bonde Perdido” e “Per Bacco – Memórias do Vinho”.

Sobre Maurício Guilherme

Maurício Guilherme é formado pela Faculdade Santa Marcelina de São Paulo, com licenciatura em Artes Cênicas, além de cursos complementares na Escola Macunaíma e no Instituto Indac. É autor e diretor de teatro, roteirista de televisão e cinema há mais de 30 anos.

Tem sua carreira associada a grandes nomes do cenário artístico nacional, tais como Jô Soares, Marco Nanini, Juca de Oliveira, Marcos Caruso, Laura Cardoso, e Bibi Ferreira, entre outros.

Sinopse

É na valiosíssima adega da família que Daniel pai e Daniel filho, afastados há anos, se reencontram. A coleção de vinhos do pai, que reúne compras de oportunidade, antigos presentes e garrafas arrematadas em leilões frequentados pelos muito ricos, pode ser a solução para um projeto pessoal do filho. Mas inesperadas revelações e até um secreto diário de vinhos, escrito pelo pai, muda o rumo desse encontro, transformando-o em um tenso acerto de contas. Estarão os dois preparados para um brinde final?

Ficha Técnica:

Autores: Jandira Martini e Maurício Guilherme

Direção: Elias Andreato

Elenco: Elias Andreato e Caio Blat

Assistente Direção: Rodrigo Frampton

Cenário: Rebeca Oliveira

Contrarregra: Tico (Agilson dos Santos)

Figurino: Mari Chileni

Camareira: Gisele Pereira

Iluminação: Cleber Eli

Operação de Luz: Ian Bessa

Operação de Som: Eder Soares

Trilha: Elias Andreato

Fotos: Nana Moraes

Design e Identidade Visual: Rodolfo Rezende / Estúdio Tostex

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Produção Executiva: Elisangela Monteiro

Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro

Realização: Mesa2 Produções

Serviço:

Memórias do Vinho, de Jandira Martini e Maurício Guilherme

Temporada até 28 de setembro – sábados às 21h e domingo às 19h.
Atenção: sábado, dia 20 de setembro, a sessão será às 21h30.
Não haverá sessões nos dias 6 e 7 de setembro de 2025.

Teatro Renaissance – Alameda Santos, 2233 – Jardim Paulista, São Paulo

Ingressos: R$ 150 (inteira), R$ 75 (meia-entrada)

Lotação: 432 lugares

Venda online pelo SAMPA INGRESSOS: www.sampaingressos.com.br

Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta 2 horas antes das sessões.

Classificação: 12 anos

Duração: 70 minutos

Capacidade: 432 lugares

Acessibilidade: Teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta de sexta a domingo a partir das 14h até o início do espetáculo.

Ingressos: Ingressos ANTECIPADOS R$ 100,00 disponíveis para a venda até domingo dia 15/06

Acessibilidade: O teatro comporta 432 pessoas, sendo 412 poltronas numeradas e oito espaços para cadeirantes. Dentre os 412 lugares fixos nós temos: 8 poltronas “Assentos Obeso” e outras 8 poltronas para deficientes visuais com espaço reservado para o cão guia.

* O comprovante de meia-entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.

DestaquesTeatro

VENENO, da premiada dramaturga holandesa Lot Vekemans, ganha nova temporada no Teatro Estúdio de 8 a 30 de setembro

Matéria: Divulgação
Foto: Leekyung Kim

Montada em 30 países, a premiada peça Veneno (GIF, em holandês), da dramaturga, escritora e roteirista holandesa Lot Vekemans, ganhou uma montagem brasileira dirigida por Eric Lenate e que, recentemente, rendeu a Alexandre Galindo uma indicação ao Prêmio Shell de Melhor Ator. O espetáculo, que também traz em cena a atriz Cléo de Paris, ganha uma nova temporada no Teatro Estúdio, de  8 a 30 de setembro, com sessões às segundas e terças-feiras, às 20h.

Considerada uma das autoras mais consagradas da Holanda, Lot Vekemans escreve para o teatro desde 1995 e já recebeu diversos reconhecimentos por seus trabalhos, como os Prêmios Van Der Vies por “Truckstop” (2005) e “Schwester von” (2005); Taalunie Toneelschrijftprijs por “Veneno”  (2010); e Ludwig-Mühlheim por sua dramaturgia (2016). “Veneno” também ganhou, em 2024, uma adaptação para as telonas, em um filme homônimo dirigido pela alemã Désirée Nosbusch e estrelado por Tim Roth and Trine Dyrholm.

Na trama da peça, um casal separado volta a se encontrar em um cemitério, dez anos depois da morte de seu filho. Eles receberam uma carta que anuncia que será preciso remover seu ente querido, ali enterrado, devido a uma contaminação de veneno no solo. Passado e presente se embaraçam num diálogo entre os personagens na busca pela possibilidade de ressignificar uma dor dilacerante.

O texto questiona: “Qual o tempo para se elaborar um luto?”. É possível perceber nessa trama que essa resposta não existe, os personagens evidenciam os caminhos traçados por cada um para transpor esse abismo onde não há certo ou errado. As singularidades de cada um se escancaram nos questionamentos, confissões, nas memórias das mais ternas as mais impiedosas. A peça é sobre a reconciliação de um homem e uma mulher após a morte de seu filho.

Vekemans despeja essa tragédia universal em um cenário compacto e cristalino: dois ex-amantes choram a morte de seu filho, mas cada um o faz de uma maneira diferente. Ela sente falta dele, ele pensa nele todos os dias. Ele aceitou, ela abraçou sua dor e sente que tem todo o direito de fazê-lo.

Segundo o diretor Eric Lenate, embora a autora enfatiza firmemente essas diferenças mútuas, ela toma cuidado para não tornar seus personagens muito nítidos ou diretos. “Suas emoções são expressas de forma confusa e contraditória, ambos são tão simpáticos quanto cruéis. Dessa forma, a dramaturga também descasca todas as camadas que estão abaixo da superfície do luto: desilusão, reprovação, arrependimento. Ela cria pessoas complexas de carne e osso, pelas quais você sente alternadamente compreensão e aversão, e que são, portanto, um grande desafio para os atores retratarem”, revela.

“O apelo universal de VENENO não está apenas no que Vekemans escreveu, mas também em tudo o que ela conscientemente omitiu. Assim se desenrola um estudo meticuloso sobre perda e luto, por meio de duas pessoas que, em seu luto mútuo, tentam se abraçar mais uma vez, só por um momento, acrescenta.

VENENO alterna com muita precisão grandes emoções com conversas sóbrias e relativizadoras, para que o drama nunca se torne muito pesado. Entre confissões de cortar a garganta e repreensões incisivas, os personagens também falam sobre o clima ou a qualidade do café.

“Ao injetar conscientemente ar e humor no diálogo, ela habilmente evita o melodrama que, inevitavelmente, espreita neste tema pesado. O efeito é que os momentos emocionais só nos atingem com mais força”, explica o encenador. *

Ficha Técnica

Texto: Lot Vekemans

Tradução: Mariângela Guimarães

Direção: Eric Lenate

Elenco: Cléo De Páris e Alexandre Galindo

Figurinos: Fabiano Menna

Cenário, Som, Luz e Programação Visual: Eric Lenate

Desenho Sonoro: L.P Daniel

Direção de Produção: Alexandre Galindo

Produção Executiva e Operação Técnica: Lucas Asseituno

Assessoria de Imprensa: Helô Cintra e Douglas Picchetti (Pombo Correio)

Fotos: Leekyung Kim

Vídeos: Gatu Filmes

Mídias Digitasi: Cannal Mídias Digitais

Realização: Teatro Estúdio

Em parceria com: Sociedade Líquida

Sinopse

Uma carta anuncia que o filho de um casal precisará ser removido do cemitério onde fora enterrado, pois há veneno naquele solo. Um encontro entre esse casal, dez anos depois, escancara as dores de um luto ainda presente. O maravilhoso diálogo entrelaça o sofrimento de duas pessoas que perderam um filho, a si mesmas e uma a outra. Além de tocante e pungente, o espetáculo proporciona que momentos cômicos brilhem até mesmo nas tragédias mais profundas.

Serviço

Veneno, de Lot Vekemans

Temporada: 8 a 30 de setembro de 2025, às segundas e terças-feiras, às 20h

Teatro Estúdio – Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos – São Paulo – SP

Ingressos: R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada)*

*Ingressos promocionais com serviço de valet com garagem: R$105 (inteira + valet) e R$65 (meia+valet)

Bilheteria: aberta em dias de espetáculos, 02 horas antes do início

Telefone: (21) 99690-9699

Duração: 90 minutos

Classificação: 14 anos

Gênero: Drama

Lotação: 112 lugares

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