quinta-feira, 14 novembro, 2024
Teatro

Kiko Mascarenhas comemora 40 anos de carreira apresentando pela primeira vez em São Paulo a peça Todas as Coisas Maravilhosas

Todas as Coisas Maravilhosas texto de Duncan McMillan e Joe Donahuer direção de Fernando Philbert

Crédito: Gab Lara

A peça conta a história de um menino que descobre que sua mãe sofre de depressão, e começa a escrever listas de todas as coisas maravilhosas que podem fazê-la recuperar a vontade de viver e as deixa em locais estratégicos, para que ela encontre e redescubra “motivos” para continuar viva.

“Todas as Coisas Maravilhosas” é um elogio à vida e à redescoberta das pequenas alegrias que podem redesenhar a existência.

Matéria: Divulgação
Foto: Gab Lara

Celebrando seus 40 anos de carreira, Kiko Mascarenhas traz pela primeira vez a São Paulo o solo “Todas as Coisas Maravilhosas”, com texto dos ingleses Duncan MacMillan e Joe Donahuer e direção de Fernando Philbert (“O Caso”, “Três Mulheres Altas”, “O Escândalo Philippe Dussaert”).

Em uma de suas montagens, o texto recebeu elogiosa resenha do The New York Times: “A peça de Macmillan, embora seja muito engraçada, é completamente consciente de que, quando encaramos perdas e depressão, uma grande força de vontade é exigida para lembrar porque vale a pena continuar vivendo. Essa busca é a potência que torna o texto fascinante”, escreveu o crítico Ben Brantley.

Sinopse

Aos seis anos de idade, um menino descobre que sua mãe sofre de depressão. A partir daí, ele começa a escrever listas de todas as coisas maravilhosas que podem fazê-la recuperar a vontade de viver e as deixa em locais estratégicos, para que ela encontre e redescubra “motivos” para continuar viva.

A montagem

Na pele deste menino que dedica seus dias a salvar a mãe, e com a ajuda e participação do público, Kiko Mascarenhas vai criando ao longo da peça uma grande lista formada por coisas, lugares e sensações que remetem ao prazer e à alegria. O público participa – de forma consentida – sugerindo itens para a “lista da felicidade”, e/ou representando, a pedido do ator, alguma personagem da vida do menino.

“Uma peça de teatro se realiza no encontro maravilhoso entre o público e o ator. No olhar da plateia é que as cenas ganham sentido e se tornam teatro. (…) O teatro tem sua delicada tradução nesta parceria em cena (…). Esta peça é sobre viver. Sobre prestar atenção na vida em todos os seus pequenos detalhes. De um banho de chuva ao macarrão à bolonhesa. Que o espectador volte para casa e no caminho comece a sua lista: número um…”, reflete o diretor, Fernando Philbert.

“A peça propõe uma interação entre o ator e público de uma forma delicada, respeitosa, divertida e leve, sem nunca ser invasiva. A história é contada junto com o público, que me ajuda nessa narrativa, fazendo com que cada apresentação seja verdadeiramente única”, explica Mascarenhas.

Como numa grande brincadeira coletiva, o ator recria esse universo repleto de imaginação (do personagem quando menino) e memórias (do personagem conforme vai crescendo), lançando mão de objetos simples do cotidiano como papel e lápis, caixas, meias, objetos de uso pessoal.

O que diz a crítica

“Kiko Mascarenhas — em atuação de uma humanidade contagiante — recebe e cumprimenta cada espectador como se fôssemos todos amigos de longa data envolvidos em uma mesma celebração. (…) em ótima adaptação de Diego Teza e sob a delicada direção de Fernando Philbert, o próprio ato de ir ao teatro torna-se item obrigatório de qualquer lista congregando todas as coisas maravilhosas que fazem a vida, apesar de tudo, valer a pena.” (Patrick Pessoa, O Globo)

“O texto dos ingleses Duncan Macmillan e Jonny Donahoe por si só já é cheio de emoção, mas o talento e a entrega de Kiko em cena tornam a história ainda mais envolvente e comovente. Ele tem brilho no olhar. Nos momentos divertidos, a doçura do personagem encanta o público, enquanto, nos trechos com narrativas mais tensas e dolorosas, a empatia abarca a todos.” (Fabiana Seragusa, Culturice)

“Ator carismático, vai do menino ao adulto com espontaneidade, apoiado na vibração das histórias, da relação com o público e da emoção que sabe acioná-las com maestria nos momentos certos. Espetáculos assim, que exigem extrema comunicabilidade com a plateia, só funcionam com intérpretes experientes, preparados e capazes de travar um jogo teatral acertado entre o texto e a improvisação.” (Celso Faria, blog e-urbanidade)

“Nenhuma palavra do dicionário pode descrever, de fato, o que é viver a experiência de estar presente no universo de Todas as Coisas Maravilhosas; que trata de um tema espinhoso de uma maneira tão lúcida e humana, que você sai do teatro absolutamente renovado e celebrando a vida. (…) Este espetáculo ficará impresso para sempre na vida de Kiko, e também na de todos aqueles que entraram na sala do Teatro Poeira, para dividir com ele dezenas de minutos da mais grande expressão do teatro da delicadeza.” (Ricardo Schöpke, Revista Programa)

“Kiko leva o espetáculo com naturalidade, segura suas emoções. Ele brincar no palco, se entrega e nós o recebemos entendendo, mais uma vez, a missão do teatro, que é transformar.” (Paty Lopes, Olhar Teatral)

Ficha técnica:
Ator: Kiko Mascarenhas
Autor: Duncan Macmillan e Joe Donahue
Tradução e adaptação:  Diego Teza
Direção: Fernando Philbert
Preparação de ator: Ana Luiza Folly
Iluminador: Vilmar Olos
Figurinista: Tereza Nabuco
Concepção cenográfica e adereços: Luciane Nicolino e Mauro Vicente Ferreira
Direção de arte: Luciane Nicolino
Programação visual / design gráfico: Vento Estúdio
Fotos arte e vídeos: Gab Lara
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Operador luz / som / direção de palco: Daniel Marques
Assistente de produção: Daniel Marques
Direção de produção: Cristiana Lara Resende
Coprodução: Ufa! Produções Artísticas Ltda
Produção e realização: KM ProCult

Serviço:
Todas as Coisas Maravilhosas (de 08 de março até 30 de junho)
Gênero: comédia dramática
Quando: sexta e sábado (21h) e domingo (18h)
Local: Teatro Tucarena (Rua: Monte Alegre, 1.024, Perdizes, São Paulo/SP)
Ingressos: R$100,00
Duração: 70 min
Classificação: 12 anos
Capacidade: 288 espectadores

Kiko Mascarenhas – ator

Kiko Mascarenhas, contabiliza, no teatro mais de 40 espetáculos como ator, tendo trabalhado com grandes diretores e recebendo prêmios e indicações ao longo de seus 40 anos de carreira.

Destaca-se em “O Desaparecimento do Elefante”; “Os Altruístas”; “A Falta Que Nos Move”; “O Camareiro”, ao lado de Tarcísio Meira, em que também assinou a produção. Em parceria com Lázaro Ramos, produziu e dirigiu “O Jornal” e, na sequência, realizou uma ocupação artística no Teatro Poeirinha com duas peças: “Meninas e Meninos” e “Todas as Coisas Maravilhosas”.

Na TV, estreou na novela “A Viagem”, e destaca-se nos seriados “Separação?!” fazendo o peruano Delavega; “Tapas e Beijos”, interpretando o advogado Tavares; “Mister Brau” como Gomes, o fiel secretário dos Brau (Tais Araújo e Lazaro Ramos). Nas novelas, seus personagens mais recentes são Teófilo, o ‘congelado’ em “O Tempo Não Para”, Virgulino em “Éramos Seis” e, mais recentemente, como Irandir/Bob Wright em “Cara e Coragem”.

No cinema foi dupla de Leandro Hassum na trilogia “Até Que a Sorte nos Separe”, além de atuar nos filmes como “Lost Zweig”, “Salve Geral”, “Meu Nome Não é Johnny” entre outros.

Duncan Macmillan – autor

Dramaturgo e roteirista britânico, nascido em 1980, é conhecido por suas peças provocativas e emocionalmente impactantes, que frequentemente exploram temas como família, saúde mental e questões contemporâneas.

Macmillan colaborou com companhias de teatro renomadas como o Royal Court Theatre e o National Theatre em Londres. Suas obras notáveis incluem “People, Places & Things” (2015), que explora vícios e recuperação, e “Every Brilliant Thing” (2013), escrita em parceria com Joe Donahue, peça interativa que aborda depressão e suicídio.

Além de seu trabalho no teatro, Macmillan escreveu para o cinema e televisão. Ele corredigiu o roteiro do filme “Mum’s List” (2016), baseado na memória de St. John Greene. Também trabalhou como roteirista na série de televisão “Brexit: The Uncivil War” (2019), que retrata os eventos que levaram ao referendo do Brexit em 2016.

Fernando Philbert – diretor

Um dos mais profícuos diretores contemporâneos, Fernando Philbert trabalhou em parceria com Aderbal Freire-Filho durante 15 anos, codirigindo dezenas de produções. Como diretor, assina espetáculos como “O Caso” (com Otavio Muller e Leticia Isnard); “Os Bolsos Cheios de Pão” (com Louise Cardoso); “Três Mulheres Altas” (com Deborah Evelyn, Suely Franco e Nathalia Dill); “O Escândalo Philippe Dussaert” (com Marcos Caruso); “O Topo da Montanha” (com Lázaro Ramos e Thaís Araújo); “Contos Negreiros do Brasil” (com Li Borges, Milton Filho e Rodrigo França); “O Corpo da Mulher como Campo de Batalha” (com Fernanda Nobre e Ester Jablonski), entre tantos outros.

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